Blog

Blog

3 de mar. de 2012

Pense e Enriqueça – Napoleon Hill em Vídeo!... Documentário!



“Tudo o que a mente pode conceber e acreditar, ela pode realizar.”
“Todo fracasso traz consigo a semente de um sucesso equivalente.”
“Ensino superior não é sinônimo de educação superior…”
(Napoleon Hill)
Recentemente foi postado no Youtube uma série de vídeos do famoso escritor norte-americano, Napoleon Hill. Eu já havia traduzido o único vídeo disponível dele na internet, e postado aqui no blog, há quase dois anos atrás. Mas a partir de hoje, trago com exclusividade a inédita e imperdível série completa de vídeos de Napoleon, que foi remasterizada e gentilmente publicada na internet pela empresa Primeau Productions, traduzida e legendada em português!
Filmagem rara, gravada no início dos anos 1960, tem a apresentação de W. Clement Stone, empresário e também autor de livros de auto-ajuda. Nessa série de vídeos, Napoleon nos apresenta os 17 Princípios para se obter a Chave Mestra do Sucesso. Quem já conhece o autor não irá se espantar com o fato de que mesmo em vídeo, Napoleon não dá o “ouro” ( ou melhor, não conta diretamente o segredo).  Tudo o que ele faz é dar pistas, e se o leitor (ou no caso dos vídeos, aquele que assiste) estiver preparado e verdadeiramente buscando por isso, a “Chave Mestra” – que abre qualquer porta e possibilita sucesso em qualquer área da vida – poderá ser descoberta e utilizada.
Napoleon-HillNapoleon Hill, para os que não o conhecem ou conhecem pouco, foi o responsável por desenvolver uma filosofia, ou melhor, Ciência para o Sucesso. De família humilde, não possuía boa educação (no sentido de ter frequentado boas escolas), e aos 15 anos começou como repórter para jornais de cidades pequenas, na região de Wise County, Virgínia, EUA. Foi aí, em 1908,  que teve a oportunidade de entrevistar um dos homens mais poderosos do mundo na época, o industriário Andrew Carnegie, que ficou impressionado com Hill e resolveu lhe dar uma oportunidade única (e não remunerada, diga-se de passagem!). A tal oportunidade era conhecer e entrevistar as pessoas mais famosas e bem-sucedidas do seu tempo, mais de 500 homens e mulheres, a maioria milionários, e “descobrir” e difundir a fórmula do sucesso, que Carnegie já sabia existir (por experiência própria). Napoleon conversou e analisou pessoas como Thomas A. Edison (considerado o maior inventor de todos os tempos), Alexander Graham Bell (cientista e inventor), Henry Ford (empresário, inventor e fundador da Ford Motor Company), John D. Rockefeller (magnata do óleo e filantropo – considerado o homem mais rico de todos os tempos), King C. Gillette (inventor da lâmina de barbear)  e Theodore Roosevelt (o 26° presidente dos EUA), entre outros.
Hill foi bem-sucedido em sua pesquisa e descobriu uma fórmula, um padrão de pensamento (tudo começa com um pensamento…), comportamento e ação compartilhado por todos os seus entrevistados, que foi publicada inicialmente em 1928 como um curso, entitulado “The Law of Success” (conhecido no Brasil como “A Lei do Triunfo“). Em 1937 ele publicou o seu maior best-seller: “Pense e Enriqueça” (Think and Grow Rich), que vendeu mais de 30 milhões de cópias.

Napoleon Hill, 1937
Napoleon Hill, 1937
As ideias de Napoleon estavam tão a frente do seu tempo que ainda hoje nos chegam frescas e atuais. A esmagadora maioria dos autores modernos de auto-ajuda e crescimento pessoal, assim como palestrantes, coaches e outros profissionais,  tem Napoleon Hill como uma de suas influências principais. A grande sacada de Hill, foi saber explicar de um modo popular e acessível (para quem realmente estiver buscando, é preciso frisar) verdades muito anteriores a ele.
Portanto, numa série de 13 posts, sendo 2 publicados por semana e comentados por mim, começa hoje no Inconsciente Coletivo a maratona Napoleon Hill: sabedoria simples e  prática aplicada ao dia-a-dia, a série Mestra da Motivação.
Os vídeos seguintes, conforme vou publicando, serão listados em todos os posts da série. O primeiro vídeo, a Introdução, é similar ao vídeo já traduzido de Napoleon Hill que mencionei anteriormente, porém com algumas informações a mais. E com este post, inauguro uma nova categoria no blog: Napoleon Hill.

