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| Um dos astros a se apresentar no Show |
SÃO PAULO - Às 18h deste sábado será dada a largada para a sexta edição da Virada Cultural de São Paulo, evento inspirado na Nuit Blanche de Paris. Serão 24 horas ininterruptas de programação eclética e gratuita, composta por mais de mil atrações, a maioria delas concentradas nos 13 palcos montados no centro da capital. A expectativa da prefeitura é reunir até quatro milhões de pessoas no evento, orçado em 8 milhões de reais.
Duas horas depois de Rita Lee mostrar no palco montado na praça Júlio Prestes porque é a mais completa tradução da capital paulista, começa uma encenação ao ar livre da ópera "Pagliacci", de Ruggero Leoncavallo, no Pateo do Collegio, marco da fundação da cidade. Jamil Maluf rege a Orquestra Sinfônica do Municipal e o Coral Lírico, que pela primeira se apresentam ao ar livre. Projeções recriam um teatro, enquanto os grupos Acrobático Fratelli e Pia Fraus fazem intervenções visuais com bonecos gigantes, monociclos e pernas de pau.
Longe do burburinho do centro, no Sesc Belenzinho (zona leste), será aberta a exposição Geração 00, com curadoria de Eder Chiodetto. A mostra apresenta cerca de 180 obras, de 55 artistas brasileiros, realizadas entre 2001 e 2010, a primeira década do século 21. Trata-se do primeiro grande mapeamento da fotografia contemporânea brasileira ligada às artes visuais e ao documentarismo. Por estar aberta a partir das 16 horas desde sábado, a exposição pode ser um bom esquenta, ou servir como despedida da Virada, já que ficará aberta até às 20h de domingo.
Voltando ao centro da metrópole e aos shows, Dominguinhos e Almir Sater são as principais atrações no palco da Barão de Limeira. O palco da São João mistura música eletrônica, ritmos latinos, ska e dub, com as atrações internacionais Chicha Libre (EUA), Macaco (Espanha), Yusa (Cuba) e Steel Pulse (Inglaterra).
No palco da Praça da República, Paulo Miklos canta composições de Noel com o Quinteto em Branco e Preto e Paulinho da Viola ganha o luxuoso acompanhamento da Orquestra de Cordas de Curitiba. Frejat, Blitz e RPM, em sua formação original, devem lotar a Praça Júlio Prestes a partir das 14h do domingo. No palco do Largo do Arouche, Marina Lima, Zéu Britto e Erasmo Carlos mostram seus repertórios.
Perto dali, na XV de Novembro, Cibelle canta com Cidadão Instigado, depois de Tiê e Tahís Gullin. A banda cover Beatles 4ever encara o desafio de tocar no Bulevar São João todos os álbuns dos Fab Four, de "Please, please me" a "Past masters" em 24 horas.Na programação da praça Líbero Badaró, estão os instrumentistas. O destaque é a Orkestra Rumpillez. No Viaduto do Chá, uma overdose de stand up comedy, e bem pertinho dali, no Anhangabaú, um ringue de luta livre. Os menos afeitos à violência, podem curtir no palco da estação da Luz o corpo de baile da São Paulo Companhia de Dança, que apresenta a coreografia "Theme and variations", de George Balanchine, embalado pela Osquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. É lá também que acontecerá o encontro inusitado entre Sepultura e Orquestra Experimental de Repertório marcado para meia-noite.
Já a programação especial para a Virada no Sesc Pompéia promete agradar crianças e adultos com peças, shows, performances e exposições dedicadas a explorar o tema "Reis e rainhas" na História, em fábulas e até mesmo no folclore brasileiro.
O temor de que excesso de bebidas alcoólicas e o uso de drogas ofusquem as atrações culturais, como aconteceu no ano passado, quando uma pessoa foi morta e quatro ficaram feridas por causa de brigas, levaram a prefeitura a radicalizar. Este ano, a venda de bebidas por ambulantes está proibida, sob pena de terem toda a mercadoria apreendida pelos mil guardas-civis metropolitanos e os dois mil policiais militares responsáveis pela fiscalização e segurança do evento. Somente bares e restaurantes que tem alvará para funcionar durante a madrugada poderão comercializar bebidas alcoólicas após 1h da manhã. Os demais encerram atividades neste horário ou poderão ser multados.
