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29 de mai. de 2012

Série: A vida e os ensinamentos de Jesus - Em Gilboa e na Decápolis (25)


Esta série foi extraída do Livro de Urântia. Os 77 capítulos, mais de 700 páginas, que ocupam um terço do livro, dão dia a dia, toda a vida de Jesus Cristo desde sua infância. Dão 16 vezes mais informações sobre a vida e os ensinamentos de Jesus do que a Bíblia. É o relato mais espiritual sobre Jesus até hoje escrito.

     Jesus Cristo / Roberto Carlos (En portugués)



EM GILBOA E NA DECÁPOLIS


Setembro e outubro foram passados em retiro num acampamento isolado, nos declives do monte Gilboa. O mês de setembro Jesus passou-o lá, a sós com os seus apóstolos, ensinando-lhes e instruindo-os sobre as verdades do Reino.

Havia uma série de razões para que Jesus e os seus apóstolos se mantivessem retirados nas fronteiras da Samaria e da Decápolis, durante esse período. Os dirigentes religiosos de Jerusalém estavam bastante hostis para com eles; Herodes Antipas ainda mantinha João na prisão, temendo libertá-lo, tanto quanto executá-lo; e havia suspeitas de que João e Jesus mantivessem ainda alguma forma de ligação. Essas condições tornaram contra-indicado planejar qualquer trabalho mais intenso, tanto na Judéia quanto na Galiléia. Havia uma terceira razão: a tensão, que aumentava pouco a pouco, entre os líderes dos discípulos de João e os apóstolos de Jesus; e que ficou agravada com o número cada vez maior de crentes.

Jesus sabia que os dias de trabalhos preliminares, de ensinamento e de pregação, estavam quase terminados, que o próximo passo envolvia o começo do esforço maior e final da sua vida na Terra, e não queria que o deslanchar desse empreendimento fosse, de nenhum modo, penoso nem embaraçoso para João Batista. Jesus, portanto, havia decidido passar algum tempo em retiro, repassando tudo com os seus apóstolos, para depois, então, fazer, reservadamente, algum trabalho, nas cidades da Decápolis, até que João fosse executado ou libertado para juntar-se a eles, com vistas a um esfoço unificado.

1. O ACAMPAMENTO DE GILBOA

Com o passar do tempo, os doze tornaram-se mais devotados a Jesus e mais profundamente compromissados com o trabalho do Reino. A devoção deles era, em grande parte, uma questão de lealdade pessoal. Eles não captavam o ensinamento multifacetado de Jesus; eles não compreendiam plenamente a natureza nem o significado da sua auto-outorga na Terra.

Jesus deixou claro, para os seus apóstolos, que estavam todos em retiro por três razões:

1. Confirmar o entendimento e a fé, que deviam ter no evangelho do Reino.

2. Dar tempo para que a oposição ao trabalho deles, na Judéia e na Galiléia, se acalmasse.

3. E aguardar o destino de João Batista.

Enquanto permaneceram em Gilboa, Jesus contou aos doze muitas coisas sobre a primeira parte da sua vida e das suas experiências no monte Hermom; revelou também algo do que acontecera nas colinas, durante os quarenta dias imediatamente após o seu batismo.

E ordenou diretamente a eles que não contassem a nenhum homem sobre essas experiências, antes que ele voltasse para o Pai.

Durante essas semanas do mês de setembro, eles descansaram, conversaram, rememoraram as próprias experiências desde que Jesus os chamara para o serviço e empenharam-se em um esforço sério para coordenar tudo o que o Mestre lhes havia ensinado até então. Até um certo ponto, todos sentiam que essa seria a última oportunidade para um descanso prolongado. Compreenderam que o seu próximo esforço público, tanto na Judéia quanto na Galiléia, marcaria o começo da proclamação final do Reino vindouro, mas não tinham uma idéia formada sobre o que o Reino seria, quando viesse. João e André julgavam que o Reino já tinha vindo; Pedro e Tiago acreditavam que estava ainda para vir; Natanael e Tomé confessavam francamente estar perplexos; Mateus, Filipe e Simão zelote viam-se incertos e confusos; os gêmeos mantinham-se em uma ignorância abençoada sobre a controvérsia; e Judas Iscariotes permanecia silencioso, desligado de comprometimentos.

Durante grande parte desse período, Jesus permaneceu a sós na montanha perto do acampamento. Ocasionalmente levava Pedro, Tiago ou João junto consigo, mas, mais freqüentemente, distanciava-se para orar ou comungar a sós. Depois do batismo de Jesus, e dos quarenta dias nas colinas pereianas, não é próprio falar desses períodos de comunhão com o seu Pai como sendo de preces, nem é compatível falar de Jesus adorando, mas é inteiramente correto fazer alusão a esses períodos como sendo de uma comunhão pessoal com o seu Pai.

