Aqui estão os 20 mais estranhas e chocantes experiências de todos os tempos. Experiências que te fazem pensar... “como alguém pode fazer uma coisa assim?”.
O que acontece se você der LSD a um elefante? Numa sexta-feira, dia 3 de agosto de 1962, um grupo de pesquisadores de Oklahoma decidiu descobrir.
Warren Thomas, diretor do zoológico municipal, aplicou 297 miligramas de LSD em Tusko, o elefante. Dois outros cientistas, Louis Jolyon West e Chester M. Pierce, da faculdade de medicina da Universidade de Oklahoma, o acompanhavam. A dose usada corresponde a 3 mil vezes a dose típica utilizada em seres humanos. É a maior dose de LSD jamais administrada a um ser vivo.
Posteriormente os cientistas explicaram que a experiência foi planejada para descobrir se o LSD induziria o elefante ao estado de musth (um frenesi temporário que alguns machos às vezes experimentam durante o qual se tornam extremamente agressivos e secretam uma substancia de odor desagradável pelas glândulas temporais). Alguns críticos, no entanto, alegam que não passou do desejo de satisfazer uma curiosidade doentia.
Seja lá qual foi a razão do experimento, ele não saiu como planejado. Tusko reagiu como se tivesse sido picado por uma abelha. Trombeteou por seu cercado por alguns minutos e então caiu de pernas para o ar. Horrorizados, os pesquisadores tentaram revivê-lo, mas cerca de uma hora depois o elefante estava morto. Os três cientistas concluíram constrangidos “Parece que elefantes são altamente sensíveis aos efeitos do LSD”.
Nos anos que se seguiram houve controvérsia acerca da causa da morte do animal. Alguns alegavam que não foi o LSD o causador do óbito, mas sim as drogas utilizadas para tentar reanimá-lo. Então, vinte anos depois, Ronald Siegel, da Universidade de Los Angeles, decidiu dar fim ao debate administrando a mesma dose de LSD a dois outros elefantes.
Ao invés de injetar o LSD, Siegel misturou a droga na água. Quando administrado dessa forma o LSD parece não ser fatal aos animais. Os elefantes não só sobreviveram como permaneceram calmos. Ficaram vagarosos, balançando para frente e para trás e emitiram ruídos estranhos parecidos com chios e trinados, mas em algumas horas já estavam de volta ao normal.
Entretanto, Siegel observou que a dosagem que Tusko recebeu pode ter excedido o limiar de toxicidade, de forma a ser impossível precisar a causa da sua morte.
A polêmica continua.
Milgram disse aos voluntários que eles faziam parte de um experimento para determinar o efeito da punição no aprendizado. Um dos voluntários (que era na verdade um ator em cooperação com Milgram) faria o papel do Aprendiz e tentaria memorizar uma série de palavras. Os outros voluntários (os voluntários reais) acompanhariam a leitura com um gabarito e dariam uma descarga elétrica no argüido a cada vez que ele errasse. A cada resposta errada os choques aumentavam 15 volts de potência.
O experimento começava. O aprendiz errava propositalmente e logo a potência do choque chegava a 120 volts. Nessa altura o aprendiz começava a chorar e a reclamar da dor. Em 150 volts o aprendiz começava a gritar de dor e a implorar pra que o deixassem sair. É claro que era tudo atuação, mas os voluntários, que nada sabiam, começaram a hesitar e perguntaram aos pesquisadores o que deveriam fazer. A resposta era sempre a mesma “O experimento requer que você continue”.
Milgram não tinha nenhum interesse nos efeitos da punição no aprendizado. O que ele queria na verdade era saber quanto tempo as pessoas demorariam para se recusar a apertar o botão de choque. Será que permaneceriam obedientes à autoridade dos pesquisadores a ponto de matar alguém?
Para a surpresa de Milgram, mesmo podendo ouvir os gritos agonizantes do aprendiz que vinha da sala ao lado, dois terços dos voluntários continuaram a pressionar o botão até atingir a potência máxima de 450 volts, quando o aprendiz caiu em um silencio assustador, aparentemente morto.
Alguns dos voluntários tremiam e suavam, enquanto alguns riam histericamente, mas continuaram a apertar o botão. Mais perturbador ainda: quando os voluntários não podiam ver nem ouvir o aprendiz a cooperação era de quase 100%. O que os olhos não vêem o coração não sente, afinal.
Posteriormente Milgram comentou “Eu diria, com base em milhares de pessoas que observei durante os experimentos e na minha própria intuição, que se um sistema de campos de extermínio como os da Alemanha nazista fosse implantando nos Estados Unidos, seria possível encontrar trabalhadores e encarregados pelo seu funcionamento em qualquer cidade de médio porte do país”.
Em 1954 Vladimir Demikhov chocou o mundo quando revelou uma monstruosidade cirurgicamente criada: Um cachorro de duas cabeças.
Ele criou a criatura em um laboratório localizado nos arredores de Moscou, onde enxertou a cabeça, ombros e pernas frontais de um filhote no pescoço de um pastor alemão.
Demikhov preparou uma apresentação diante de repórteres de todo o mundo. Jornalistas suspiravam enquanto as duas cabeças se debruçavam para beber simultaneamente em uma tigela de leite e estremeciam enquanto o leite da cabeça do filhote pingava do tubo desconectado de seu esôfago.
A União Soviética ostentou o cachorro como prova da proeminência médica da nação. No decorrer dos quinze anos seguintes Demikhov criou um total de vinte outros cachorros de duas cabeças. Nenhum deles viveu por muito tempo, sendo vítimas inevitáveis das conseqüências de rejeição de tecido. O recorde foi de um mês.
Demikhov explicou que os cachorros faziam parte de uma série de experimentos que tinham o objetivo de descobrir uma técnica para o transplante de coração e pulmão humanos.
Em 1967, o cirurgião sul-africano Christian Barnard foi o primeiro a transplantar um coração, mas Demikhov é amplamente reconhecido como o seu precursor.
Em 1954 James Olds e Peter Milner da Universidade de McGill descobriram que a região septal é o centro de prazer do cérebro. Estímulos elétricos nessa região produzem sensações de intenso prazer e excitação sexual.
Os cientistas demonstraram sua descoberta inserindo fios no cérebro de um rato e mostrando que quando o rato descobria que podia se proporcionar prazer pressionando um pedal (que envia um estímulo elétrico para o cérebro) ele passava a pressionar o pedal compulsivamente, mais de duas mil vezes por hora.
Em 1979, Robert Heath da Universidade de Tulane concebeu uma aplicação ainda mais original para a descoberta de Olds e Milners. Heath decidiu testar se o repetido estímulo da região septal poderia transformar um homossexual em heterossexual. Heath se referia a seu paciente homossexual como B-19. Eletrodos de teflon foram inseridos na região septal do cérebro de B-19 para a qual eram enviados estímulos cuidadosamente controlados.
Em pouco tempo o jovem começou a relatar indícios de motivação sexual. Heath então improvisou um aparelho que permitia que o paciente B-19 se auto-estimulasse. B-19 logo se tornou obcecado com o botão do prazer. Em uma sessão de três horas pressionou o botão 1.500 vezes até o ponto que, segundo Heath, “estava sofrendo de uma euforia subjugante e teve que ser desconectado”.
A essa altura a libido de B-19 estava tão em alta que Heath decidiu iniciar o último estágio da experiência no qual B-19 seria apresentado a uma parceira. Com permissão judicial Heath providenciou o encontro de B-19 com uma prostituta de 21 anos em seu laboratório. Os dois foram deixados a sós em uma sala e por mais de uma hora B-19 não fez nada. Quando a garota de programa tomou a iniciativa, no entanto, B-19 correspondeu e os dois transaram.
Pouco se sabe sobre a vida de B-19 depois disso. Heath declarou que o homem voltou à antiga vida de prostituição homossexual, mas que também teve um caso com uma mulher casada.
Heath concluiu que o “tratamento” foi parcialmente bem sucedido, mas nunca mais tentou converter outros homossexuais.
