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12 de dez. de 2010

Saudade, você tem nome!...


Vive comigo a saudade,
Mas não serve, na verdade,
Para aliviar-me a dor,
Teima em não se revelar,
Quer anônima ficar,
Pra meu total dissabor.

Saudade, você tem nome...



Saudade, dissimulada,
Deixa minh’alma arrasada
Sem ter dó, sem compaixão,
Quer ver meus dias sombrios,
Meus sentimentos vazios,
Saudade é escravidão.


Saudade, você tem nome...



Saudade, você tem nome,
Um nome que me consome,
Mas que eu guardo em segredo
(De revelar tenho medo)
Um segredo-obsessão
Que detona o coração,
De um amor proibido,
Que dói, jamais esquecido,
Prego em meu peito cravado,
Um caso mal resolvido,
Um sonho esmaecido
Nas brumas do meu passado.

Saudade, você tem nome...