O tema central das conversas durante todo o mês de setembro foi a prece e a adoração. Depois de haverem discutido sobre a adoração, por alguns dias, Jesus finalmente pronunciou o seu memorável discurso sobre a oração, em resposta ao pedido de Tomé: “Mestre, ensine-nos como orar”.

João havia ensinado aos seus discípulos uma prece, uma prece para a salvação no Reino vindouro. Embora Jesus nunca tenha proibido os seus seguidores de usar a forma de oração ensinada por João, os apóstolos perceberam logo que o Mestre não aprovava totalmente a prática de utilizar orações formalmente estabelecidas. Entretanto, os crentes solicitavam constantemente que se lhes fosse ensinado como fazer as preces. Os doze almejavam saber qual a forma de súplica que Jesus aprovaria. E foi principalmente por causa da necessidade de uma prece simples, para a gente comum, que Jesus consentiu, nessa época, em responder ao pedido de Tomé, de ensinar-lhes uma forma sugestiva de prece. Jesus deu essa lição em uma tarde, na terceira semana da permanência deles no monte Gilboa.

2. O DISCURSO SOBRE A PRECE

“João, de fato, ensinou-vos uma forma simples de prece: ‘Ó Pai, purifica-nos do pecado, mostra-nos a Tua glória, revela-nos o Teu amor e deixa que o Teu espírito santifique os nossos corações, para todo o sempre, Amém!’ Ele ensinou essa prece para que tivésseis alguma coisa para ensinar à multidão. Ele não teve a intenção de que usásseis essa súplica fixa e formal como expressão da oração das vossas próprias almas.

“A prece é uma expressão inteiramente pessoal e espontânea da atitude da alma para com o espírito; a prece deveria ser a comunhão da filiação e a expressão da fraternidade. A prece, quando ditada pelo espírito, conduz ao progresso espiritual cooperativo. A prece ideal é uma forma de comunhão espiritual, que conduz à adoração inteligente. A verdadeira oração é uma forma sincera de estender a mão na direção do céu para alcançar os vossos ideais.

“A prece é o respirar da alma e deveria levar-vos a serdes persistentes na vossa tentativa de melhor conhecer sobre a vontade do Pai. Se um dentre vós tiver um vizinho, e se fordes a ele à meia-noite e disserdes: ‘Amigo, empresta-me três pães, pois um amigo meu chegou de viagem para ver-me e eu nada tenho para oferecer-lhe’; e se o vosso vizinho responder: ‘Não me incomode, pois a porta agora está fechada, as crianças e eu estamos na cama, e eu não posso levantar-me e dar-lhe pão’; vós havereis de persistir, explicando-lhe que o vosso amigo tem fome e que não tendes nenhuma comida para oferecer a ele. Eu vos digo, embora o vosso vizinho não vá se levantar para dar-vos o pão, só porque ele é amigo vosso; mas, pelo vosso inoportunismo, ele acabará levantando-se e dando-vos tantos pães quantos necessitardes. E então, se a persistência consegue favores até do homem mortal, quão mais a vossa persistência conseguirá, em espírito, do pão da vida, para vós, das mãos dispostas do Pai nos céus. E, de novo, vos digo: Pedi e vos será dado; buscai e encontrareis; batei e a porta abrir-se-á para vós. Pois todos aqueles que pedem, recebem; e aquele que busca, encontra; e, para quem bate, a porta da salvação será aberta.

“Qual de vós, sendo um pai, se o vosso filho fizer um pedido tolo, hesitaria em dar a ele, preferivelmente, mais de acordo com a vossa sabedoria de pai, do que nos termos do pedido errado do filho? Porque, caso a criança necessite de um pão, vós dar-lhe-ias uma pedra, apenas porque tolamente ela pediu a pedra? Se o vosso filho necessita de um peixe, dareis a ele uma cobra d’água, apenas porque ela veio na rede com os peixes e porque a criança imprudentemente pede a serpente? Se, pois, sendo mortais e finitos, vós sabeis como corresponder a um pedido e como fazer a dádiva boa e apropriada às vossas crianças, quão mais não dará em espírito, o Pai celeste, e de bênçãos adicionais àqueles que lhe pedem? Os homens deveriam sempre orar e não se deixar desencorajar.

“Deixai que eu vos conte a história de um certo juiz que vivia em uma cidade perversa. Esse juiz não temia a Deus, nem tinha respeito pelos homens. Ora, nessa cidade havia uma viúva em necessidade e ela repetidamente vinha a esse juiz injusto dizendo: ‘proteja-me do meu adversário’. Por algum tempo ele não quis dar-lhe ouvidos, mas em breve ele disse a si próprio: ‘Ora, mesmo eu não temendo a Deus nem tendo consideração pelos homens, pelo fato dessa viúva não parar de me incomodar, eu farei jus à reivindicação dela, para que deixe de me cansar com as suas contínuas vindas’. Essas histórias eu as conto a vós para encorajar-vos a persistir na prece e para que não pensem que os vossos pedidos possam modificar o Pai justo e reto lá no alto. A vossa persistência, contudo, não é para ganhar favores junto a Deus, mas para modificar a vossa atitude terrena e para ampliar a capacidade de receptividade da vossa alma para com o espírito.