O que pode ser mais terrível que criar um cachorro de duas cabeças? Que tal manter a cabeça de um cachorro viva SEM o seu corpo? Desde a Revolução Francesa, quando a guilhotina enviou milhares de cabeças rolando para cestas, cientistas se perguntam se seria possível manter uma cabeça viva sem o corpo, mas foi só em 1920 que alguém conseguiu uma resposta.
O médico soviético Sergei Brukhonenko criou uma máquina primitiva que exercia as funções do coração e do pulmão à qual ele batizou de “autojetor”. Com o auxílio do aparelho ele conseguiu manter viva a cabeça de um cachorro. Brukhonenko exibiu uma cabeça viva de cachorro em 1928 diante de uma audiência de cientistas internacionais no Terceiro Congresso de Fisiologistas da URSS.
Para provar que a cabeça sobre a mesa realmente estava viva ele a fez reagir a estímulos. Brukhonenko bateu com uma marreta na mesa, e a cabeça hesitou. Lançou luz em seus olhos, que piscaram. O médico chegou ao ponto de alimentá-la com um pedaço de queijo, que imediatamente caiu pelo tubo esofagueal do outro lado.
A cabeça de cachorro foi assunto de discussões em toda a Europa e inspirou o dramaturgo George Bernard Shaw a dizer “Estou tentado a ter minha própria cabeça cortada de forma que eu possa continuar a ditar peças e livros sem ser importunado por doenças, sem ter que me preocupar em me vestir e comer, tendo como única ocupação a criação de obras primas das artes dramáticas e da literatura”.
6- Homem macaco
Elefante e LSD
O que acontece se você der LSD a um elefante? Numa sexta-feira, dia 3 de agosto de 1962, um grupo de pesquisadores de Oklahoma decidiu descobrir.
Warren Thomas, diretor do zoológico municipal, aplicou 297 miligramas de LSD em Tusko, o elefante. Dois outros cientistas, Louis Jolyon West e Chester M. Pierce, da faculdade de medicina da Universidade de Oklahoma, o acompanhavam. A dose usada corresponde a 3 mil vezes a dose típica utilizada em seres humanos. É a maior dose de LSD jamais administrada a um ser vivo.
Posteriormente os cientistas explicaram que a experiência foi planejada para descobrir se o LSD induziria o elefante ao estado de musth (um frenesi temporário que alguns machos às vezes experimentam durante o qual se tornam extremamente agressivos e secretam uma substancia de odor desagradável pelas glândulas temporais). Alguns críticos, no entanto, alegam que não passou do desejo de satisfazer uma curiosidade doentia.
Seja lá qual foi a razão do experimento, ele não saiu como planejado. Tusko reagiu como se tivesse sido picado por uma abelha. Trombeteou por seu cercado por alguns minutos e então caiu de pernas para o ar. Horrorizados, os pesquisadores tentaram revivê-lo, mas cerca de uma hora depois o elefante estava morto. Os três cientistas concluíram constrangidos “Parece que elefantes são altamente sensíveis aos efeitos do LSD”.
Nos anos que se seguiram houve controvérsia acerca da causa da morte do animal. Alguns alegavam que não foi o LSD o causador do óbito, mas sim as drogas utilizadas para tentar reanimá-lo. Então, vinte anos depois, Ronald Siegel, da Universidade de Los Angeles, decidiu dar fim ao debate administrando a mesma dose de LSD a dois outros elefantes.
Ao invés de injetar o LSD, Siegel misturou a droga na água. Quando administrado dessa forma o LSD parece não ser fatal aos animais. Os elefantes não só sobreviveram como permaneceram calmos. Ficaram vagarosos, balançando para frente e para trás e emitiram ruídos estranhos parecidos com chios e trinados, mas em algumas horas já estavam de volta ao normal.
Entretanto, Siegel observou que a dosagem que Tusko recebeu pode ter excedido o limiar de toxicidade, de forma a ser impossível precisar a causa da sua morte.
A polêmica continua.
2- Obediência
Imagine que você é voluntario para um experimento científico. Quando você chega ao laboratório descobre que os pesquisadores querem que você mate uma pessoa. Você protesta, mas os cientistas são categóricos “O experimento requer que você faça isso”. Você concordaria e mataria a pessoa?
Quando perguntados sobre o que fariam em uma situação semelhante quase todos respondem prontamente que obviamente se recusariam a cometer o assassinato. Mas o famoso Experimento da Obediência de Stanley Milgram, conduzido na universidade de Yale na década de 60, revelou que essas pessoas estão erradas. Se o pedido for feito de maneira adequada, quase todos nós cederíamos e nos tornaríamos assassinos obedientes.
Milgram disse aos voluntários que eles faziam parte de um experimento para determinar o efeito da punição no aprendizado. Um dos voluntários (que era na verdade um ator em cooperação com Milgram) faria o papel do Aprendiz e tentaria memorizar uma série de palavras. Os outros voluntários (os voluntários reais) acompanhariam a leitura com um gabarito e dariam uma descarga elétrica no argüido a cada vez que ele errasse. A cada resposta errada os choques aumentavam 15 volts de potência.
O experimento começava. O aprendiz errava propositalmente e logo a potência do choque chegava a 120 volts. Nessa altura o aprendiz começava a chorar e a reclamar da dor. Em 150 volts o aprendiz começava a gritar de dor e a implorar pra que o deixassem sair. É claro que era tudo atuação, mas os voluntários, que nada sabiam, começaram a hesitar e perguntaram aos pesquisadores o que deveriam fazer. A resposta era sempre a mesma “O experimento requer que você continue”.
Milgram não tinha nenhum interesse nos efeitos da punição no aprendizado. O que ele queria na verdade era saber quanto tempo as pessoas demorariam para se recusar a apertar o botão de choque. Será que permaneceriam obedientes à autoridade dos pesquisadores a ponto de matar alguém?
Para a surpresa de Milgram, mesmo podendo ouvir os gritos agonizantes do aprendiz que vinha da sala ao lado, dois terços dos voluntários continuaram a pressionar o botão até atingir a potência máxima de 450 volts, quando o aprendiz caiu em um silencio assustador, aparentemente morto.
Alguns dos voluntários tremiam e suavam, enquanto alguns riam histericamente, mas continuaram a apertar o botão. Mais perturbador ainda: quando os voluntários não podiam ver nem ouvir o aprendiz a cooperação era de quase 100%. O que os olhos não vêem o coração não sente, afinal.
Posteriormente Milgram comentou “Eu diria, com base em milhares de pessoas que observei durante os experimentos e na minha própria intuição, que se um sistema de campos de extermínio como os da Alemanha nazista fosse implantando nos Estados Unidos, seria possível encontrar trabalhadores e encarregados pelo seu funcionamento em qualquer cidade de médio porte do país”.
3- O cachorro de duas cabeças de Demickov
Em 1954 Vladimir Demikhov chocou o mundo quando revelou uma monstruosidade cirurgicamente criada: Um cachorro de duas cabeças.
Ele criou a criatura em um laboratório localizado nos arredores de Moscou, onde enxertou a cabeça, ombros e pernas frontais de um filhote no pescoço de um pastor alemão.
Demikhov preparou uma apresentação diante de repórteres de todo o mundo. Jornalistas suspiravam enquanto as duas cabeças se debruçavam para beber simultaneamente em uma tigela de leite e estremeciam enquanto o leite da cabeça do filhote pingava do tubo desconectado de seu esôfago.
A União Soviética ostentou o cachorro como prova da proeminência médica da nação. No decorrer dos quinze anos seguintes Demikhov criou um total de vinte outros cachorros de duas cabeças. Nenhum deles viveu por muito tempo, sendo vítimas inevitáveis das conseqüências de rejeição de tecido. O recorde foi de um mês.
Demikhov explicou que os cachorros faziam parte de uma série de experimentos que tinham o objetivo de descobrir uma técnica para o transplante de coração e pulmão humanos.
Em 1967, o cirurgião sul-africano Christian Barnard foi o primeiro a transplantar um coração, mas Demikhov é amplamente reconhecido como o seu precursor.
4- A iniciação de comportamento heterossexual em um homossexual masculino
Em 1954 James Olds e Peter Milner da Universidade de McGill descobriram que a região septal é o centro de prazer do cérebro. Estímulos elétricos nessa região produzem sensações de intenso prazer e excitação sexual.
