Espirro
ou “esternutação” é uma forma do corpo expulsar o excesso de dióxido de
carbono, sob a forma de particulas liquidas (perdigotos). Algumas
doenças podem ser transmitidas pelo espirro que, se não houver
precauções, tem força suficiente para espalhar até 40.000 gotículas no
ambiente ao redor, a uma velocidade de, aproximadamente, 160 km/h.
O
espirro geralmente é causado por uma irritação e, às vezes, por um
bloqueio bacteriano na garganta, nos pulmões ou nos canais nasais.
Substâncias que causam alergia, tais como pólen, pêlos de animais e
poeira, irritam o nariz e provocam o espirro, que é uma reação do
organismo a fim de expulsá-las das passagens nasais. Outra ocasião em
que espirramos bastante é quando estamos resfriados. Nesses casos, o
organismo usa o espirro para expelir do corpo o catarro das vias
respiratórias. Os músculos das costas, abdome e aqueles abaixo das
costelas estão envolvidos no espirro. Alguns espirros não são mecanismos
de defesa. Já reparou como muita gente tem acessos quando olha para uma
luz intensa? Os cientistas suspeitam que esse tipo de espirro seja uma
resposta do sistema nervoso parassimpático (que comanda os atos
involuntários do organismo, como as batidas do coração) a uma
luminosidade excessiva.
Quando
a poeira, a fumaça ou um cheiro irrita o nariz, o centro respiratório é
informado e interrompe a respiração normal, fazendo você inspirar
profundamente e, de repente, faz todos esses músculos se contraírem,
empurrando todo o ar para fora, de uma só vez. A glote bloqueia a saída
do ar dos pulmões, como se fosse uma tampa na garganta e, logo em
seguida, se abre, liberando o caminho. Considera-se impossível alguém
manter os olhos abertos durante um espirro. Nós os fechamos porque os
nervos que servem os olhos e o nariz estão muito próximos e
relacionados, de forma que o estímulo a um deles provoca uma resposta do
outro. O fechamento dos olhos também serve para proteger os ductos
lacrimais e vasos sanguíneos das bactérias expelidas durante o espirro.
Quando você não quiser espirrar é melhor impedir que o espirro se forme
do que segurá-lo. Um forte aperto no nariz ou morder a ponta da língua,
muitas vezes interrompe os impulsos nervosos. Porém, se não conseguir, é
melhor que espirre, porque, quando seguramos o espirro, a pressão na
área dos ouvidos aumenta e, em alguns casos, pode causar o rompimento
dos tímpanos, sem contar o risco de infecções.
Em
400 a.C. o general ateniense Xenofonte fez um dramático discurso
estimulando os seus soldados a segui-lo, para libertar a Grécia, ou
morrer lutando contra os persas. De repente, um soldado espirrou
violentamente. Achando que aquele espirro tinha sido um sinal dos
deuses, os soldados aclamaram Xenofonte e obedeceram às suas ordens.
Outro momento divino do espirro para os gregos ocorreu na história de Ulisses (narrada por Homero, no seu poema épico Odisseia). Ele disfarçado de mendigo conversou com sua esposa Penélope. Ela disse a ele, (sem saber de quem se tratava), que Ulisses iria retornar em segurança para desafiar seus pretendentes. Neste momento o filho Telêmaco, deu um sonoro espirro e Penélope riu , afirmando que isto era um sinal positivo dos deuses.
No Japão, as pessoas acreditam que o espirro ocorre quando elas estão sendo mal-faladas pelas costas.
Na Índia, é uma crença comum que alguém que espirra inesperadamente está sendo lembrado por uma pessoa querida. A maioria dos indianos considera o ato de espirrar saudável e a incapacidade de espirrar é motivo de preocupação.
Houve
época em que espirrar era considerado saudável e até elegante e, para
provocar o espirro, usava-se o rapé. Na ilustração, vê-se uma fina caixa
de rapé do século XIX. O rapé (do francês râper, “raspar”) é o tabaco
em pó para inalar. Aspira-se com força, fazendo com que o pó entre pela
narina e, em seguida, vem o espirro. O rapé, em tempos passados, era o
grande estimulante do nariz. O hábito de consumir rapé era bastante
difundido no Brasil, até o início do século XX. Era visto de maneiras
contraditórias: às vezes como hábito elegante, outras vezes como vício.