“No entanto, quando orais, colocais tão pouca fé. A fé verdadeira removerá montanhas de dificuldades materiais que podem estar colocadas no meio do caminho da expansão da alma e do progresso espiritual”.

3. A PRECE DAQUELE QUE CRÊ

Todavia, os apóstolos não estavam ainda satisfeitos, desejavam que Jesus lhes desse um modelo de prece, o qual pudesse ser ensinado aos novos discípulos. Depois de ouvir esse discurso sobre a prece, Tiago Zebedeu disse: “Muito bom, Mestre, mas nós não desejamos uma forma de prece para nós próprios, tanto quanto para os crentes mais recentes, que tão frequentemente nos pedem: ‘Ensinai-nos como orar de um modo aceitável, para o Pai no céu’ ”.

Quando Tiago terminou de falar, Jesus disse: “Nesse caso, então, como ainda desejais uma prece, eu gostaria de apresentar-vos aquela que ensinei aos meus irmãos e irmãs, na minha casa em Nazaré:

“Pai nosso que estais no céu,

Santificado seja o vosso nome.

Venha a nós o vosso Reino; a vossa vontade seja feita

na Terra, assim como no céu.

O pão nosso de amanhã, dai-nos neste dia;

Refrescai as nossas almas com a água da vida.

E perdoai-nos de todas as nossas dívidas

Como nós perdoamos também aos nossos devedores.

Salvai-nos da tentação, e livrai-nos do mal,

E fazei-nos sempre mais perfeitos, como Vós o sois."

Não é de se estranhar que os apóstolos desejassem que Jesus lhes ensinasse uma prece como modelo para os crentes. João Batista havia ensinado várias preces aos seus seguidores; todos os grandes instrutores formularam preces para os seus alunos. Os instrutores religiosos dos judeus possuíam umas vinte e cinco ou trinta preces prontas, que recitavam nas sinagogas e mesmo nas esquinas. Jesus era particularmente avesso a orar em público. Até esse momento, os doze haviam-no ouvido orar apenas umas poucas vezes. Eles viram-no passando noites inteiras em prece ou em adoração; e estavam muito curiosos para conhecer o modo ou a forma dos seus pedidos. Sentiam-se realmente muito pressionados para saber qual resposta dar às multidões quando pedissem que lhes fosse ensinado como orar, como João havia ensinado aos seus discípulos.

Jesus ensinou aos doze que orassem sempre reservadamente; e pediu-lhes que ficassem a sós, em meio a redondezas silenciosas, junto à natureza, ou que fossem aos seus quartos e fechassem as portas, quando estivessem fazendo as preces.

Depois da morte e da ascensão de Jesus ao Pai, entre muitos crentes, tornou-se prática terminar esta que é chamada a oração do Senhor, acrescentando: “Em nome do Senhor Jesus Cristo”. E, ainda mais tarde, duas linhas foram perdidas na transcrição, e, a essa prece, foi acrescentada uma afirmação suplementar que dizia: “Pois a vós pertence o Reino, e o poder e a glória, para todo o sempre”.

Jesus deu aos apóstolos a prece em forma coletiva, como eles haviam orado no lar em Nazaré. Ele nunca ensinou uma prece formal pessoal, apenas preces grupais, familiares ou sociais. E nunca se dispôs a fazer isso.

Jesus ensinou que a prece eficiente deve ser:

1. Não-egoísta – não apenas para si próprio.

2. Crente – de acordo com a fé.

3. Sincera – honesta de coração.

4. Inteligente – de acordo com a luz.

5. Confiante – em submissão à vontade totalmente sábia do Pai.

Quando Jesus passou noites inteiras na montanha, em prece, ele o fez principalmente pelos seus discípulos, e particularmente pelos doze. Pouquíssimas preces do Mestre eram feitas para si próprio; embora praticasse bastante a adoração, aquela adoração cuja natureza é a comunhão de compreensão com seu Pai do Paraíso.

4. MAIS SOBRE A PRECE


Dias depois do discurso sobre a prece, os apóstolos ainda continuavam a fazer perguntas ao Mestre a respeito desta prática de suma importância: a da adoração. A instrução de Jesus aos apóstolos, durante esses dias, a respeito da prece e da adoração, pode ser restabelecida na forma moderna, do modo como a seguir está resumido:

A repetição sincera e veemente de qualquer prece, quando esta é a expressão sincera de um filho de Deus e é feita com fé, não importando o quanto seja improvável ou impossível que se obtenha uma resposta direta a ela, servirá sempre para expandir a capacidade de receptividade espiritual da alma.

