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2 de jul. de 2011

Presidente da Líbia pode ser preso a qualquer momento


Ditador líbio atrás das grades. Tribunal Penal Internacional pede detenção imediata de Kadafi, seu filho e seu cunhado
Haia - O Tribunal Penal Internacional (TPI) decretou ontem a prisão do líder líbio Muammar Kadafi, seu segundo filho, Saif al Islam, e seu cunhado Abdullah al Senussi, acusados de crimes contra a humanidade pela Procuradoria do tribunal. Em uma audiência pública, os juízes da Sala Preliminar do TPI explicaram que a Procuradoria apresentou provas suficientes para que fosse emitida a ordem de detenção contra Kadafi e pessoas de seu entorno, acusados de crimes contra a humanidade supostamente cometidos na Líbia a partir de fevereiro, durante as revoltas no país.

Os juízes do TPI consideraram que Kadafi, Al Islam e Al Senussi podem ter uma "responsabilidade penal" como supostos "executores indiretos" dos crimes de assassinato e perseguição supostamente cometidos contra civis líbios a partir de 15 de fevereiro de 2011.
Sobre quando e onde teriam sido cometidos os crimes, os juízes especificaram que, no caso de Kadafi e seu filho, se trataria "especialmente de Benghazi, Misrata e Trípoli de 15 de fevereiro até, pelo menos, 28 de fevereiro de 2011". Quanto a Al Senussi, os crimes que pelos quais é acusado teriam sido cometidos em Banghazi entre 15 de fevereiro e pelo menos 20 de fevereiro de 2011.

A juíza que preside a Sala Preliminar, Sanji Mmasenono, indicou ontem durante a leitura do decreto que a detenção dos três líbios "é necessária", entre outras razões, "para evitar que continuem cometendo crimes" e "obstruindo as investigações".

Ao anunciar a decisão da Corte, a juíza acrescentou que a Procuradoria apresentou "provas suficientes" para suspeitar que Kadafi exercia "controle absoluto" sobre o aparelho líbio de segurança, que desde 15 de fevereiro e "em menos de duas semanas matou e feriu a centenas de civis".

Sobre o filho de Kadafi, os juízes também consideraram que a Procuradoria oferece "indícios suficientes" para suspeitar que apesar de não "ter uma posição oficial", Said al Islam supostamente "exerceu um controle crucial sobre o aparelho de segurança do Estado, sendo o primeiro-ministro de fato".

Fonte: Agências internacionais