Os cientistas demonstraram sua descoberta inserindo fios no cérebro de um rato e mostrando que quando o rato descobria que podia se proporcionar prazer pressionando um pedal (que envia um estímulo elétrico para o cérebro) ele passava a pressionar o pedal compulsivamente, mais de duas mil vezes por hora.
Em 1979, Robert Heath da Universidade de Tulane concebeu uma aplicação ainda mais original para a descoberta de Olds e Milners. Heath decidiu testar se o repetido estímulo da região septal poderia transformar um homossexual em heterossexual. Heath se referia a seu paciente homossexual como B-19. Eletrodos de teflon foram inseridos na região septal do cérebro de B-19 para a qual eram enviados estímulos cuidadosamente controlados.
Em pouco tempo o jovem começou a relatar indícios de motivação sexual. Heath então improvisou um aparelho que permitia que o paciente B-19 se auto-estimulasse. B-19 logo se tornou obcecado com o botão do prazer. Em uma sessão de três horas pressionou o botão 1.500 vezes até o ponto que, segundo Heath, “estava sofrendo de uma euforia subjugante e teve que ser desconectado”.
A essa altura a libido de B-19 estava tão em alta que Heath decidiu iniciar o último estágio da experiência no qual B-19 seria apresentado a uma parceira. Com permissão judicial Heath providenciou o encontro de B-19 com uma prostituta de 21 anos em seu laboratório. Os dois foram deixados a sós em uma sala e por mais de uma hora B-19 não fez nada. Quando a garota de programa tomou a iniciativa, no entanto, B-19 correspondeu e os dois transaram.
Pouco se sabe sobre a vida de B-19 depois disso. Heath declarou que o homem voltou à antiga vida de prostituição homossexual, mas que também teve um caso com uma mulher casada.
Heath concluiu que o “tratamento” foi parcialmente bem sucedido, mas nunca mais tentou converter outros homossexuais.
5- A cabeça de um cachorro
O que pode ser mais terrível que criar um cachorro de duas cabeças? Que tal manter a cabeça de um cachorro viva SEM o seu corpo? Desde a Revolução Francesa, quando a guilhotina enviou milhares de cabeças rolando para cestas, cientistas se perguntam se seria possível manter uma cabeça viva sem o corpo, mas foi só em 1920 que alguém conseguiu uma resposta.
O médico soviético Sergei Brukhonenko criou uma máquina primitiva que exercia as funções do coração e do pulmão à qual ele batizou de “autojetor”. Com o auxílio do aparelho ele conseguiu manter viva a cabeça de um cachorro. Brukhonenko exibiu uma cabeça viva de cachorro em 1928 diante de uma audiência de cientistas internacionais no Terceiro Congresso de Fisiologistas da URSS.
Para provar que a cabeça sobre a mesa realmente estava viva ele a fez reagir a estímulos. Brukhonenko bateu com uma marreta na mesa, e a cabeça hesitou. Lançou luz em seus olhos, que piscaram. O médico chegou ao ponto de alimentá-la com um pedaço de queijo, que imediatamente caiu pelo tubo esofagueal do outro lado.
A cabeça de cachorro foi assunto de discussões em toda a Europa e inspirou o dramaturgo George Bernard Shaw a dizer “Estou tentado a ter minha própria cabeça cortada de forma que eu possa continuar a ditar peças e livros sem ser importunado por doenças, sem ter que me preocupar em me vestir e comer, tendo como única ocupação a criação de obras primas das artes dramáticas e da literatura”.
6- Homem macaco
Por décadas circularam rumores acerca de experiências soviéticas com o intuito de criar um híbrido entre o homem e o macaco através do cruzamento de chimpanzés com humanos. Mas foi só após o colapso da União Soviética e a abertura dos arquivos russos que os rumores foram confirmados.
O Doutor Ilya Ivanov era um especialista em biologia reprodutiva veterinária mundialmente reconhecido. Em 1927 ele viajou para a África a fim de pesquisar meios de criar um híbrido. Suas pesquisas não foram bem sucedidas, em grande parte graças à equipe do laboratório na Guiné Ocidental onde ele trabalhou. Temendo as conseqüências, Ivanov teve que esconder de seus companheiros o real propósito de suas pesquisas.
A necessidade de conduzir o experimento em segredo tornou impossível obter resultados positivos, embora tenham sido registradas duas tentativas bem sucedidas de inseminar chimpanzés fêmeas com esperma humano.
Frustrado, Ivanov eventualmente voltou à União Soviética. Voltou trazendo consigo um orangotango, batizado de Tarzan, com quem ele esperava dar prosseguimento a suas pesquisas.
Anúncios foram feitos em busca de voluntárias para carregar o filho do macaco e, surpreendentemente, algumas mulheres se interessaram. Mas o orangotango morreu e Ivanov foi enviado para um campo de prisioneiros, dando fim à sua pesquisa.
Philip Zimbardo queria descobrir porque as prisões são lugares tão violentos. Seria pela natureza violenta dos prisioneiros ou pelo efeito corrosivo da estrutura de poder característica do lugar?
Para descobrir, Zimbardo criou uma prisão falsa no porão do departamento de psicologia da Universidade de Stanford. Aos voluntários, todos com ficha criminal limpa e resultados normais em exames psicológicos, foram designados aleatoriamente os papeis de prisioneiro ou de guardas. Seu intuito era de não interferir por duas semanas e observar como eles interagiriam.
O que aconteceu em seguida virou lenda. As condições sociais na prisão de mentira deterioraram-se com uma velocidade incrível. Na primeira noite os prisioneiros encenaram uma revolta e os guardas, se sentindo ameaçados pela insubordinação, reagiram com dureza. Inventaram formas de impor a disciplina usando métodos como revistas aleatórias durante as quais os prisioneiros eram deixados nus, minimizar os privilégios do banheiro, abuso verbal, privação de sono e de comida.
Sob essa pressão os prisioneiros começaram a ruir. O primeiro desistiu apenas trinta e seis horas depois, gritando que se sentia “como se estivesse queimando por dentro”. Dentro dos seis dias que se seguiram outros quatro prisioneiros desistiram, um dos quais sofria de erupções na pele por todo o corpo causadas pelo estresse. Ficou claro para todos eles que os novos papéis estavam rapidamente se tornando mais que apenas um jogo.
Até mesmo Zimbardo se sentiu seduzido pela psicologia corrosiva da situação. O médico começou a ter delírios paranóicos de que os prisioneiros estariam planejando uma fuga e chegou a contatar a polícia real. Felizmente, a essa altura o pesquisador percebeu que as coisas haviam ido longe demais. Apenas seis dias haviam se passado e os estudantes felizes e saudáveis haviam se tornado prisioneiros deprimidos e guardas sádicos.
Zimbardo convocou uma reunião no dia seguinte e disse que todos podiam ir pra casa. Os prisioneiros restantes se sentiram aliviados, mas os guardas ficaram nervosos, estavam se acostumando e gostando do novo papel.
Em 1924 Carney Landis, um estudante de psicologia na Universidade de Minnesota, desenvolveu um experimento para descobrir se as emoções evocavam expressões faciais características. Por exemplo: há uma expressão que todos usamos para demonstrar choque? E uma expressão para demonstrar nojo?
A maioria dos voluntários do experimento de Landis eram colegas de faculdade. Ele os levou até seu laboratório e pintou linhas em seus rostos para poder observar melhor os movimentos de seus músculos faciais. Em seguida os voluntários eram expostos a uma variedade de estímulos projetados para provocar uma forte reação psicológica.
Landis registrava cada reação com fotografias. Os voluntários tinham que cheirar amônia, olhar fotografias pornográficas e enfiar a mão em um balde cheio de sapos pegajosos. O clímax da experiência era quando Landis entregava-lhes uma bandeja com um rato vivo e pedia-lhes que o decapitasse.
A maioria resistia ao pedido, mas no fim, dois terços dos voluntários fizeram o que lhes foi pedido. Diante da resposta negativa do um terço que se recusou a obedecer, Landis pegou a faca e decapitou o rato ele mesmo.