Em todas as preces, lembrai que a filiação é uma dádiva. Nenhum filho nada tem a ver quanto a ganhar a posição de filho ou de filha. O filho da Terra nasce pela vontade dos seus pais. E também assim, o filho de Deus recebe essa graça, e a nova vida do espírito, pela vontade do Pai no céu. E, por isso, o Reino do céu – a filiação divina – deve ser recebido como se fôssemos criancinhas. A retidão vós a conquistais – o desenvolvimento progressivo do caráter –, mas a filiação vós a recebeis como uma graça e por meio da fé.

A prece conduziu Jesus à supercomunhão de alma com os Dirigentes Supremos do universo dos universos. A prece conduzirá os mortais da Terra à comunhão da verdadeira adoração. A capacidade espiritual de receptividade da alma determina a quantidade das bênçãos celestes que podem ser pessoalmente apropriadas e conscientemente realizadas, em resposta à prece.

A prece, e a adoração associada a ela, é como a prática de um distanciamento da rotina diária da vida, do desgaste monótono da existência material. É um amplo caminho de aproximação da auto-realização espiritualizada e de aquisição da individualidade intelectual e religiosa.

A prece é um antídoto para a introspecção perniciosa. A prece, ao menos como ensinada pelo Mestre, é uma ministração bastante benéfica à alma. Jesus empregou com consistência a influência benéfica da prece junto aos seus semelhantes. O Mestre, em geral, orava no plural, não no singular. Apenas durante a grande crise da sua vida terrena Jesus orou para si próprio.

A prece é o fôlego da vida espiritual, em meio à civilização material das raças da humanidade. A adoração é a salvação indicada às gerações de mortais que estão na busca do prazer.

Do mesmo modo que a prece assemelha-se a um recarregar das baterias espirituais da alma, a adoração pode ser comparada ao ato de sintonizar a alma para captar as emissões universais vindas do espírito infinito do Pai Universal.

A prece é o olhar sincero e ardente do filho para o seu Pai espiritual; é um processo psicológico de substituir a vontade humana pela vontade divina. A prece é uma parte do plano divino, para transformar aquilo que está sendo, naquilo que deveria ser.

Uma das razões pelas quais Pedro, Tiago e João, que frequentemente acompanhavam Jesus nas suas longas vigílias noturnas, nunca ouviram Jesus orando, estava no fato de que o seu Mestre, só muito raramente, fazia as suas preces em palavras pronunciadas. Praticamente todas as preces de Jesus eram feitas no espírito e no coração – silenciosamente.

De todos os apóstolos, Pedro e Tiago estiveram mais próximos de compreender os ensinamentos do Mestre sobre a prece e a adoração.

5. OUTRAS FORMAS DE PRECE

De quando em quando, durante o restante da sua permanência na Terra, Jesus trazia ao conhecimento dos apóstolos várias outras formas de prece, mas o fez apenas como uma ilustração para outras questões, e determinou que essas “preces em forma de parábola” não deveriam ser ensinadas às multidões. Muitas delas eram de outros planetas habitados, mas Jesus não revelou esse fato aos doze. Entre essas preces estavam as seguintes:

Pai nosso, em Quem consistem todos os reinos do universo,

Que o Teu nome seja exaltado e Todo-glorioso seja o Teu caráter.

A Tua presença nos engloba, e a Tua glória manifesta-se

De modo imperfeito, por nosso intermédio, mas, no alto, é mostrada em perfeição.

Dá-nos, neste dia, as forças vivificadoras da luz,

E não nos deixes errar pelos desvios malignos da nossa imaginação,

Pois Teu é o Residente glorioso, o poder eterno,

E, nossa, é a dádiva eterna do amor infinito do Teu Filho.

Assim seja, na verdade eterna.

Pai nosso criador, que estás no centro do universo,

Outorga a nós a Tua natureza e dá-nos o Teu caráter.

Faça de nós os Teus filhos e filhas, por meio da graça,

Que o Teu nome seja glorificado por meio da nossa eterna realização.

Dá o Teu espírito Ajustador e controlador, para viver e residir dentro de nós.

E que possamos fazer a Tua vontade nesta esfera, como os anjos cumprem os Teus comandos na luz.

Sustenta-nos neste dia, no nosso progresso dentro do caminho da verdade.

Livra-nos da inércia, do mal e de todas as transgressões pecaminosas.

Sê paciente conosco, assim como nós mostramos bondade e amor aos nossos semelhantes.

Derrama o espírito da Tua misericórdia nos nossos corações de criaturas.

Conduze-nos pela Tua própria mão, passo a passo, nos labirintos incertos da vida,

E, quando vier o nosso fim, recebe os nossos espíritos fiéis no Teu próprio seio.

E que seja assim feito o Teu desejo, não o nosso.

Pai nosso celeste, perfeito e reto,

Guia e dirige a nossa jornada deste dia.

Santifica os nossos passos e coordena os nossos pensamentos.

Conduze-nos sempre nos caminhos do progresso eterno.