Pare de se iludir. Sucesso não é acidental!


Introdução

O princípio de tudo: a Definição de Propósito.
É a velha e batida história (ou não é?): sem saber para onde está indo, não há como chegar
A maioria das pessoas nunca chega a lugar algum simplesmente porque não sabem aonde querem chegar! A definição de propósito nada mais é do que saber exatamente aonde quer chegar, e dessa forma, tomar as rédeas da própria vida nas mãos.
Qual é a SUA ideia de sucesso? Sucesso não é sinônimo de dinheiro e sim de realização pessoal. As pessoas normalmente confundem as duas coisas porque a realização pessoal frequentemente é recompensada com prosperidade financeira. Fazer o que!  Mas já que dinheiro costuma estar relacionado, tenha sempre em mente duas coisas:
1 – Dinheiro é consequência,
2 – Dinheiro é um amplificador do seu estado emocional e da sua atitude mental. É por isso que se diz tanto que primeiro você deve se sentir bem em seu estado atual, e depois se preocupar com dinheiro. Pessoas financeiramente inseguras “com razão” (pobres) quando conseguem enriquecer costumam se manter financeiramente inseguras, “sem razão” (avarentas). É por isso também que se diz que “dinheiro não traz felicidade”. Se o único poder que ele tem é o de amplificar o que você já tem em si, então se você é triste e frustrado sem dinheiro, certamente será mais triste e frustrado ainda com dinheiro…
Por isso, antes de tudo é preciso ter uma visão clara e objetiva daquilo que deseja. E lembrar-se de que o sucesso, em qualquer área da vida (não apenas a profissional) começa sempre na mente. Não há como ser de outro jeito.
____________________________________
Veja também:

Lembre-se de que irá morrer

Recentemente, saiu alguns estudos mostrando que idosos se sentem mais felizes do que jovens. As razões para isso os pesquisadores não conseguiram precisar, mas eu conheço duas ótimas razões:

- Experiência de vida

- Consciência da morte


Experiência de vida te faz errar menos, te faz ver os problemas com outros olhos. Tudo aquilo que parecia não fazer o menor sentido no momento em que acontecia, passa a fazer todo sentido quando olhado novamente, um bom tempo depois. É daí que vem a intuição de que nada acontece por acaso. A experiência de vida diminui as frustrações, suaviza os julgamentos e repensa os preconceitos.
A consciência da morte te faz reavaliar o que é verdadeiramente importante na vida. No livro “Heróis de Verdade” do psiquiatra brasileiro Roberto Shinyashiki, ele conta que quando trabalhou com pacientes terminais durante sua residência médica, nunca ouviu ninguém se lamentar, à beira da morte, de que não havia investido mais em determinadas ações ou quotas, ou que deveria ter comprado mais imóveis. A proximidade da morte, do desconhecido, coloca tudo em outra perspectiva. As pessoas se surpreendem se arrependendo de coisas diferentes, coisas que antes não davam a menor importância.
Deepak Chopra também comenta muito em seus livros casos de pessoas que só foram descobrir a felicidade depois de sofrerem acidentes graves, de terem membros amputados ou ficarem tetraplégicas. Quando a morte ronda, a vida adquire novas cores...
Mas, esse post não é sobre morte!
O post é sobre repensar a vida, o trabalho, os relacionamentos. E para isso trago o discurso inspirador de um gênio moderno, Steve Jobs (fundador/criador da Apple-Macintosh). Um trecho desse discurso (que eu não imaginava que existia em vídeo, publicado na internet) eu já havia publicado aqui no Inconsciente Coletivo, há dois anos atrás: 


O discurso foi proferido em 2005, para uma turma de formandos da renomada universidade norte-americana, Stanford. Dividido em duas partes, nele Steve conta três histórias de sua vida, que nos inspiram a rever conceitos, a manter-se firme na sua própria visão de vida e fazer o que ama/amar o que se faz.
É melhor seguir imperfeitamente a própria a visão do que seguir perfeitamente a visão dos outros…
As palavras de um gênio:
Parte 1:
Parte 2:

Não use esse planeta como uma sala de espera!

