Tim
Burton parece que acertou mais uma vez. Sua adaptação para o clássico conto do britânico Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas, já arrastou uma multidão à salas de cinema de todo o mundo, atraídos não apenas pelo fato de ser uma espécie de continuação do conto, mas principalmente ao fato de a história de Alice ter muito a ver com o estilo do diretor norte-americano.Mas poucos sabem que esta já é a sétima versão de Alice para os cinemas. Desde a primeira versão de 1903 até hoje, a história de Alice no País das Maravilhas se confunda com a própria história do cinema e seus avanços tecnológicos e linguísticos. Do cinema mudo à super-produção de Tim Burton disponível em 3D, conheça as outras Alices nos vídeos
abaixo:
Essa versão foi dirigida por Cecil Hepworth em 1903 e mostra bem como eram realizados os filmes
nos primórdios do cinema. Era o cinema ainda descobrindo suas possiblidades em termos de linguagem, num tempo que o som ainda não se fazia presente.O clássico produzido pelos estúdios da Paramount em 1933 foi o primeiro dos filmes de Alice com som e música
e contava com atores famosos e consagrados, como Cary Grant e Gary Copper. Ainda hoje sucesso em DVD e em canais de filmes clássicos.O primeiro Alice colorido foi feito longe de Hollywood. O filme
do britânico Dallas Bower era uma produção francesa de 1949 que usava, além dos atores tradicionais, técnicas de stop motion para recriar o universo fantástico do País das Maravilhas.O desenho clássico de 1974, produzido pelos estúdios Disney
, talvez seja o mais conhecido longa-metragem de Alice. As cores vibrantes e as canções inesquecíveis ainda hoje fazem bastante sucesso entre adultos e crianças.E até para filme adulto Alice foi adaptada. Com a explosão do cinema adulto nos anos 70, paródias de filmes famosos eram um jeito fácil e rápido de alcançar fama e dinheiro entre tantas produções parecidas. O filme dirigido por Bill Osco em 1976 ainda hojé é um dos maiores sucessos da história do cinema adulto, tendo faturado mais de 100 milhões de dólares.
A versão cult de Alice é obra do diretor Jan Švankmajer, que criou um País das Maravilhas sombrio à base de stop motion e de atores reais. Quase que totalmente desconhecido do grande público, é a versão mais aclamada pela crítica.
E chegamos na era do 3D e dos efeitos visuais ultra-sofisticados da Alice de Tim Burton, que revelou-se ser um mestre em usar a tecnologia em seu afvor, pois soube mesclá-la à história para não ficar parecendo apenas um desfile de efeitos especiais sem sentid, como tem sido a tônica de alguns blockbusters hollywoodianos. O sucesso das bilheterias atesta o sucesso de Tim Burton de recriar a Alice para o século XXI.
Fonte: Blog Mente Aberta