Sacia-nos de sabedoria, até a plenitude do poder

E revitaliza-nos com a Tua energia infinita.

Inspira-nos com a consciência divina

Da presença e da orientação das hostes seráficas.

Guia-nos sempre para cima, na senda da luz;

Inocenta-nos plenamente no dia do grande julgamento.

Faze-nos à Tua semelhança, na glória eterna

E recebe-nos, no alto, para o Teu serviço perpétuo.

Pai nosso, que Te manténs em mistério,

Revela-nos o Teu caráter santo.

Faz, neste dia, com que os Teus filhos na Terra

vejam o caminho, a luz e a verdade.

Mostra-nos a direção do progresso eterno

E dá-nos vontade para caminhar dentro dele.

Estabelece, dentro de nós, a Tua soberania divina

E concede-nos o domínio pleno do ego.

Não nos deixe enveredar pelos caminhos das trevas e da morte;

Conduze-nos eternamente nas águas da vida.

Ouve esta nossa prece, por amor da Tua própria causa;

Contenta-te em fazer-nos cada vez mais semelhantes a Ti.

E afinal, pelo Filho divino,

Recebe-nos nos Teus braços eternos.

E assim, seja feita a Tua vontade, não a nossa.

Glorioso Pai e gloriosa Mãe, unificados em um Progenitor único,

Leais gostaríamos de ser à Vossa natureza divina.

Que viva de novo em nós a vossa Pessoa

Por meio da dádiva e do outorgamento do Vosso espírito divino,

Que, nesta esfera e em nós, só imperfeitamente imita a Vós,

Tal como Vos mostrais em perfeição e em majestade, no alto.

A cada dia, dai-nos a Vossa doce ministração de fraternidade

E conduzi-nos, a todo momento, na direção do serviço ao amor.

Sede sempre e firmemente paciente conosco

Assim como nós somos pacientes com os nossos filhos.

Dai-nos a sabedoria divina de fazer todas as coisas bem,

Dai-nos o amor infinito, que é a graça de toda a criatura.

E concedei-nos a Vossa paciência e a Vossa bondade amorosa

Que a nossa caridade possa envolver os fracos deste reino.

E, quando a nossa carreira acabar, fazei dela uma honra ao Vosso nome,

Um prazer para o Vosso espírito de bondade, e uma satisfação para aqueles que ajudam a nossa alma

Não como desejamos nós, nosso Pai de amor, mas assim como Vós desejardes, para o eterno bem dos vossos filhos mortais,

Que assim possa ser.

Ó Fonte nossa Toda-fiel e Centro nosso Todo-Poderoso,

Reverenciado e santo seja o nome do vosso Filho tão cheio de graça.

As Vossas bondades e as Vossas bênçãos têm descido sobre nós,

Dando-nos poder para fazer a Vossa vontade e para executar a Vossa ordem.

Dai-nos, a cada momento, a sustentação da árvore da vida;

A cada dia, refrescai-nos, com as águas da vida do Vosso rio.

A cada passo, conduzi-nos para fora das trevas e para a luz divina.

Renovai as nossas mentes, por meio das transformações do espírito residente,

E, quando o fim mortal finalmente vier sobre nós,

Recebei-nos junto a Vós e enviai-nos à eternidade.

Coroai-nos com os atributos celestes do serviço fecundo,

E nós glorificaremos o Pai, o Filho e a Santa Influência.

E que assim seja, em um universo sem fim.

Pai nosso que habitas em locais secretos do universo,

Honrado seja o Teu nome, reverenciada seja a Tua misericórdia e respeitado seja o Teu julgamento.

Que o sol da retidão brilhe sobre nós ao meio-dia,

Enquanto nós Te suplicamos que guies os nossos passos incertos sob o crepúsculo.

Conduze-nos com a Tua mão, nos caminhos da Tua escolha

E, quando o caminho for duro e as horas forem de trevas, não nos abandones.

Não nos esqueças, assim como nós muitas vezes Te esquecemos e Te negligenciamos.

Mas sê misericordioso e ame-nos como nós Te desejamos amar.

Do alto, olha-nos com bondade e perdoa-nos com misericórdia Como nós perdoamos, com justiça, àqueles que nos magoam e que nos ofendem.

E possam o amor, a devoção e o dom do Filho excelso

Tornar disponível a vida eterna, com a Tua misericórdia sem fim e com o Teu amor.

Que o Deus dos universos possa conceder-nos a medida plena do Seu espírito;

Dá-nos a graça de submeter-nos à condução desse espírito.

Pela ministração de amor das Tuas devotadas hostes seráficas

Que possa o Filho guiar-nos até o fim da idade.

Faze-nos sempre, e cada vez mais, semelhantes a Ti

E, quando do nosso fim, recebe-nos no abraço eterno do Paraíso.

Assim seja, em nome do Filho a nós enviado

E para a honra e glória de Ti, Pai Supremo.