“Na vida, tudo é um risco. Tudo é um risco. Não fazer nada também é um risco.”
(Osho)
“A maioria consiste de tolos, tolos absolutos. Fique alerta com relação à maioria.
Se muitas pessoas estão seguindo alguma coisa, isto é prova suficiente de que é uma coisa errada.
A verdade acontece aos indivíduos, não às multidões.”
(Osho)
Pessoas “normais” não fazem História.
Existe um grande desejo – um desejo desesperado -, da maioria das pessoas, de se “encaixar”, de ser “aceito”; e isso normalmente quer dizer “ser como todo mundo é”. Fazer o que todo mundo faz, não questionar muito as tradições (sejam elas religiosas, sociais, culturais).
Nós criamos conceitos do que é uma “vida feliz”, do que é “se divertir”, de como se deve viver “corretamente” e pensamos que isso serve para todos. Mal nos damos conta de que estamos realmente apenas de passagem aqui nessa existência, e levamos nossa vida como “mais um” na multidão.
Metaforicamente, a maioria das pessoas vive no nível dos dois primeiros chakras. A única preocupação é trabalhar ($$$), comer e conseguir sexo (“amor” no sentido popular). Uma minoria vive no terceiro chakra, e um quase nada de pessoas no quarto (uma Madre Teresa de Calcutá da vida)… dos outros é melhor nem comentar…
Mas, se já não bastasse a maioria de nós levar uma vida carente de significado (não significado pros outros, mas pra si próprio), esquecemos que não seremos os únicos a passar por esse planeta, que outras pessoas vieram antes de nós e outras irão vir depois, e simplesmente não nos importamos em deixar uma marca significativa. Mesmo podendo observar que a maioria é esquecida depois que se vai…
Como eu um dia li, “a maioria das pessoas morre com sua música ainda nelas“.
E penso que o maior risco que alguém pode correr na vida é o de não fazer nada. Se pensarmos que a expectativa média de vida gira em torno dos 70 e tantos anos, meu deus, o que são 70 anos??? Como é que alguém pode perder esse pouco tempo estimado de vida com as bobagens que normalmente as pessoas se preocupam?
E mesmo que você  acredite em reencarnação, essa vida que você possui nesse momento, esse momento em si, é único, não se repete. Mesmo que você retorne para essa existência, será outro corpo, será outra vida.
Particularmente, não tenho medo da morte… o que me preocupa é maneira como vou encontrá-la. E isso não se refere apenas a um “modo de morrer” – se por doença, acidente, etc. Mas sim, o que eu vou deixar depois que partir e o que vou levar daqui.
E já que estou falando do que se deixa e o que se leva da vida, eis um sutra de Buda, com um pequeno comentário do Osho:
Você é como a folha amarela.
Os mensageiros da morte estão à mão.
Você tem de viajar para longe.
O que você levará consigo?”

(Dhammapada de Gautama, cerca de 500 a. C)

Pó virando pó, a qualquer momento a morte vai tomar posse de você. O amanhã pode não chegar jamais, nem o próximo momento é certo. Este é o único momento do qual você pode estar certo; no seguinte, você pode não estar mais aqui. O que você está fazendo para se preparar para essa grande jornada rumo ao desconhecido? Você ganhou alguma coisa que possa levar com você? Se não ganhou nada, então sua vida foi puro desperdício. Você pode ter acumulado muita riqueza, você pode ter se tornado muito famoso, mas tudo isso é fútil. Você não pode levar isso com você. Suas graduações, seus títulos, seus prêmios, tudo ficará para trás. Você irá completamente sozinho.
Há algo que possa levar com você?
Há somente uma coisa que você pode levar consigo, e essa é a verdadeira riqueza. Buda a chama de meditação, atenção, observação, cuidado, consciência. Se você se tornar cada vez mais consciente, você poderá levar essa consciência com você.
Então nesse post eu trago um novo vídeo de Osho em que ele comenta esse estranho comportamento geral de existir como se estivesse numa sala de espera, fazendo qualquer coisa, apenas para matar o tempo até o trem chegar… sabe? 

