As grandes paixões sempre moveram a história, mas existem casos de amor bem mais importantes que os famosos Romeu e Julieta. Da descoberta do oxigênio à unificação da Itália, a verdade é que nós devemos muita coisa ao cupido.
1 – A descoberta do Oxigênio: Marie e Antoine Lavoisier
O casal descobriu a existência do oxigênio e sua importância para a respiração dos animais e das plantas. Os dois são os responsáveis pela frase “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. O dito é resultado da formulação da Lei da Conservação da Matéria. Haja amor pela ciência, né?!
2 – A era Vitoriana: Rainha Vitória e Príncipe Albert

Mas os anos da rainha Vitória no poder (1837-1901) espelham mais a personalidade de seu marido, o príncipe Albert Saxe-Coburg. Aliás, uma prova de que a rainha não era tão conservadora assim é que ela pediu Albert em casamento, algo ousado demais para a época. Depois da morte do príncipe, a rainha viveu por mais 40 anos, dormindo, todas as noites, com a foto do amado sobre o travesseiro.
3 – A unificação da Itália e a Revolução Farroupilha: Anita e Giuseppe Garibaldi

O casal lutou bravamente em batalhas no Brasil, Uruguai e Europa. Em 1848, com 4 filhos, eles resolveram se mudar para a Itália, a fim de lutar pela independência e unificação do país. Mas, apenas um ano depois, Anita morreu nos braços do companheiro, vítima da febre tifóide. A partir daí, Garibaldi seguiu ainda mais disposto na defesa dos ideais compartilhados pelo casal.
4 – A Declaração Universal dos Direitos Humanos: Eleanor e Franklin Delano Roosevelt

Em 1921, Franklin ficou paralítico por causa da poliomielite e estava a ponto de desistir da vida pública, mas Eleanor salvou sua carreira convocando novas eleitoras para ajudar a elegê-lo governador. Enquanto ele se concentrava em recuperar a saúde, Eleanor expandia suas atividades políticas a fim de manter o nome Roosevelt em evidência. As campanhas deram certo e, em 1932, Franklin foi eleito presidente dos EUA para o primeiro de 4 mandatos.
Após a morte de Franklin e com a carreira política dela no auge, o presidente Harry S. Truman nomeou Eleanor delegada na ONU. No novo cargo, ela usou toda sua influência – e a força do sobrenome – para criar a Declaração Universal dos Direitos Humanos (o primeiro acordo internacional sobre os direitos da humanidade), adotada e proclamada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.
5 – A Guerra Civil espanhola: Francisco Franco e Carmen Pólo

O casal se conheceu em Oviedo, cidade natal de Carmen, em 1917, quando ela tinha 15 anos e Franco, 24. Ele era um oficial ansioso por ascensão rápida e ela, uma jovem ambiciosa que venerava a aristocracia. Franco se apaixonou imediatamente, mas Carmen foi taxativa: Franco era apenas um soldado e não poderia voltar a vê-la nunca mais. Mas é claro que ele não desistiu. A insistência e a ascensão de Franco dentro do Exército fizeram com que Carmen mudasse de idéia e, em 1923, os dois se casaram.
O golpe militar de 1936 na Espanha foi seguido por uma intensa guerra civil, que custou mais de meio milhão de vidas em combate e outras tantas por causa de fome, desnutrição e doenças. Franco permaneceu no poder até sua morte, em 1975. Carmen morreu 12 anos depois de Franco. Durante esse tempo, mudou do palácio de El Pardo e viveu o resto do tempo sozinha em seu apartamento, dedicada à sua única filha, seus netos e bisnetos.
Fonte: Revista Super Interessante