Embora os apóstolos não fossem livres para apresentar essas lições sobre a prece nos seus ensinamentos públicos, eles aproveitaram muito de todas essas revelações para as suas experiências religiosas pessoais. Jesus utilizou esses e outros modelos de preces, como ilustrações, nas instruções íntimas dadas aos doze. E uma permissão específica nos foi concedida, para que transcrevêssemos essas sete amostras de orações neste registro.

6. A CONFERÊNCIA COM OS APÓSTOLOS DE JOÃO


Por volta de primeiro de outubro, Filipe e alguns dos seus amigos apóstolos, estavam em uma aldeia próxima comprando alimentos, quando encontraram alguns dos apóstolos de João Batista. Nesse encontro casual, na praça do mercado, programou-se uma conferência de três semanas, no acampamento de Gilboa, entre os apóstolos de Jesus e os apóstolos de João; pois João, recentemente, havia apontado doze dos seus líderes como apóstolos, seguindo o precedente de Jesus. João havia feito isso em resposta à solicitação de Abner, o líder dos seus leais apoiadores. Jesus esteve presente, no acampamento de Gilboa, durante a primeira semana dessa conferência conjunta, mas ausentou-se nas duas últimas semanas.

No começo da segunda semana desse mês, Abner havia reunido todos os seus condiscípulos no acampamento em Gilboa, e estavam todos preparados para o conselho com os apóstolos de Jesus. Durante três semanas, esses vinte e quatro homens entraram em sessões, três vezes ao dia e seis dias a cada semana. Na primeira semana, Jesus esteve com eles entre as sessões da manhã, da tarde e da noite. Todos queriam que o Mestre se reunisse com eles e que presidisse as suas deliberações conjuntas, mas ele recusou-se firmemente a participar de suas discussões; embora consentisse em falar-lhes em três ocasiões; e essas palestras, de Jesus, para os vinte e quatro, foram sobre compaixão, cooperação e tolerância.

André e Abner alternavam-se na presidência desses encontros conjuntos entre os dois grupos apostólicos. Esses homens tinham muitas dificuldades a serem discutidas e muitos problemas para resolver. Muitas vezes eles levavam os seus problemas a Jesus, para apenas ouvi-lo dizer: “Eu me ocupo apenas dos vossos problemas pessoais e puramente religiosos. Sou o representante do Pai para o indivíduo, não para o grupo. Se vós tiverdes dificuldades pessoais, nas vossas relações com Deus, vinde a mim e eu vos ouvirei e vos aconselharei, na solução do vosso problema. Mas, quando estiverdes tratando da coordenação de interpretações humanas divergentes, para as questões religiosas, e da socialização da religião, cabe a vós resolver todos esses problemas, por meio das vossas próprias decisões. Não obstante isso, eu vos acompanharei sempre compassiva e interessadamente; e, quando chegardes às vossas conclusões, no que toca a essas questões de importância não espiritual, já que todos vós estais de acordo, então, prometo adiantadamente a minha aprovação total e a minha cooperação sincera. E, agora, com a finalidade de deixar-vos desimpedidos para as vossas deliberações, estarei distante por duas semanas. Não vos preocupeis comigo, pois voltarei para vós. Eu estarei cuidando dos assuntos do meu Pai, pois temos outros Reinos além deste aqui.”

Depois de falar assim, Jesus desceu a encosta da montanha e eles não mais o viram por duas semanas inteiras. E nunca souberam para onde foi, nem o que fez durante esses dias. Demorou algum tempo para que os vinte e quatro pudessem ater-se às considerações sérias dos seus problemas, tão desconcertados ficaram com a ausência do Mestre. Dentro de uma semana, contudo, estavam de novo no cerne das suas discussões, sem poder apelar para a ajuda de Jesus.

O primeiro item sobre o qual o grupo concordou foi o da adoção da prece que, tão recentemente, Jesus havia ensinado a eles. Essa prece, aceita em votação unânime, era aquela que seria ensinada aos crentes pelos dois grupos de apóstolos.

Em seguida decidiram que, enquanto João vivesse, fosse na prisão ou fora dela, ambos os grupos de doze apóstolos continuariam com os seus trabalhos; e também que encontros conjuntos de uma semana aconteceriam, a cada três meses, em locais a serem determinados.

O mais sério de todos os problemas, contudo, tornou-se a questão do batismo. As dificuldades todas ficaram ainda mais agravadas, porque Jesus havia-se recusado a fazer qualquer pronunciamento sobre esse tema. Finalmente, eles concordaram: enquanto João vivesse, ou até o momento em que eles pudessem modificar em conjunto essa decisão, apenas os apóstolos de João batizariam os crentes, e apenas os apóstolos de Jesus instruiriam finalmente os novos discípulos. Sendo assim, desde aquele momento, até depois da morte de João, dois dos apóstolos de João acompanhavam Jesus e os seus apóstolos para batizar os crentes, pois aquele conselho conjunto de apóstolos havia decidido, por unanimidade, que o batismo devia tornar-se o passo inicial e o sinal exterior na aliança com os assuntos do Reino.

