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18 de jul. de 2011

Os lugares mais quentes do planeta

Oficialmente, o verão está nesse momento no hemisfério norte. Porém, o calor continua bombando em um monte de lugares. Enquanto dois terços da Terra são cobertos de água, um terço das terras remanescentes (que é um nono do total) é deserto (quase inabitável). Como você deve imaginar, todos os nove lugares mais quentes do mundo ficam em meio a esses ambientes ásperos. Já pensou morar em algum deles?


1 – WADI HALFA, NO SUDÃO – 53°C


Esse vale seco no topo do Sudão encontra-se na fronteira com o Egito. Em abril de 1967, a cidade de 15.000 habitantes atingiu uma temperatura de 53 graus Celsius. Enquanto o clima no norte do Sudão é geralmente muito seco, há momentos em que o ar úmido do sul pode chegar à fronteira e causar tempestades de poeira violentas, conhecidas como “haboob” (o ar úmido e instável forma trovoadas no calor da tarde). 

O fluxo inicial do ar de uma tempestade que se aproxima produz uma enorme parede amarela de areia e argila que pode, temporariamente, reduzir a visibilidade à zero.


2 – AHWAZ, IRÃ – 53°C


Ahwaz encontra-se em um deserto pouco acima do nível do mar, e quase nunca chove por lá. Durante julho, a alta média é de 47°C, quente o suficiente para fazer com que os milhões de residentes da cidade liguem os ventiladores. Ahwaz é um lugar onde a sesta é levada muito a sério: a fim de escapar do calor opressivo da tarde, lojas e empresas fecham cerca de meio-dia e reabrem por algumas horas após as seis.


3 – TIRAT TSVI, ISRAEL – 54°C


O lugar mais quente da Ásia é a pequena Tirat Tsvi (população: 642), que registrou uma temperatura de 54 graus Celsius em junho de 1942. A cidade fica 220 metros abaixo do nível do mar. Apesar de seu clima formidável, é o local onde mais crescem árvores em Israel: 18.000.


4 – ARAOUANE, MALI – 54,4°C


Araouane é uma pequena aldeia subsaariana que apenas 300 famílias chamam de lar. O deserto circundante é completamente estéril e um vento seco conhecido como “Harmattan” golpeia partículas finas de areia que podem obscurecer a visibilidade e se agrupar nas laterais dos edifícios. 

Araouane não recebe chuva suficiente para plantações, e a aldeia é dependente do comércio, caravanas que hoje movem blocos de sal de minas que se encontram ao norte. A temperatura neste ponto remoto atingiu 54,4 graus Celsius no verão de 1945.


5 – TIMBUKTU, MALI – 54,5°C


A cidade mais conhecida por ser no meio do nada – Timbuktu – é também um lugar muito quente. Timbuktu fica no extremo sul do deserto do Saara, alguns quilômetros ao norte do rio Níger. A cidade está rodeada por dunas de areia e suas ruas são muitas vezes cobertas de areia. Com uma alta registrada de 54,5 graus Celsius, Timbuktu é um dos lugares mais quentes do mundo.

 No mês de maio, máxima média de 42,2 graus Celsius não é incomum. Mesmo os meses de inverno apresentam altas de mais de 30 graus Celsius. Uma população de mais de 40.000 pessoas lutam contra esse calor com roupas desenhadas para afastar o pior do clima.


6 – KEBILI, TUNÍSIA – 55°C


Embora seja quente demais, Kebili é realmente um oásis no deserto. As 18.000 pessoas que chamam o lugar de cidade natal enfrentam ondas de calor com temperaturas superiores a 55 graus Celsius. 

Como a história de Kebili remonta a mais de 200.000 anos, muitos dos habitantes locais passaram adiante métodos destinados a sobreviver nos dias insuportavelmente quentes. Eles estocam água e se esforçam para manter uma temperatura corporal relativamente constante.


7 – GHADAMES, LÍBIA – 55°C


Ghadames é outro oásis no meio de um deserto. A população berbere nativa de cerca de 7.000 habitantes vive em casas feitas com paredes grossas de lama, cal, e troncos de árvores que ajudam a protegê-los do calor abrasador, especialmente no verão. Os telhados das casas são interligados, e muitas das ruas são cobertas, permitindo maior sombra, privacidade e segurança. 

A cidade é tão icônica que está listada como Patrimônio Mundial da UNESCO. A paisagem se assemelha ao planeta “Tatooine”, do filme Star Wars, e a habitação da área se estende do século 6.

FONTE: Caixa de Pandora