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25 de jul. de 2011

Crime nos museus

Passar por  um detector de mentiras e depois carimbar impressões digitais em um livro policial. Ou ver guilhotinas, câmaras de gás e cadeiras elétricas.  Se alguma dessas coisas despertou sua curiosidade, você está credenciado a visitar o National Museum of Crime and Punishment, em Washington, nos Estados Unidos. Inaugurado em 2008, ele também é chamado de “Crime Museum”.
No museu, o visitante pode realizar uma série de atividades, como planejar uma fuga da prisão (depois de ter visitado réplicas de celas). O acervo inclui o carro vermelho do ladrão de bancos John Dillinger na década de 1930, uma faca de Billy the Kid e um caderno de Jesse James.
Black Museum, em Londres
Mas o museu americano não é o único do gênero.  O Black Museum (Museu Negro) é o apelido que recebeu o Museu do Crime de Londres, que pertence à Scotland Yard e existe desde 1875. Além de membros da Família Real britânica, recebeu visitas ilustres, como a do escritor Sir Arthur Conan Doyle (criador de Sherlock Holmes) e do ilusionista Harry Houdini. Nas vitrines, há informações sobre casos antigos famosos. Um deles é o de Jack, o Estripador, serial killer que matou pelo menos cinco pessoas em 1888. As visitas são fechadas ao público geral.
Bem na entrada da Cidade Universitária, em São Paulo, o Museu da Polícia Civil é outro que só deve ser visitado por quem tem estômago forte. Conhecido até 2005 como  Museu do Crime, ele reúne cerca de 3 mil itens sobre o tema. Recortes de jornal mostram a repercussão de crimes famosos, enquanto as mesas têm réplicas de cera do rosto de marginais como o Bandido da Luz Vermelha, Chico Picadinho e o Maníaco do Parque.
Uma raridade é a mala original usada no célebre Crime da Mala, de 1928: Maria Féa Fernandes, grávida de seis meses, foi asfixiada pelo marido, José Pistone, que era muito ciumento. Para esconder o corpo, Pistone esquartejou a esposa e a escondeu em uma mala que seria enviada para a França no porto de Santos. O mau cheiro da “encomenda” chamou a atenção dos tripulantes, que ligaram para polícia. Abaixo, a mala  original e uma reconstituição do corpo da vítima.
Os visitantes também podem ver armas, móveis de outras cenas de crime, fotografias de acidentes de trânsito da década de 1920 e amostras expostas de drogas como cocaína, crack e maconha.  As visitas devem ser agendas e os grupos devem ter, no mínimo, 1o pessoas – todas maiores de 16 anos.