O experimento demonstrou o grande desejo e disposição das pessoas de obedecerem aos pedidos dos pesquisadores, a despeito do quão bizarro os pedidos possam ser, antecipando os resultados da experiência de Milgram em quase 40 anos.
Entretanto, Landis nunca percebeu que a obediência dos voluntários era muito mais interessante que suas expressões faciais. O cientista se manteve fixo em seu objetivo, mesmo não tendo obtido sucesso em encontrar um padrão de expressões.
Até onde você iria para comprovar uma teoria? No começo do século 19 Stubbins Ffirth, um estagiário de medicina na Filadélfia, foi mais longe que a maioria das pessoas. Bem mais longe.
Tendo observado que a febre amarela se alastrava durante o verão, mas desaparecia durante o inverno, Ffirth conclui que não se tratava de uma doença contagiosa. Segundo sua teoria a doença seria causada por um excesso de estimulantes como o calor, comida e barulho.
Para provar seu ponto de vista Ffirth se prontificou a mostrar que por mais que fosse exposto à febre amarela, ele não a contrairia. Inicialmente o estudante de medicina fazia pequenas incisões em seu braço e derramava sobre elas vômito colhido de pacientes com febre amarela. Ele não ficou doente.
Então ele pingou um pouco de vômito em seus olhos. Fritou um pouco da substancia em uma frigideira e inalou o vapor. Colocou um pouco em uma pílula e a ingeriu. Finalmente começou a tomar copos cheios de vômito puro. Mesmo assim não ficou doente. Ffirth finalizou seu experimento untando-se com outros fluidos de pacientes de febre amarela: sangue, saliva, suor e urina.
Com a saúde intocada Ffirth considerou sua teoria provada. Infelizmente ele estava enganado. Hoje sabemos que a Febre Amarela é muito contagiosa, mas é preciso que a transmissão seja feita diretamente através da corrente sanguínea, geralmente pela picada de um mosquito, para causar a infecção. Ainda assim, considerando tudo que Ffirth fez pra se infectar, é um milagre que tenha permanecido vivo.
O Dr. Ewen Cameron acreditava ter encontrado uma cura para a esquizofrenia. Sua teoria era de que o cérebro poderia ser reprogramado para ser saudável através da imposição de novos padrões de pensamento.
Seu método consistia em fazer os pacientes usarem fones de ouvido e ouvirem mensagens tocadas repetidas vezes por dias ou até mesmo semanas. Ele chamava o método de “condução psíquica”, mas a imprensa o batizou de “lavagem cerebral benéfica”.
Durante a década de 50 e o início da década de 60 centenas dos pacientes do Dr. Cameron na Allan Memorial Clinic em Montreal, se tornaram suas cobaias inconscientes – tendo ou não esquizofrenia. Alguns pacientes deram entrada na clínica com problemas simples como ansiedade causada pela menopausa para se verem sedados com barbiturato, amarrados a uma cama e forçados a ouvir por dias a mensagens como “As pessoas gostam de você e precisam de você. Você confia em si mesmo”.
Em uma ocasião, para testar a técnica, Cameron fez os pacientes dormirem com drogas enquanto ouviam à mensagem “Quando você avistar um pedaço de papel, você irá pegá-lo”. Posteriormente ele os levou a um ginásio vazio, no meio do qual havia um pedaço de papel. Cameron observou com alegria que muitos dos pacientes foram direto até o pedaço de papel para pegá-lo.
A CIA se interessou pelas experiências de Cameron e passou a financiá-lo, mas eventualmente a agência concluiu que os experimentos eram um fracasso e cortou a verba. O próprio médico declarou que os experimentos haviam sido “uma viagem de dez anos pela estrada errada”.
No final da década de 70 um grupo de ex pacientes de Cameron processou a CIA pelo apoio dado a seu trabalho e conseguiram, em um acordo extra judicial, um ressarcimento em dinheiro cujo valor é desconhecido.
A revelação do cachorro de duas cabeças de Vladimir Demikhov em 1954 desencadeou uma disputa bizarra entre os dois super poderes da época: EUA e URSS.
Determinado a provar que os seus cirurgiões eram os melhores do mundo, o Governo Americano passou a financiar o trabalho de Robert White, que então trabalhava em uma série de cirurgias experimentais em seu centro de pesquisas cerebrais em Cleveland, resultando no primeiro transplante de cabeça de macaco do mundo.
O transplante ocorreu em 14 de março de 1970. White e seus assistentes levaram horas para remover cuidadosamente a cabeça de um macaco e transplantá-la para um corpo novo. Ao despertar e descobrir que seu corpo havia sido trocado, o macaco fulminou White com os olhos e brandiu-lhe os dentes.
O animal sobreviveu um dia e meio antes de sucumbir a complicações da cirurgia. As coisas poderiam ter sido piores pra ele, no entanto. White observou que, do ponto de vista cirúrgico, teria sido mais fácil implantar a cabeça ao contrário.
O médico imaginou que se tornaria um herói, mas o público ficou extremamente chocado com a experiência. A despeito da rejeição, White prosseguiu com uma campanha em busca de fundos para financiar a pesquisa para um transplante de cabeça humana. Ele viajou o país na companhia de Craig Vetovitz, um quase quadriplégico, voluntário para ser o primeiro a ser submetido ao procedimento. Embora ainda não tenha acontecido, Robert White ainda espera realizar a cirurgia.
Parado sob o sol quente em uma arena em Cordova, Espanha, Jose Delgado, um pesquisador de Yale, encarava um touro imenso. O animal tomou distância, e arremeteu contra o cientista, ganhando cada vez mais velocidade. Delgado, embora aparentemente indefeso, não expressava medo. Quando o touro estava a poucos centímetros, o cientista sacou um controle remoto e apertou um botão. O aparelho enviou um sinal para um chip implantado no cérebro do animal que imediatamente parou, bufando algumas vezes e, em seguida, se afastando pacificamente.
O experimento de Delgado na arena foi uma demonstração da habilidade de seu “stimoceiver” de manipular o comportamento. O stimoceiver era um chip de computador, operado via controle remoto, que poderia ser usado para estimular diferentes regiões do cérebro do animal. Tais estímulos produziam uma variedade de efeitos, incluindo o movimento involuntário dos membros, a indução de emoções como amor ou ódio e inibição de apetite.
É de se surpreender que um experimento que parece tanto ficção cientifica tenha ocorrido em 1963. Durante as décadas de 70 e 80 os pesquisadores da área de estímulos elétricos do cérebro foram desaparecendo, estigmatizados pela idéia de que seus experimentos poderiam controlar a vontade e os desejos das pessoas.
Recentemente a área tem entrado e evidência novamente com relatos de ratos, pombos e até mesmo tubarões controlados por controle remoto.
A história está repleta de relatos sobre bebês criados por animais. Na maioria destes casos as crianças continuam a agir como animais mesmo quando reintegrados à sociedade. O psicólogo Winthrop Kellogg se perguntou o que aconteceria em uma situação contrária. E se um animal fosse criado por humanos como igual? Ele agiria como um deles?
A fim de responder a essa questão em 1931 Kellogg levou uma chimpanzé de sete meses para sua casa. A macaca, chamada Gua, foi criada por ele e por sua esposa como se fosse humana e tratada exatamente da mesma forma que tratavam Donald, o filho de 10 meses do casal.
Donald e Gua brincavam juntos, comiam juntos e eram ambos submetidos a testes regulares para registrar seu desenvolvimento. Em um desses testes Kellogg suspendeu um biscoito no teto da sala e cronometrou quanto tempo seus “filhos” levavam para pegá-lo.
Gua geralmente se saía melhor nesse tipo de testes, mas em termos de aquisição de linguagem seu desempenho foi frustrante. A chimpanzé parecia não conseguir assimilar a capacidade de fala. Surpreendentemente o mesmo parecia acontecer com Donald. Nove meses após o início do experimento suas habilidades de comunicação não eram muito melhores que a de Gua.
Quando um dia o garoto demonstrou fome emitindo um “latido” semelhante ao que Gua usava para pedir comida, o casal decidiu que o experimento havia ido longe demais. Donald evidentemente precisava de amigos de sua própria espécie e em 28 de março de 1932 Gua foi enviada de volta para o centro de primatas. Nunca mais se ouviu falar dela.