E a Consciência é a Resposta…

“Tudo que está acontecendo para você é o seu passado. O que é bom no passado é bom agora, o que é ruim no passado é ruim agora. Você deve mudar, e essas experiências são uma nova chance para isso. Todo encontro é um encontro com você. Quando você encontra alguma coisa que você não gosta, esse é o momento de se perguntar por que você não gosta. O que você vê de dificuldade em outras pessoas é o espelho das suas inabilidades, da falta do conhecimento de si mesmo. Quando você entende isso, você responde de um forma diferente. Isso requer atenção e treino. Precisamos estimular as pessoas a reconhecer o que é verdadeiro e o que não é. Precisamos viver com mais responsabilidade e honestidade, para com o próximo e para com nós mesmos. Precisamos descobrir que somos divinos.”
(Robert Happé)

O que ele está dizendo não é novidade alguma.
E no entanto…
O óbvio pode ser iluminador quando percebido de modo incomum.
Robert Happé é um filósofo holandês, “filho da guerra”, que viajou o mundo buscando as respostas para todas aquelas perguntas que todo mundo já se fez, está fazendo ou fará eventualmente em sua vida. Sabe? Perguntas como “porque a vida é assim?”  (ou “tem que ser assim?”), “porque tanto sofrimento?”, “porque nos matamos tanto?” (principalmente por causa de OPINIÕES divergentes, sejam elas religiosas, políticas ou culturais)…  E parece que ele encontrou o que procurava.
Conhecer outras culturas, outros países, outras filosofias, outras religiões, outros modos de vida e pontos de vista pode ser (para aqueles que sabem ver) um grande chá de realidade.  Mas é só para quem sabe ver. Para quem vai além daquilo que parece “diferença” e percebe as semelhanças.
Os de mente aberta vêem a verdade em diferentes coisas; os de mente pequena vêem somente as diferenças.
O vídeo tem apenas 34 minutos, e é uma entrevista em casa. Robert fala sobre a vida em geral, sobre religião, sobre guerra, sobre “diferenças”, sobre Deus.
Nada é novo.
E no entanto…


Mais sobre Robert Happé:


Ele nasceu em Amsterdã, Holanda, debaixo de um bombardeio. O pai havia sido preso por soldados alemães e a família de mulher e três crianças foge para uma cidade menor e mais segura. O irmão e a irmã mais velhos brincam na rua, enquanto a mãe tenta dar de comer para o mais novo. Aviões sobrevoam o lugarejo. Nova explosão e a rua inteira está em ruínas. Da casa só resta a cozinha. Da família só ficam a mãe e o garoto. A mulher desaparece e uma família pega o menino para criar. Pouco mais de um ano após o fim da guerra, um homem aparece e diz: “Eu sou seu pai.” O menino se agarra ao destino. O pai encontra a mãe em um hospital psiquiátrico e a família volta para Amsterdã para recomeçar a vida e continuar o drama. Uma nova criança nasce, dando força â família do pós guerra. Mas a mulher adoece de câncer e tempos depois morre. O garoto continua vendo a mãe, que aparece para dizer que “tudo está” bem.
Com seus 16 anos, ele coloca uma mochila nas costas e parte para a grande aventura de descobrir o mundo e seus mistérios. “Por que a vida é assim?” Por que todo mundo mata todo mundo?” Por que tanto sofrimento?” Ele estuda psicologia, mas não encontra respostas ali. É tempo de servir o Exército, mas o jovem não quer aprender a matar pessoas. Fica preso por desobediência, lava latrinas e trabalha na cozinha, até que o Exército se livra do soldado fracassado. Sem dinheiro e com muito pouco a perder, o rapaz viaja pela Europa de carona. Na Suíça, trabalha na cozinha de um restaurante. Depois, de garçom em bares da Espanha. Conhece o submundo dos clubes de jogos na Inglaterra, onde trabalha nas mesas de pôquer. As antigas perguntas permanecem na cabeça e ele segue para o Líbano atrás das respostas. Depois passa cinco anos estudando Filosofia Oriental na Índia. Não foi suficiente e ele continua viajando pelo país. Depois vai para o Nepal, Tibet e, finalmente, Camboja, onde, aos 31 anos, termina a busca e começa a missão de dividir com o mundo seus conhecimentos sobre o significado da vida.
Hoje, aos 65 anos, o filósofo Robert Happé é um desses seres humanos raros, que abraçam e beijam todo mundo. Nesses mais de 30 anos de peregrinação, tem encantado platéias por onde passa, não apenas por suas idéias, mas pela maneira simples com que fala delas. Autor do livro Consciência é a Resposta (lançado em 1997 pela editora Talento), atualmente divide seu tempo entre a convivência com a família – ele é pai de um garoto de 14 anos -, a produção de um segundo livro e os seminários na Europa, Estados Unidos, Argentina e Brasil, país que ele define como “a última esperança”.