Há menções ao hábito em obras de Machado de Assis e de Eça de Queirós.
As onomatopeias (figura de linguagem, através da qual tenta-se reproduz um som com uma palavra) para o som do espirro (“atchim”, em Português) em alguns idiomas são:
No Brasil, o mais comum é alguém dizer “Saúde!” depois que uma pessoa espirra. Há também quem diga ”Deus te salve!”. Em Portugal, é comum responder com “Santinho!” ou “Viva!”. Nos países de língua inglesa se diz “God bless you!” (“Deus te abençoe “). Em Italiano, fala-se “Salute!”. Em Espanhol, se usa “Salud!” ou “Jesús!”. Em Porto Rico, é comum se falar “Dinero!” e “Amor!”. Em Alemão, fala-se “Gesundheit!” (que significa “Boa saúde para você!”). Em Hebraico, se fala “Labriyut!”, que significa “À sua boa saúde!”. Em países escandinavos é comum se falar “Prosit!”. Em algumas partes da Índia,
a resposta para um espirro é “Viva Bem!”. No Sul da Índia é costume
abençoar a pessoa que espirrou. Nos países árabes, a pessoa que espirra
geralmente agradece a Deus dizendo “Alhamdulillah!”
(“Bendito seja Deus!”), Quem está perto da pessoa que diz isso responde
“Yarhamukallah!” (“Deus derramará sua benção sobre você!”). Isso só é
feito no máximo 2 vezes, já que no 3º espirro o espirrador ouve de
alguém “Afaakallah!” (“Alá irá curar você!”). Na China,
um espirro terá como resposta “Yǒu rén xiǎng nǐ!”, que significa
“Alguém está pensando em você!”. Em países de língua francesa, a
resposta para um primeiro espirro é “À tes souhaits!”, que significa “Para os teus desejos!”,
(no sentido de “que os teus desejos se realizem!”). Um segundo espirro é
respondido com “À tes amours!” (‘Para os teus amores!’) e um terceiro
com “À tes enfants!” (‘Para as tuas crianças!’).
Por
uma questão de saúde e boa educação, nunca se esqueça de tapar a boca e
o nariz ao espirrar (de preferência com um lenço descartável), ou então
fazer isso numa direção onde não haja ninguém (uma janela aberta, por
exemplo). Se não dispuser de um lenço e tiver que tapar o espirro com as
mãos, não esqueça de lavá-las cuidadosamente, depois.
Outro momento divino do espirro para os gregos ocorreu na história de Ulisses (narrada por Homero, no seu poema épico Odisseia). Ele disfarçado de mendigo conversou com sua esposa Penélope. Ela disse a ele, (sem saber de quem se tratava), que Ulisses iria retornar em segurança para desafiar seus pretendentes. Neste momento o filho Telêmaco, deu um sonoro espirro e Penélope riu , afirmando que isto era um sinal positivo dos deuses.
No Japão, as pessoas acreditam que o espirro ocorre quando elas estão sendo mal-faladas pelas costas.
Na Índia, é uma crença comum que alguém que espirra inesperadamente está sendo lembrado por uma pessoa querida. A maioria dos indianos considera o ato de espirrar saudável e a incapacidade de espirrar é motivo de preocupação.
O espirro e o rapé
Onomatopeias
As onomatopeias (figura de linguagem, através da qual tenta-se reproduz um som com uma palavra) para o som do espirro (“atchim”, em Português) em alguns idiomas são:
- Em Alemão é “hatschi”.
- Em Russo é “atchoffff”.
- Em Espanhol é “atchís” e “atchús”.
- Em Italiano é “Etchi!”
- Em Francês é “atchoum”
- Em Inglês é “atchoo”.
- Em Japonês é “hakushon” ou “kushami”.
- Em Chinês é “a ti!”
Respostas aos espirros mundo afora