Numa noite de verão de 1942 o Professor Lawrence Leshan se encontrava parado na escuridão de uma cabana em um acampamento no norte do estado de Nova Iorque. À sua frente um grupo de garotos dormia. Leshan começou então a repetir em voz alta “Minhas unhas são terrivelmente amargas. Minhas unhas são terrivelmente amargas”.
Hoje esse tipo de comportamento poderia colocar alguém em um hospício ou na prisão, mas Leshan não era louco nem criminoso. Ele estava conduzindo um experimento de aprendizado durante o sono. Todos os garotos haviam sido diagnosticados como roedores de unha crônicos, e Leshan queria descobrir se a exposição noturna à sugestão negativa sobre roer unhas poderia livrá-los do hábito.
Inicialmente o pesquisador usou um fonógrafo para transmitir a mensagem. O aparelho repetia a mensagem 300 vezes por noite enquanto os garotos dormiam. Mas cinco semanas após o início do experimento o fonógrafo quebrou. Leshan improvisou ficando parado no escuro e recitando a mensagem ele mesmo.
Ao fim do verão Leshan examinou as unhas dos garotos e concluiu que 40% deles haviam parado com o hábito. O efeito de sugestão durante o sono parecia ser real.
A conclusão foi posteriormente contestada, entretanto. Em 1956, em um experimento na Faculdade de Santa Monica, William Emmons e Charles Simon utilizaram um eletro encefalograma para se certificarem que os voluntários estavam realmente dormindo antes de enviar a mensagem. Os efeitos da sugestão desapareceram.
Em 1780 o professor de anatomia italiano Luigi Galvani descobriu que uma fagulha de eletricidade poderia fazer os membros de um sapo morto se moverem. Logo cientistas de toda a Europa estavam repetindo seu experimento. Mas não demorou muito até que se cansassem de sapos e decidissem tentar um animal maior. O que aconteceria se um cadáver humano fosse eletrificado?
O sobrinho de Galvani, Giovanni Aldini, viajou pela Europa oferecendo espetáculos de revirar o estômago. Sua mais celebrada demonstração ocorreu em 17 de janeiro de 1803 quando ele aplicou os pólos de uma bateria de 120 volts ao corpo do assassino executado, George Forster.
Quando Aldini introduziu fios na boca e nas orelhas do morto, os músculos de sua mandíbula se agitaram e seu rosto se contorceu em uma expressão de dor. Seu olho esquerdo abriu como se para observar seu carrasco. Para o grand finale Aldini prendeu um fio em sua orelha e outro em seu reto. O cadáver de Forster iniciou uma dança repugnante. O London Times escreveu “Pareceu aos desinformados da platéia que o cadáver estava sendo ressuscitado”.
Outros pesquisadores conduziram experiências semelhantes na esperança de reviver os mortos sem sucesso.
Em 1999 um grupo de pesquisadores liderados pelo Dr. Yang Dan, um professor de neurobiologia na Universidade da Califórnia, anestesiou um gato com pentotal de sódio e o prendeu firmemente a uma armação cirúrgica. Em seguida colaram receptores feitos de metal em seus globos oculares e o forçaram a olhar para uma tela que mostrava repetidamente cenas de árvores balançando ao vento e um homens usando uma camisa de gola rulê.A experiência que lembra a lavagem cerebral mostrada em Laranja Mecânica era na verdade uma tentativa de entrar no cérebro de outra criatura e ver diretamente através de seus olhos.
Os pesquisadores inseriram eletrodos no centro responsável pelo processamento da visão do gato. Os eletrodos mediam a atividade elétrica das células cerebrais e transmitiam essa informação para um computador que a decodificava e transformava em imagem. As mesmas imagens que o gato observava na tela eram transferidas, através de seus olhos, para o computador no outro lado da sala.
O potencial comercial da tecnologia é ilimitado. Câmeras que gravam através dos olhos, fotografias tiradas com um piscar de olhos, espionagem. Use a imaginação.
Perus machos não são muito exigentes. Dê a um peru qualquer coisa parecida com uma fêmea que ele vai tentar acasalar com ela satisfeito.
Esse comportamento intrigou Martin Schein e Edgar Hale da Universidade da Pensilvânia, e os fizeram questionar qual seria o estímulo mínimo necessário para excitar um peru. A fim de descobrir, os dois pesquisadores embarcaram em uma série de experimentos que envolveram remover, pedaço por pedaço, partes de um modelo criado para parecer com uma fêmea até que o macho perdesse o interesse.
Cauda, patas e asas foram todas removidas, mas ainda assim a ave amorosa caminhou em direção ao modelo e tentou copular. Os pesquisadores continuaram a remover partes do modelo até que restou apenas sua cabeça presa a uma estaca. Surpreendentemente o macho continuou a mostra grande interesse. Na verdade, ele preferia a cabeça presa na estaca que o corpo sem a cabeça.
Cabeças de animais reais funcionavam melhor, mas na ausência de uma o macho não hesitava em cortejar a cabeça feita de madeira que os pesquisadores providenciaram.
Alguns dos homens que caminhavam tranquilamente pelo campus da Universidade da Flórida em 1978 foram abordados por uma bela mulher que dizia: “Eu tenho observado você. Te acho muito atraente. Você iria para a cama comigo hoje à noite?”.
Os rapazes provavelmente pensaram que se tratava de seu dia de sorte, mas na verdade eles estavam tomando parte involuntariamente num experimento criado pelo psicólogo Russell Clark.
Clarck convenceu os estudantes de seu curso de psicologia social a ajudarem-no a descobrir qual sexo seria mais receptivo a uma oferta sexual de um estranho. A única maneira de descobrir, segundo ele, seria ir para a rua e observar o que aconteceria em uma situação real. Instruídos por ele alunos e alunas saíram pelo campus fazem a proposta a estranhos.
Os resultados não surpreenderam. Setenta e cinco por cento dos homens aceitaram a proposta (e aqueles que recusaram, em sua maioria, alegaram que eram casados ou tinham namorada).
Das mulheres abordadas, no entanto, nenhuma aceitou. Na verdade, grande maioria se sentiu ofendida e exigiu que o rapaz se afastasse.
Inicialmente o experimento de Clark foi rejeitado pela comunidade psicológica como sensacionalista, mas eventualmente ganhou aceitação e admiração por mostrar o quão discrepantes são as atitudes sexuais de homens e mulheres. Hoje é considerado um clássico.
Quando Stanley Milgram publicou os resultados de seu experimento da obediência em 1963, a comunidade científica ficou abalada. Alguns pesquisadores acharam difícil acreditar que as pessoas pudessem ser tão facilmente manipuladas e iniciaram uma busca por algum erro de julgamento que Milgram possa ter cometido.
Charles Sheridan e Richard King teorizaram que talvez os voluntários estivessem colaborando por terem percebido que tratava-se de uma encenação. Para testar essa possibilidade os dois pesquisadores resolveram refazer o experimento original adicionando um novo elemento. Ao invés de usar um ator eles usariam uma vítima real que seria eletrocutada de verdade. Obviamente a experiência não poderia ser feita com uma pessoa, então eles decidiram utilizar um filhotinho.
Sheridan e King disseram aos voluntários – estudantes de um curso de psicologia – que o cachorro estava sendo treinado para distinguir entre uma luz forte e uma fraca. Ele teria que se posicionar à esquerda ou à direita dependendo do tipo de luz. Se ele se posicionasse de maneira errada o voluntário teria que pressionar o botão para dar o choque. Assim como no experimento de Milgram o choque aumentava em 15 volts a cada resposta incorreta, mas dessa vez o filhote realmente recebia o choque.
À medida que a voltagem aumentava o filhote começava a latir, depois a pular inquieto e, finalmente, a uivar em dor. Os voluntários ficaram aterrorizados. Andavam pra frente e para trás, ofegando e gesticulando com as mãos para tentar mostrar ao cachorro onde ele deveria se posicionar. Muitos choraram. Ainda assim a grande maioria, 20 dos 26 voluntários, continuaram a pressionar o botão até a voltagem máxima.