O Culto à Carga

cargo-cult
Segundo o antropólogo Kirk Huffman, “um culto à carga surge quando o mundo exterior, com todos os seus bens materiais, repentinamente desce sobre tribos indígenas remotas“.
Em outras palavras, o culto à carga diz respeito aos efeitos que, principalmente, a Segunda Guerra teve sobre os nativos de algumas ilhas do Pacífico. Basicamente, aviões europeus, americanos e/ou japoneses eram avistados pelas pessoas dessa região que, por nunca terem visto nada parecido, passavam a acreditar que eram “deuses” ou algo de “deus”. Sendo assim, criavam esculturas de aeronaves, rituais e adaptavam sua mitologia aos novos “deuses”.
Entretanto, acredita-se que os cultos à carga tenham iniciado na ilha Fiji por volta dos anos 1880, nessa época relacionado a navios estrangeiros, mas que o padrão permaneceu praticamente o mesmo. Se diz “culto à carga” porque quando os navios (e posteriormente aviões) chegavam nas ilhas, os tripulantes costumavam distribuir entre os nativos “presentes”, que nada mais eram que objetos que carregavam na embarcação (a carga propriamente dita). Os habitantes das ilhas, por desconhecerem os bens materiais que ganhavam, achavam que os estrangeiros eram “grandes homens”, seus ancestrais, que haviam retornado com “as riquezas profetizadas”.
Uma das histórias de culto à carga mais famosas é da ilha Tanna.
cargocult2
A história é famosa, porque é o culto à carga mais persistente. 

A maioria desses cultos desapareceu nos últimos sessenta anos

Basicamente, o que temos na ilha Tanna é o culto de “John Frum”.  John Frum (corruptela de “John from”, ou “John de”, que deve ter sido uma tentativa de comunicação por parte de um indivíduo, tentando se apresentar e dizer de onde vinha…) foi algum homem branco, americano, que apareceu pela ilha nos anos 1930, trazendo objetos, ferramentas, doces e outros “presentes civilizados”, e que, por causa disso, acabou se tornando um “messias” para a tribo. Em Tanna, o dia em que se comemora o feriado de John Frum é 15 de fevereiro.
Nessa ilha os habitantes hasteiam bandeiras americanas, utilizam o simbolismo cristão da cruz (John Frum seria um equivalente a Jesus para eles), possuem réplicas de aviões, aeroportos, rádios etc. Segundo os sacerdotes da tribo, John Frum um dia retornará com ainda mais riquezas para serem distribuídas ao povo. Eles acreditam que ele viva no vulcão sagrado da ilha, Yasur.
Nas palavras de um dos anciãos da tribo: “John prometeu que traria cargas de avião e de navio  da América para nós, se nós rezássemos para ele… Rádios, TVs, caminhões, barcos, relógios, geladeira, remédios, Coca-Cola e muitas outras coisas maravilhosas.”