Em seguida, ficou decidido que, no caso da morte de João, os apóstolos dele apresentar-se-iam a Jesus e submeter-se-iam à direção dele, e que não mais batizariam, a menos que fossem autorizados por Jesus ou pelos seus apóstolos.

E então foi votado que, no caso da morte de João, os apóstolos de Jesus começariam a batizar com água como símbolo do batismo do Espírito divino. Quanto à questão de o arrependimento estar ligado ou não à pregação do batismo, isso ficou entregue à opção de cada um; nenhuma decisão foi tomada, como obrigatória, pelo grupo. Os apóstolos de João pregavam: “Arrependei-vos e sereis batizados”. Os apóstolos de Jesus proclamavam: “Acreditai e sede batizados”.

E essa é a história da primeira tentativa, dos seguidores de Jesus, de coordenar esforços divergentes, de compor diferenças de opinião, de organizar empreendimentos grupais, de legislar sobre ritos exteriores e de socializar práticas religiosas pessoais.

Muitas outras questões menores foram consideradas; e a solução delas foi tomada em unanimidade. Esses vinte e quatro homens tiveram uma experiência verdadeiramente notável durante essas duas semanas em que foram levados a enfrentar os problemas e a decidir conjuntamente em caso de impasses, sem Jesus. Eles aprenderam a divergir, debater, lutar, orar e transigir e, durante todo esse tempo, a conservar-se em toda a simpatia para com os pontos de vista das outras pessoas e também a manter ao menos um certo nível de tolerância para com as opiniões alheias sinceras.

Na tarde da sua discussão final sobre as questões financeiras, Jesus retornou; e ouviu sobre as deliberações deles, escutou as decisões e disse: “Essas, então, são as vossas conclusões; e eu vos ajudarei, a cada um, a pôr em prática o espírito das vossas decisões unidas”.

Dois meses e meio depois dessa época João foi executado e, durante esse período, os apóstolos de João permaneceram com Jesus e os doze. Trabalharam juntos e batizaram os crentes, durante esse período de trabalho, nas cidades da Decápolis. O acampamento de Gilboa foi levantado aos 2 de novembro de 27 d.C.

7. NAS CIDADES DA DECÁPOLIS

Durante os meses de novembro e de dezembro, Jesus e os vinte e quatro trabalharam silenciosamente nas cidades gregas da Decápolis, principalmente em Citópolis, Gerasa, Abila e Gadara. Esse foi realmente o fim daquela época preliminar de absorver o trabalho e a organização de João. Sempre a religião socializada de uma nova revelação paga o preço do comprometimento e de concessões com as formas e os usos estabelecidos, da religião precedente, que ela procura salvaguardar. O batismo foi o preço que os seguidores de Jesus pagaram, para levar com eles, enquanto grupo religioso socializado, os seguidores de João Batista. Os seguidores de João, ao juntarem-se aos seguidores de Jesus, cederam em quase tudo, exceto no batismo pela água.

Jesus promoveu poucos ensinamentos públicos, nessa missão nas cidades da Decápolis. Passou um tempo considerável ensinando aos vinte e quatro e teve muitas sessões especiais com os doze apóstolos de João. Com o tempo, eles tornaram-se mais compreensivos, quanto ao porquê de Jesus não ter ido visitar João na prisão, e quanto à causa de nenhum esforço haver sido feito para assegurar a libertação de João. Nunca puderam, entretanto, compreender por que Jesus não fazia nenhuma obra miraculosa, por que ele recusava-se a dar sinais externos da sua autoridade divina. Antes de vir para o acampamento de Gilboa, eles já criam em Jesus, sobretudo por causa do testemunho de João, mas logo eles estavam já começando a crer em resultado do seu próprio contato com o Mestre e os seus ensinamentos.

A maior parte do tempo, nesses dois meses, o grupo trabalhou aos pares; um dos apóstolos de Jesus saindo com um dos de João. O apóstolo de João batizava, o apóstolo de Jesus instruía; enquanto ambos pregavam o evangelho do Reino, como cada um o entendia. E eles ganharam muitas almas, entre os gentios e os judeus apóstatas.

Abner, o dirigente dos apóstolos de João, tornou-se um devoto firme de Jesus e, mais tarde, foi feito o superior de um grupo de setenta instrutores a quem o Mestre encarregou com a missão de pregar o evangelho.

8. NO ACAMPAMENTO PERTO DE PELA

No final de dezembro todos foram para perto do Jordão, junto a Pela, onde, novamente, começaram a ensinar e a pregar. Vinham a esse acampamento tanto judeus quanto gentios para ouvir as boas-novas. Foi enquanto Jesus ensinava à multidão, uma tarde, que alguns amigos especiais de João trouxeram ao Mestre a última mensagem que ele receberia do Batista.