Curiosamente todos os seis estudantes que se recusaram a pressionar o botão eram homens. Todas as treze mulheres a participar do experimento obedeceram prontamente até o fim.
Em 31 de outubro de 1938, John Deering deu a última tragada em seu cigarro, sentou-se em uma cadeira e deixou que um guarda colocasse um capuz negro sobre sua cabeça e pregasse um alvo em seu peito. Em seguida o guarda prendeu eletrodos em seus pulsos.
Deering era voluntário em um experimento, o primeiro do gênero, no qual teria seus batimentos cardíacos gravados enquanto era fuzilado por um pelotão de execução. A idéia foi do médico da prisão, Dr. Stephen Besley, que achou que o condenado à morte poderia prestar um serviço à ciência em seus últimos segundos de vida.
O eletrocardiograma mostrou que, apesar da aparente calma, o coração de Deering batia muito acelerado com 120 batidas por minuto. Quando o xerife deu a ordem para que atirassem no coração de Deering subiu para 180 batidas por minuto. Quatro balas atravessaram seu peito, arremessando-o contra a cadeira. Uma dos projetéis perfurou o lado direito de seu coração. Por quatro segundos o órgão teve espasmos. Logo depois teve mais espasmos. Então o ritmo caiu gradualmente até que, 15.4 segundos após o primeiro tiro, parou.
No dia seguinte o Dr. Besley descreveu a experiência à imprensa: “Ele parecia calmo. Mas o eletrocardiograma mostrou que sua aparente placidez escondia as verdadeiras emoções dentro dele. Ele estava morto de medo”.
O Doutor Ilya Ivanov era um especialista em biologia reprodutiva veterinária mundialmente reconhecido. Em 1927 ele viajou para a África a fim de pesquisar meios de criar um híbrido. Suas pesquisas não foram bem sucedidas, em grande parte graças à equipe do laboratório na Guiné Ocidental onde ele trabalhou. Temendo as conseqüências, Ivanov teve que esconder de seus companheiros o real propósito de suas pesquisas.
A necessidade de conduzir o experimento em segredo tornou impossível obter resultados positivos, embora tenham sido registradas duas tentativas bem sucedidas de inseminar chimpanzés fêmeas com esperma humano.
Frustrado, Ivanov eventualmente voltou à União Soviética. Voltou trazendo consigo um orangotango, batizado de Tarzan, com quem ele esperava dar prosseguimento a suas pesquisas.
Anúncios foram feitos em busca de voluntárias para carregar o filho do macaco e, surpreendentemente, algumas mulheres se interessaram. Mas o orangotango morreu e Ivanov foi enviado para um campo de prisioneiros, dando fim à sua pesquisa.
7- O experimento da prisão de Starford
Philip Zimbardo queria descobrir porque as prisões são lugares tão violentos. Seria pela natureza violenta dos prisioneiros ou pelo efeito corrosivo da estrutura de poder característica do lugar?
Para descobrir, Zimbardo criou uma prisão falsa no porão do departamento de psicologia da Universidade de Stanford. Aos voluntários, todos com ficha criminal limpa e resultados normais em exames psicológicos, foram designados aleatoriamente os papeis de prisioneiro ou de guardas. Seu intuito era de não interferir por duas semanas e observar como eles interagiriam.
O que aconteceu em seguida virou lenda. As condições sociais na prisão de mentira deterioraram-se com uma velocidade incrível. Na primeira noite os prisioneiros encenaram uma revolta e os guardas, se sentindo ameaçados pela insubordinação, reagiram com dureza. Inventaram formas de impor a disciplina usando métodos como revistas aleatórias durante as quais os prisioneiros eram deixados nus, minimizar os privilégios do banheiro, abuso verbal, privação de sono e de comida.
Sob essa pressão os prisioneiros começaram a ruir. O primeiro desistiu apenas trinta e seis horas depois, gritando que se sentia “como se estivesse queimando por dentro”. Dentro dos seis dias que se seguiram outros quatro prisioneiros desistiram, um dos quais sofria de erupções na pele por todo o corpo causadas pelo estresse. Ficou claro para todos eles que os novos papéis estavam rapidamente se tornando mais que apenas um jogo.
Até mesmo Zimbardo se sentiu seduzido pela psicologia corrosiva da situação. O médico começou a ter delírios paranóicos de que os prisioneiros estariam planejando uma fuga e chegou a contatar a polícia real. Felizmente, a essa altura o pesquisador percebeu que as coisas haviam ido longe demais. Apenas seis dias haviam se passado e os estudantes felizes e saudáveis haviam se tornado prisioneiros deprimidos e guardas sádicos.
Zimbardo convocou uma reunião no dia seguinte e disse que todos podiam ir pra casa. Os prisioneiros restantes se sentiram aliviados, mas os guardas ficaram nervosos, estavam se acostumando e gostando do novo papel.
8- Expressões faciais ao decapitar um rato
Em 1924 Carney Landis, um estudante de psicologia na Universidade de Minnesota, desenvolveu um experimento para descobrir se as emoções evocavam expressões faciais características. Por exemplo: há uma expressão que todos usamos para demonstrar choque? E uma expressão para demonstrar nojo?
A maioria dos voluntários do experimento de Landis eram colegas de faculdade. Ele os levou até seu laboratório e pintou linhas em seus rostos para poder observar melhor os movimentos de seus músculos faciais. Em seguida os voluntários eram expostos a uma variedade de estímulos projetados para provocar uma forte reação psicológica.
Landis registrava cada reação com fotografias. Os voluntários tinham que cheirar amônia, olhar fotografias pornográficas e enfiar a mão em um balde cheio de sapos pegajosos. O clímax da experiência era quando Landis entregava-lhes uma bandeja com um rato vivo e pedia-lhes que o decapitasse.
A maioria resistia ao pedido, mas no fim, dois terços dos voluntários fizeram o que lhes foi pedido. Diante da resposta negativa do um terço que se recusou a obedecer, Landis pegou a faca e decapitou o rato ele mesmo.
O experimento demonstrou o grande desejo e disposição das pessoas de obedecerem aos pedidos dos pesquisadores, a despeito do quão bizarro os pedidos possam ser, antecipando os resultados da experiência de Milgram em quase 40 anos.
Entretanto, Landis nunca percebeu que a obediência dos voluntários era muito mais interessante que suas expressões faciais. O cientista se manteve fixo em seu objetivo, mesmo não tendo obtido sucesso em encontrar um padrão de expressões.
9- O médico bebedor de vômito
Até onde você iria para comprovar uma teoria? No começo do século 19 Stubbins Ffirth, um estagiário de medicina na Filadélfia, foi mais longe que a maioria das pessoas. Bem mais longe.
Tendo observado que a febre amarela se alastrava durante o verão, mas desaparecia durante o inverno, Ffirth conclui que não se tratava de uma doença contagiosa. Segundo sua teoria a doença seria causada por um excesso de estimulantes como o calor, comida e barulho.
Para provar seu ponto de vista Ffirth se prontificou a mostrar que por mais que fosse exposto à febre amarela, ele não a contrairia. Inicialmente o estudante de medicina fazia pequenas incisões em seu braço e derramava sobre elas vômito colhido de pacientes com febre amarela. Ele não ficou doente.
Então ele pingou um pouco de vômito em seus olhos. Fritou um pouco da substancia em uma frigideira e inalou o vapor. Colocou um pouco em uma pílula e a ingeriu. Finalmente começou a tomar copos cheios de vômito puro. Mesmo assim não ficou doente. Ffirth finalizou seu experimento untando-se com outros fluidos de pacientes de febre amarela: sangue, saliva, suor e urina.
Com a saúde intocada Ffirth considerou sua teoria provada. Infelizmente ele estava enganado. Hoje sabemos que a Febre Amarela é muito contagiosa, mas é preciso que a transmissão seja feita diretamente através da corrente sanguínea, geralmente pela picada de um mosquito, para causar a infecção. Ainda assim, considerando tudo que Ffirth fez pra se infectar, é um milagre que tenha permanecido vivo.