Os membros da ilha de Tanna dançam em honra de John Frum todo 15 de Fevereiro. Os líderes do clã viram o Messias Yankee pela primeira vez no final dos anos 1930. A sua última aparição foi durante a Segunda Guerra Mundial, vestido de branco como um marinho não-identificado da marinha.
Os membros da ilha de Tanna dançam em honra de John Frum todo 15 de Fevereiro. Os líderes do clã viram o Messias Yankee pela primeira vez no final dos anos 1930. A sua última aparição foi durante a Segunda Guerra Mundial, vestido de branco como um marinheiro não-identificado da Marinha.
Na internet é possível encontrar alguns vídeos mostrando um pouco do culto à carga da ilha de Tanna, como os abaixo (estão em inglês, mas as imagens valem por mil palavras…):
É interessante notar que muitos utilizam o exemplo do culto à carga como argumento de que foi dessa maneira que surgiram as religiões. Isso realmente é bem provável, porém não torna tudo menos fantástico. Se analisarmos que muitas religiões e mitologias antigas falavam de “carruagens de fogo” vindas do céu, citavam deuses estranhos – também vindos do céu – que vez ou outra apareciam com ensinamentos ou regras, das estranhas semelhanças nas mitologias e construções antigas de povos que supostamente nunca se encontraram, realmente dá o que pensar. Por que se é desse jeito que civilizações “primitivas” reagem àquilo que não conseguem entender ou explicar, então a nossa História “oficial” é mesmo muito mal contada.


Modelos de aeronaves pré-colombianos. Estariam nossos antigos criando réplicas de antigos "deuses" que viam nos céus?
Modelos de aeronaves Pré-Colombianos. Estariam esses povos criando réplicas de antigos "deuses" que viam nos céus? Seguindo a lógica fornecida pelo "culto à carga", é mais do que possível...