João, a essa altura, tinha estado já durante um ano e meio na prisão e, na maior parte desse tempo, Jesus havia trabalhado muito silenciosamente; e assim não era estranho que João fosse levado a indagar sobre o Reino. Os amigos de João interromperam os ensinamentos de Jesus para dizer-lhe: “João Batista nos enviou para perguntar – tu és realmente o Libertador, ou devemos procurar por algum outro?”

Jesus parou para dizer aos amigos de João: “Voltai e dizei a João que ele não foi esquecido. Dizei a ele sobre o que vistes e ouvistes, que as boas-novas foram pregadas aos pobres”. E, depois de Jesus ter falado aos mensageiros de João, ele voltou à multidão e disse: “Não penseis que João duvida do evangelho do Reino. Ele faz perguntas apenas para deixar os seus discípulos, que são também meus discípulos, bem seguros. João não é um fraco. Deixai-me perguntar a vós, que ouvistes João pregando, antes de Herodes colocá-lo na prisão: O que vistes em João – uma palha balançando ao vento? Um homem de humor variável e vestido em roupas macias? Em geral aqueles que se vestem suntuosamente e que vivem delicadamente estão nas cortes dos reis e nas mansões dos ricos. Mas o que vistes, quando contemplastes João? Um profeta? Eu vos digo que sim; e muito mais do que um profeta. Foi escrito sobre João: ‘Bem, Eu coloco o meu mensageiro para que vós o vejais diante de vós; ele irá preparar o caminho’.

“Em verdade, em verdade, eu vos digo, entre aqueles nascidos de mulheres não nasceu ninguém maior do que João Batista; no entanto, aquele que não é senão pequeno ainda no Reino do céu, é ainda maior, porque nasceu do espírito e sabe que se tornou um filho de Deus”.

Muitos dos que ouviram Jesus, naquele dia, submeteram-se ao batismo de João e, assim, proclamaram publicamente a entrada no Reino. E os apóstolos de João ficaram firmemente ligados a Jesus, daquele dia em diante. Esse acontecimento marcou a união real dos seguidores de João e de Jesus.

Depois que os mensageiros conversaram com Abner, partiram para Macaeros, com o objetivo de dizer tudo isso a João. E ele ficou muito confortado, e a sua fé fortaleceu-se com as palavras de Jesus e a mensagem de Abner.

Nessa tarde, Jesus continuou a ensinar, dizendo: “A que compararei esta geração? Muitos de vós não aceitareis nem a mensagem de João, nem o meu ensinamento. Vós sois como crianças, brincando na praça do mercado, e que chamam os seus amigos para dizer: ‘Nós tocamos flauta para vós e não dançastes; nós gememos e vós não vos afligistes’. E assim acontece com alguns de vós. João chegou jejuando de alimentos e de bebidas, e eles disseram que ele estava possuído por um demônio. O Filho do Homem vem, comendo e bebendo, e essa mesma gente diz: ‘Vede, é um homem glutão e um bebedor de vinho, amigo de publicanos e de pecadores!’ Na verdade, a sabedoria justifica-se pelos frutos dela.

“Pareceria que o Pai no céu escondeu, dos sábios e dos arrogantes, algumas dessas verdades, ao passo que as revelou aos bebês pequeninos. Mas, o Pai, a todas as coisas faz bem; o Pai revela-Se ao universo pelos métodos da sua própria escolha. Vinde, pois, todos de vós que penais e que tendes fardos pesados, e encontrareis o descanso para as vossas almas. Tomai sobre vós o jugo divino, e experimentareis a paz de Deus, que transcende a todo o entendimento.”

9. A MORTE DE JOÃO BATISTA

João Batista foi executado, por ordem de Herodes Antipas, na tarde de 10 de janeiro, do ano 28 d.C. No dia seguinte, uns poucos entre os discípulos de João, que tinham ido a Macaeros, souberam da sua execução e foram até Herodes e requisitaram o corpo dele, e puseram-no em uma tumba; mais tarde deram-lhe uma sepultura em Sebaste, a cidade de Abner. Aos 12 de janeiro, dois dias depois, partiram para o acampamento dos apóstolos de João e de Jesus, perto de Pela, e contaram a Jesus sobre a morte de João. Ao ouvir o relato deles, Jesus dispersou a multidão e, reunindo os vinte e quatro, disse-lhes: “João está morto. Herodes mandou decapitá-lo. Hoje à noite, fazei uma reunião de conselho e colocai os vossos assuntos em ordem, como deve ser feito. Não haverá muita demora mais. É chegada a hora de proclamarmos o Reino abertamente e com toda a força. Amanhã iremos para a Galiléia”.

Consequentemente, na manhã de 13 de janeiro, do ano 28 d.C., bem cedo, Jesus e os apóstolos, acompanhados de uns vinte e cinco discípulos, rumaram para Cafarnaum e alojaram-se, nessa noite, na casa de Zebedeu.