10- Lavagem cerebral benéfica
O Dr. Ewen Cameron acreditava ter encontrado uma cura para a esquizofrenia. Sua teoria era de que o cérebro poderia ser reprogramado para ser saudável através da imposição de novos padrões de pensamento.
Seu método consistia em fazer os pacientes usarem fones de ouvido e ouvirem mensagens tocadas repetidas vezes por dias ou até mesmo semanas. Ele chamava o método de “condução psíquica”, mas a imprensa o batizou de “lavagem cerebral benéfica”.
Durante a década de 50 e o início da década de 60 centenas dos pacientes do Dr. Cameron na Allan Memorial Clinic em Montreal, se tornaram suas cobaias inconscientes – tendo ou não esquizofrenia. Alguns pacientes deram entrada na clínica com problemas simples como ansiedade causada pela menopausa para se verem sedados com barbiturato, amarrados a uma cama e forçados a ouvir por dias a mensagens como “As pessoas gostam de você e precisam de você. Você confia em si mesmo”.
Em uma ocasião, para testar a técnica, Cameron fez os pacientes dormirem com drogas enquanto ouviam à mensagem “Quando você avistar um pedaço de papel, você irá pegá-lo”. Posteriormente ele os levou a um ginásio vazio, no meio do qual havia um pedaço de papel. Cameron observou com alegria que muitos dos pacientes foram direto até o pedaço de papel para pegá-lo.
A CIA se interessou pelas experiências de Cameron e passou a financiá-lo, mas eventualmente a agência concluiu que os experimentos eram um fracasso e cortou a verba. O próprio médico declarou que os experimentos haviam sido “uma viagem de dez anos pela estrada errada”.
No final da década de 70 um grupo de ex pacientes de Cameron processou a CIA pelo apoio dado a seu trabalho e conseguiram, em um acordo extra judicial, um ressarcimento em dinheiro cujo valor é desconhecido.
11- Transplante de cabeça de macaco
A revelação do cachorro de duas cabeças de Vladimir Demikhov em 1954 desencadeou uma disputa bizarra entre os dois super poderes da época: EUA e URSS.
Determinado a provar que os seus cirurgiões eram os melhores do mundo, o Governo Americano passou a financiar o trabalho de Robert White, que então trabalhava em uma série de cirurgias experimentais em seu centro de pesquisas cerebrais em Cleveland, resultando no primeiro transplante de cabeça de macaco do mundo.
O transplante ocorreu em 14 de março de 1970. White e seus assistentes levaram horas para remover cuidadosamente a cabeça de um macaco e transplantá-la para um corpo novo. Ao despertar e descobrir que seu corpo havia sido trocado, o macaco fulminou White com os olhos e brandiu-lhe os dentes.
O animal sobreviveu um dia e meio antes de sucumbir a complicações da cirurgia. As coisas poderiam ter sido piores pra ele, no entanto. White observou que, do ponto de vista cirúrgico, teria sido mais fácil implantar a cabeça ao contrário.
O médico imaginou que se tornaria um herói, mas o público ficou extremamente chocado com a experiência. A despeito da rejeição, White prosseguiu com uma campanha em busca de fundos para financiar a pesquisa para um transplante de cabeça humana. Ele viajou o país na companhia de Craig Vetovitz, um quase quadriplégico, voluntário para ser o primeiro a ser submetido ao procedimento. Embora ainda não tenha acontecido, Robert White ainda espera realizar a cirurgia.
12- O touro de controle remoto
Parado sob o sol quente em uma arena em Cordova, Espanha, Jose Delgado, um pesquisador de Yale, encarava um touro imenso. O animal tomou distância, e arremeteu contra o cientista, ganhando cada vez mais velocidade. Delgado, embora aparentemente indefeso, não expressava medo. Quando o touro estava a poucos centímetros, o cientista sacou um controle remoto e apertou um botão. O aparelho enviou um sinal para um chip implantado no cérebro do animal que imediatamente parou, bufando algumas vezes e, em seguida, se afastando pacificamente.
O experimento de Delgado na arena foi uma demonstração da habilidade de seu “stimoceiver” de manipular o comportamento. O stimoceiver era um chip de computador, operado via controle remoto, que poderia ser usado para estimular diferentes regiões do cérebro do animal. Tais estímulos produziam uma variedade de efeitos, incluindo o movimento involuntário dos membros, a indução de emoções como amor ou ódio e inibição de apetite.
É de se surpreender que um experimento que parece tanto ficção cientifica tenha ocorrido em 1963. Durante as décadas de 70 e 80 os pesquisadores da área de estímulos elétricos do cérebro foram desaparecendo, estigmatizados pela idéia de que seus experimentos poderiam controlar a vontade e os desejos das pessoas.
Recentemente a área tem entrado e evidência novamente com relatos de ratos, pombos e até mesmo tubarões controlados por controle remoto.
13- O macaco e a criança
A história está repleta de relatos sobre bebês criados por animais. Na maioria destes casos as crianças continuam a agir como animais mesmo quando reintegrados à sociedade. O psicólogo Winthrop Kellogg se perguntou o que aconteceria em uma situação contrária. E se um animal fosse criado por humanos como igual? Ele agiria como um deles?
A fim de responder a essa questão em 1931 Kellogg levou uma chimpanzé de sete meses para sua casa. A macaca, chamada Gua, foi criada por ele e por sua esposa como se fosse humana e tratada exatamente da mesma forma que tratavam Donald, o filho de 10 meses do casal.
Donald e Gua brincavam juntos, comiam juntos e eram ambos submetidos a testes regulares para registrar seu desenvolvimento. Em um desses testes Kellogg suspendeu um biscoito no teto da sala e cronometrou quanto tempo seus “filhos” levavam para pegá-lo.
Gua geralmente se saía melhor nesse tipo de testes, mas em termos de aquisição de linguagem seu desempenho foi frustrante. A chimpanzé parecia não conseguir assimilar a capacidade de fala. Surpreendentemente o mesmo parecia acontecer com Donald. Nove meses após o início do experimento suas habilidades de comunicação não eram muito melhores que a de Gua.
Quando um dia o garoto demonstrou fome emitindo um “latido” semelhante ao que Gua usava para pedir comida, o casal decidiu que o experimento havia ido longe demais. Donald evidentemente precisava de amigos de sua própria espécie e em 28 de março de 1932 Gua foi enviada de volta para o centro de primatas. Nunca mais se ouviu falar dela.
14- Unhas terrivelmente amargas
Numa noite de verão de 1942 o Professor Lawrence Leshan se encontrava parado na escuridão de uma cabana em um acampamento no norte do estado de Nova Iorque. À sua frente um grupo de garotos dormia. Leshan começou então a repetir em voz alta “Minhas unhas são terrivelmente amargas. Minhas unhas são terrivelmente amargas”.
Hoje esse tipo de comportamento poderia colocar alguém em um hospício ou na prisão, mas Leshan não era louco nem criminoso. Ele estava conduzindo um experimento de aprendizado durante o sono. Todos os garotos haviam sido diagnosticados como roedores de unha crônicos, e Leshan queria descobrir se a exposição noturna à sugestão negativa sobre roer unhas poderia livrá-los do hábito.
Inicialmente o pesquisador usou um fonógrafo para transmitir a mensagem. O aparelho repetia a mensagem 300 vezes por noite enquanto os garotos dormiam. Mas cinco semanas após o início do experimento o fonógrafo quebrou. Leshan improvisou ficando parado no escuro e recitando a mensagem ele mesmo.
Ao fim do verão Leshan examinou as unhas dos garotos e concluiu que 40% deles haviam parado com o hábito. O efeito de sugestão durante o sono parecia ser real.
A conclusão foi posteriormente contestada, entretanto. Em 1956, em um experimento na Faculdade de Santa Monica, William Emmons e Charles Simon utilizaram um eletro encefalograma para se certificarem que os voluntários estavam realmente dormindo antes de enviar a mensagem. Os efeitos da sugestão desapareceram.
15- A eletrificação de cadáveres humanos
Em 1780 o professor de anatomia italiano Luigi Galvani descobriu que uma fagulha de eletricidade poderia fazer os membros de um sapo morto se moverem. Logo cientistas de toda a Europa estavam repetindo seu experimento. Mas não demorou muito até que se cansassem de sapos e decidissem tentar um animal maior. O que aconteceria se um cadáver humano fosse eletrificado?