Devemos levar em conta que a tendência natural dos seres humanos mais “primitivos” é a de tornar mágico tudo aquilo que não compreendem. Portanto, quando viam um avião, por exemplo, obviamente não tinham como explicar sua existência de outra maneira que não fosse algo oriundo da esfera “espiritual” ou criado por deuses. Da mesma forma quando viam europeus, americanos e japoneses. Para eles só podiam ser deuses vindo de alguma outra terra distante.
Cruz de John Frum - Tanna, 1967
Cruz de John Frum - Tanna, 1967
Mas, voltando ao culto à carga, em específico o de John Frum, os pobres habitantes da ilha continuam a esperar pelo seu Messias. É por isso que constróem réplicas de aeronaves e aeroportos. Entretanto, o mais interessante nessa história toda é que os nativos são céticos com relação às explicações que os próprios americanos dão a toda essa confusão. Mesmo dizendo que os aviões são meios de transporte construídos por nós, que nada possuem de “divino”, os fiéis não acreditam. Muitos pensam que os americanos e outros que tentam esclarecê-los são demônios ou espíritos ruins, tentando afastá-los de sua fé.
Algumas imagens das festividades do feriado de John Frum:
Banda "Cargo"
Banda "da Carga"
Um fiel da "carga"
Um fiel da "carga"
Menino com a bandeira americana
Menino com a bandeira americana
Marchando pela carga
Marchando pela carga
Segundo o Chefe Isaac, um dos principais “sacerdotes” do culto de John Frum, John é um “espírito que sabe tudo”. Ele sai do vulcão Yasur de vez em quando e aconselha o Chefe Isaac. Ainda segundo o Chefe, John Frum é mais poderoso do que Jesus Cristo… Qualquer semelhança com o que os fiéis e religiosos atuais (e antigos) dizem de seus respectivos “messias” não é mera coincidência!
Chefe Isaac
Chefe Isaac, de azul
A maioria dos antropólogos acredita que a história de John Frum esteja relacionada a um homem branco (provavelmente fictício, já que ter um aliado branco para eles é grande coisa) que apareceu aos nativos interessado em convencê-los a se rebelar contra a colonização e a cristianização, que começava a acontecer na ilha. Muitos dos anciãos da ilha dizem que John era um homem branco mas falava a língua deles, e que não havia dito, na época de sua primeira aparição, que era americano.  Eles dizem ainda que John disse aos nativos que tinha vindo resgatá-los dos missionários e dos oficiais coloniais, e que não deviam dar ouvidos a  nada do que os homens brancos diziam. Deveriam voltar aos modos antigos.
O Chefe Isaac chegou a visitar os EUA (que, podemos dizer, equivaleria ao “paraíso” para eles), em 1995. Mas, quando perguntado sobre o que achou, desconversa e aponta os problemas que viu (pobreza, violência, infelicidade) – diz que não via a hora de retornar para casa.
Independente de qual for a verdade, no que diz respeito à existência ou não de John Frum, ele realmente provocou impacto na ilha.
Uniformes e medalhas são usados para encorajar John Frum a retornar
Uniformes e medalhas são usados para encorajar John Frum a retornar
Os fiéis se preparam para o dia de John Frum
Os fiéis se preparam para o dia de John Frum
Uma réplica de avião
Uma réplica de avião
À espera de John Frum
À espera de John Frum
Em Tanna inclusive existem duas ramificações para o culto de John Frum. Uma é liderada pelo já supracitado Chefe Isaac, e a outra pelo “Profeta Fred”. Os dois, que até 1999 eram aliados, se tornaram inimigos. Isso aconteceu porque “Deus” apareceu ao Profeta Fred e disse a ele para ir para casa e ensinar o “novo caminho” da fé em Frum.  O movimento criado por Fred é chamado de “Unidade”, e mistura os modos antigos dos nativos (kastom), cristianismo e John Frum.
Os dois movimentos já inclusive “guerrearam” entre si.
Em 1943, militares norte-americanos, preocupados com o crescimento do culto, chegaram a ir até Tanna para tentar convencer os nativos de que as forças americanas nada tinham a ver com “John Frum”. Em vão. O culto não só continuou, como se fortaleceu, quando as tropas que foram até lá retiraram toneladas  de carga que havia caído no mar, no local que os nativos consideravam o “Ponto de Um Milhão de Dólares” (um lugar lendário em que o suprimento de carga era interminável).
Recentemente, quando perguntaram ao Chefe Isaac por que eles ainda esperavam por John Frum, que havia prometido trazer muita carga ao povo mas não aparecia há mais de 60 anos, ele respondeu espantado:
“Vocês cristãos têm esperado 2.000 anos pelo retorno de Jesus à terra, e não perderam a esperança!”
É… pois é.



Fontes:
- In John They Trust
- Cargo Cult – Wikipedia
- Cargo Cult lives in South Pacific


O Eterno Agora – Deepak Chopra

“Nenhum homem é  rico o bastante para comprar de volta o seu passado.”
(Oscar Wilde)
“Não permita que o seu passado roube o seu presente.”
(Cherralea Morgen)
“Parece que nós estamos passando por um período de nostalgia, e todo mundo parece pensar que ontem era melhor do que hoje. Eu não acho que foi, e eu aconselharia você a não esperar dez anos para admitir que hoje é ótimo. Se você está preso à nostalgia, finja que hoje é ontem, saia e divirta-se a valer.”
(Art Buchwald)
“Depois de desperdiçar boa parte de minha vida ou tentando reviver o passado ou experimentando o futuro antes que ele chegue, eu cheguei à compreensão de que entre esses dois extremos está a paz.”
(Autor desconhecido)
“Quando uma porta se fecha outra porta se abre; mas nós muito frequentemente olhamos tanto e tão pesarosamente para a porta fechada, que nós não vemos aquela que se abriu para nós.”
(Alexander Graham Bell)
“Nada é mais valioso do que o dia de hoje.”
(Johann Wolfgang von Goethe)
“Nada nunca leva a lugar algum. A terra continua a girar e não chega a nenhum lugar. O momento é a única coisa que importa.”
(Jean Cocteau)
“A eternidade não é algo que começa depois que você morre. Ela está acontecendo aí o tempo todo.”
(Charlotte Perkins Gilman)
“Uma das coisas mais trágicas que eu conheço sobre a natureza humana é que todos nós tendemos a adiar a vida. Estamos todos sonhando com algum jardim de rosas mágico no horizonte – ao invés de aproveitar as rosas que estão florescendo no lado de fora de nossas janelas hoje.”
(Dale Carnegie)
“A eternidade é composta de agoras.”
(Emily Dickinson)
Nada melhor para começar um novo ano do que desapegar-se do passado e parar de se preocupar com o que futuro reserva ou não para nós. Se você se sente deprimido é porque está  revivendo demasiadamente o passado, se sente-se ansioso, é porque está ocupado demais com o futuro. Ambos estão fora do seu controle imediato. O que vale é o momento presente, que é o único momento que realmente existe e que realmente pode mudar a sua vida, seja pra pior ou pra melhor. É você quem decide.
No post de hoje trago um pequeno texto – traduzido por mim – do médico e autor indiano Deepak Chopra em que ele fala sobre viver no Agora. Para complementar, coloquei uma entrevista relativamente antiga que a atriz Bruna Lombardi havia feito com Chopra, a respeito das 7 Leis espirituais do sucesso. São 10 vídeos, curtinhos porém recheados de insights.
Um excelente 2010, vivido momento a momento, para todos nós! 


