Em 1997, um homem chamado Richard Lee Norris teve um acidente com arma de fogo e precisou passar por uma série de cirurgias apenas para se manter vivo. Seu rosto, contudo, não pôde voltar ao normal: ele perdeu os lábios, o nariz foi deformado, os movimentos da boca ficaram limitados. Em 2005, os médicos de Maryland o apresentaram a possibilidade de reconstituição facial.
A complexidade desta série de cirurgias, que durou 72 horas (36 delas dedicadas somente à face) foi inédita. Foram utilizados procedimentos modernos para substituir o delicado conjunto de músculos e nervos que determinam as expressões faciais, os movimentos e os sentidos. Isso sem falar na implantação da língua, dos dentes, da mandíbula, e até um tecido especial para a reconstituição da pele do pescoço.
Grande parte do mérito da operação está na descoberta de novas técnicas para evitar problemas como a demora do corpo em reconhecer os novos componentes do rosto e as possíveis más respostas do sistema imunológico quanto aos órgãos transplantados.
Mais importante do que a conquista em si, o que os médicos apontam como legado desta operação é o aprendizado. A partir do sucesso deste transplante facial total, os pesquisadores esperam impulsionar a pesquisa e a busca de conhecimento na área.
Science Daily