O sobrinho de Galvani, Giovanni Aldini, viajou pela Europa oferecendo espetáculos de revirar o estômago. Sua mais celebrada demonstração ocorreu em 17 de janeiro de 1803 quando ele aplicou os pólos de uma bateria de 120 volts ao corpo do assassino executado, George Forster.
Quando Aldini introduziu fios na boca e nas orelhas do morto, os músculos de sua mandíbula se agitaram e seu rosto se contorceu em uma expressão de dor. Seu olho esquerdo abriu como se para observar seu carrasco. Para o grand finale Aldini prendeu um fio em sua orelha e outro em seu reto. O cadáver de Forster iniciou uma dança repugnante. O London Times escreveu “Pareceu aos desinformados da platéia que o cadáver estava sendo ressuscitado”.
Outros pesquisadores conduziram experiências semelhantes na esperança de reviver os mortos sem sucesso.
16- Vendo atravé dos olhos de um gato
Em 1999 um grupo de pesquisadores liderados pelo Dr. Yang Dan, um professor de neurobiologia na Universidade da Califórnia, anestesiou um gato com pentotal de sódio e o prendeu firmemente a uma armação cirúrgica. Em seguida colaram receptores feitos de metal em seus globos oculares e o forçaram a olhar para uma tela que mostrava repetidamente cenas de árvores balançando ao vento e um homens usando uma camisa de gola rulê.A experiência que lembra a lavagem cerebral mostrada em Laranja Mecânica era na verdade uma tentativa de entrar no cérebro de outra criatura e ver diretamente através de seus olhos.
Os pesquisadores inseriram eletrodos no centro responsável pelo processamento da visão do gato. Os eletrodos mediam a atividade elétrica das células cerebrais e transmitiam essa informação para um computador que a decodificava e transformava em imagem. As mesmas imagens que o gato observava na tela eram transferidas, através de seus olhos, para o computador no outro lado da sala.
O potencial comercial da tecnologia é ilimitado. Câmeras que gravam através dos olhos, fotografias tiradas com um piscar de olhos, espionagem. Use a imaginação.
17- Desestimulando sexualmente perus
Perus machos não são muito exigentes. Dê a um peru qualquer coisa parecida com uma fêmea que ele vai tentar acasalar com ela satisfeito.
Esse comportamento intrigou Martin Schein e Edgar Hale da Universidade da Pensilvânia, e os fizeram questionar qual seria o estímulo mínimo necessário para excitar um peru. A fim de descobrir, os dois pesquisadores embarcaram em uma série de experimentos que envolveram remover, pedaço por pedaço, partes de um modelo criado para parecer com uma fêmea até que o macho perdesse o interesse.
Cauda, patas e asas foram todas removidas, mas ainda assim a ave amorosa caminhou em direção ao modelo e tentou copular. Os pesquisadores continuaram a remover partes do modelo até que restou apenas sua cabeça presa a uma estaca. Surpreendentemente o macho continuou a mostra grande interesse. Na verdade, ele preferia a cabeça presa na estaca que o corpo sem a cabeça.
Cabeças de animais reais funcionavam melhor, mas na ausência de uma o macho não hesitava em cortejar a cabeça feita de madeira que os pesquisadores providenciaram.
18- Você dormiria comigo esta noite?
Alguns dos homens que caminhavam tranquilamente pelo campus da Universidade da Flórida em 1978 foram abordados por uma bela mulher que dizia: “Eu tenho observado você. Te acho muito atraente. Você iria para a cama comigo hoje à noite?”.
Os rapazes provavelmente pensaram que se tratava de seu dia de sorte, mas na verdade eles estavam tomando parte involuntariamente num experimento criado pelo psicólogo Russell Clark.
Clarck convenceu os estudantes de seu curso de psicologia social a ajudarem-no a descobrir qual sexo seria mais receptivo a uma oferta sexual de um estranho. A única maneira de descobrir, segundo ele, seria ir para a rua e observar o que aconteceria em uma situação real. Instruídos por ele alunos e alunas saíram pelo campus fazem a proposta a estranhos.
Os resultados não surpreenderam. Setenta e cinco por cento dos homens aceitaram a proposta (e aqueles que recusaram, em sua maioria, alegaram que eram casados ou tinham namorada).
Das mulheres abordadas, no entanto, nenhuma aceitou. Na verdade, grande maioria se sentiu ofendida e exigiu que o rapaz se afastasse.
Inicialmente o experimento de Clark foi rejeitado pela comunidade psicológica como sensacionalista, mas eventualmente ganhou aceitação e admiração por mostrar o quão discrepantes são as atitudes sexuais de homens e mulheres. Hoje é considerado um clássico.
19- Eletrocutando o filhotinho
Quando Stanley Milgram publicou os resultados de seu experimento da obediência em 1963, a comunidade científica ficou abalada. Alguns pesquisadores acharam difícil acreditar que as pessoas pudessem ser tão facilmente manipuladas e iniciaram uma busca por algum erro de julgamento que Milgram possa ter cometido.
Charles Sheridan e Richard King teorizaram que talvez os voluntários estivessem colaborando por terem percebido que tratava-se de uma encenação. Para testar essa possibilidade os dois pesquisadores resolveram refazer o experimento original adicionando um novo elemento. Ao invés de usar um ator eles usariam uma vítima real que seria eletrocutada de verdade. Obviamente a experiência não poderia ser feita com uma pessoa, então eles decidiram utilizar um filhotinho.
Sheridan e King disseram aos voluntários – estudantes de um curso de psicologia – que o cachorro estava sendo treinado para distinguir entre uma luz forte e uma fraca. Ele teria que se posicionar à esquerda ou à direita dependendo do tipo de luz. Se ele se posicionasse de maneira errada o voluntário teria que pressionar o botão para dar o choque. Assim como no experimento de Milgram o choque aumentava em 15 volts a cada resposta incorreta, mas dessa vez o filhote realmente recebia o choque.
À medida que a voltagem aumentava o filhote começava a latir, depois a pular inquieto e, finalmente, a uivar em dor. Os voluntários ficaram aterrorizados. Andavam pra frente e para trás, ofegando e gesticulando com as mãos para tentar mostrar ao cachorro onde ele deveria se posicionar. Muitos choraram. Ainda assim a grande maioria, 20 dos 26 voluntários, continuaram a pressionar o botão até a voltagem máxima.
Curiosamente todos os seis estudantes que se recusaram a pressionar o botão eram homens. Todas as treze mulheres a participar do experimento obedeceram prontamente até o fim.
20- A batida do coração durante a morte
Em 31 de outubro de 1938, John Deering deu a última tragada em seu cigarro, sentou-se em uma cadeira e deixou que um guarda colocasse um capuz negro sobre sua cabeça e pregasse um alvo em seu peito. Em seguida o guarda prendeu eletrodos em seus pulsos.
Deering era voluntário em um experimento, o primeiro do gênero, no qual teria seus batimentos cardíacos gravados enquanto era fuzilado por um pelotão de execução. A idéia foi do médico da prisão, Dr. Stephen Besley, que achou que o condenado à morte poderia prestar um serviço à ciência em seus últimos segundos de vida.
O eletrocardiograma mostrou que, apesar da aparente calma, o coração de Deering batia muito acelerado com 120 batidas por minuto. Quando o xerife deu a ordem para que atirassem no coração de Deering subiu para 180 batidas por minuto. Quatro balas atravessaram seu peito, arremessando-o contra a cadeira. Uma dos projetéis perfurou o lado direito de seu coração. Por quatro segundos o órgão teve espasmos. Logo depois teve mais espasmos. Então o ritmo caiu gradualmente até que, 15.4 segundos após o primeiro tiro, parou.
No dia seguinte o Dr. Besley descreveu a experiência à imprensa: “Ele parecia calmo. Mas o eletrocardiograma mostrou que sua aparente placidez escondia as verdadeiras emoções dentro dele. Ele estava morto de medo”.
Fonte - Big lista da net