Imagine viver ininterruptamente neste estado de confusão e desorientação. É assim que pacientes com demência de Alzheimer — ou outras doenças neurológicas similares — se sentem o tempo todo, mas a desorientação deles é imensamente pior.
O vídeo acima mostra dezenas de milhares de pessoas que puderam sentir na própria pele o terror constante que é viver com demência; entraram no cinema e outro filme estava passando na sala escolhida. “Mas será que é este filme? Eu que errei ou foi culpa do cinema? Será que o filme que escolhi começará logo?”. Após alguns momentos, a verdade foi revelada e os clientes puderam assistir a película escolhida. Foi uma iniciativa da Associação de Alzheimer de Israel na Semana Internacional de Conscientização sobre Alzheimer. Milhares de pessoas se tornaram embaixadores da conscientização sobre a demência de Alzheimer, inclusive com envolvimento da mídia.
Pacientes com demência tem dificuldade de saber se é manhã ou tarde, não lembram se almoçaram, não sabem o dia da semana, quem é presidente da república ou até mesmo qual é o ano atual. Começam a ler um livro e depois de duas ou três páginas não conseguem lembrar nada do que leram anteriormente. Costumam lembrar de coisas que aconteceram muitos anos atrás, mas não sabem se tomaram banho ao acordar. Além das dificuldades em se localizar no tempo, também passam dificuldades quando estão em lugares novos: não sabem onde estão e esquecem qual seu destino.
Estima-se que aproximadamente metade dos pacientes com demência sofram de Alzheimer, uma doença degenerativa e inexorável, assim como outras 90% das doenças que causam demência. Apenas 10% das demências costumam ser reversíveis, e 40% não tem nenhum tratamento que sequer reduza o ritmo de seu avanço.
Para as pessoas que convivem com pacientes de demência, é fácil notar como elas deixam de ser aquelas pessoas que conhecíamos e se tornam versões muito diferentes e piores. Perdem a habilidade de cuidarem de si mesmas, e junto com a confusão e desorientação também surgem mudanças radicais no comportamento, mania de perseguição, irritabilidade, agressões verbais ou físicas, etc.
Eles vivem entre 7 e 20 anos depois do aparecimento dos primeiros sintomas, e precisam de cuidados especiais desde o estágio intermediário da doença, pois se torna um risco para si mesmos deixá-los sozinhos.
Slonik