O eterno Agora

Toda a felicidade e realização que os seres humanos anseiam existe no momento presente. No agora, o tempo pára de existir e nós experimentamos uma presença que é toda absorvente, completamente em paz, e totalmente satisfatória.
Nada pode estar mais próximo do que o presente, no entanto, nada nos escapa mais rápido. Em um instante a nossa mente nos leva para longe em memórias do passado ou fantasias sobre o futuro. Ou nós podemos nos perceber em uma corrida contra o relógio, sentindo como se nunca existisse tempo suficiente. Nós dizemos coisas como “O tempo está voando”, “O tempo está se acabando”, ou “Nunca existem horas suficientes em um dia.”
De algum modo nós nos esquecemos que escolhemos se queremos que o tempo seja nosso inimigo ou um aliado. Nós podemos mudar de uma percepção presa ao tempo para uma percepção atemporal… para o êxtase que somente pode ser encontrado no momento presente. Se você quer ter todo o tempo do mundo, você pode treinar a si mesmo através das seguintes práticas simples:
Mergulhe na fonte da consciência. O modo mais efetivo de viver no fluxo da atemporalidade é a meditação. Conforme você medita, a sua consciência desperta dentro de si mesma. Com a prática regular da meditação, a testemunha silenciosa interior se satura e ilumina a mente, de modo que esta não olhe mais para o passado ou para o futuro em busca de realização. Ela experimenta paz e liberdade no interior de si mesma, a todo momento.
Pratique o prestar atenção. Durante o seu dia, quando notar que seus pensamentos se dispersaram, volte para onde você está. Instantaneamente você verá porque se distraiu, seja porque estava entediado, ansioso, vivendo no passado, ou antecipando o futuro. Não julge a si mesmo; simplesmente retorne sua atenção para o que está na sua frente nesse momento.
Sinta as sensações do seu corpo. Enquanto que a mente vive no passado e no futuro, o corpo vive no agora. Conectar-se aos sentimentos do seu corpo faz com que você retorne à consciência do momento presente.
Os nossos pensamentos estão sempre nos puxando para o futuro ou para o passado, para longe do presente. Porém é no momento presente que nós encontramos o Espírito, o nosso ser essencial e a força que anima toda a vida. Ao se conectar com o presente nós voltamos a nossa atenção para dentro, para longe de todo o caos e atividade, e experimentamos a nossa eterna e ilimitada natureza.
+++
Entrevista com Deepak Chopra feita por Bruna Lombardi, originalmente televisionada pelo canal Band.

Parte 1 – Lei da Pura Potencialidade


Parte 2 – Lei da Doação


Parte 3 – Lei do Karma


Parte 4 – Lei do Mínimo Esforço


Parte 5 – Lei do Desejo


Parte 6 – Lei da Imparcialidade


Parte 7 – Lei do Dharma


Deepak fala sobre Dinheiro e Religião



Deepak fala sobre os benefícios da Meditação