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8 de ago. de 2011

Fenômenos estranhos





O fascínio que o mistério exerce sobre a mente humana tem sido o motivo da ampliação de nosso conhecimento do mundo e do desenvolvimento da ciência moderna. O constante desejo de solucionar os mistérios do espaço levou-nos a explorar o sistema solar, as estrelas e os planetas de nosso universo, e até outros universos além de nossa galáxia.
Mistério Musical
Rosemary Brown, uma viúva londrina, tinha um piano, mas seus conhecimentos musicais não eram suficientes para tocá-lo. Ela conhecia apenas um músico – um ex-organista de igreja, que tentara ensiná-la a tocar o instrumento. De súbito, o mundo musical e o resto de Londres viram-se pressionados a explicar como, em 1964, Rosemary começou a compor peças musicais que pareciam ter sido escritas pelos grandes mestres.
Na verdade, Rosemary Brown autoproclamava-se clarividente; sua mãe e avó também seriam médiuns. Ela contou que Franz Liszt, que a “visitara” certa vez em uma visão quando ela era criança, apareceu a sua frente e começou a trazer-lhe partituras de compositores como Beethoven, Bach, Chopin e outros. Cada um deles ditava sua própria música. Às vezes, disse ela, os músicos controlavam suas mãos, movendo-as de acordo com o estilo musical adequado; outras vezes, eles apenas ditavam as notas. Entre as obras que Rosemary produziu estão incluídas as conclusões da Décima e da Décima Primeira Sinfonia de Beethoven, que ficaram inacabadas devido à morte do compositor; uma sonata de Schubert de quarenta páginas; e numerosas obras de Liszt e outros.
Músicos e psicólogos examinaram as partituras e investigaram tanto as músicas quanto os testemunhos de Rosemary. Embora alguns críticos tenham descartado a possibilidade de que a obra tenha sido copiada, ou que não tenha sido bem copiada, outros ficaram impressionados com o nível do trabalho. Todos concordaram que cada peça produzida por ela foi definitivamente escrita no estilo do compositor ao qual era atribuída. Ninguém encontrou provas de que Rosemary pudesse estar mentindo, e os estudiosos, em sua maioria, afirmaram que ela estava sendo sincera. Música de qualidade ou não, o fato inegável é que era música muito além da capacidade de Rosemary Brown. Liszt, no entanto, decepcionou Rosemary em um aspecto. Em sua primeira visita, segundo declarações da clarividente, o compositor prometeu transformá-la um dia em grande virtuose. Não obstante, ela continuou sendo uma pianista medíocre. Talvez esse seja o motivo pelo qual, ainda conforme Rosemary, os compositores, que ditavam suas músicas a ela em inglês, freqüentemente levantavam as mãos e gritavam Mein Gott! (Meu Deus!).

O Fantasma Vingativo
A estranha história começou no dia 21 de fevereiro de 1977, quando o corpo de Teresita Basa foi encontrado pela polícia. A mulher, de 48 anos, estava caída no chão de seu luxuoso apartamento de Chicago. Fora apunhalada até a morte, tendo o corpo parcialmente queimado.
Como muitos outros imigrantes cheios de esperança, Teresita Basa chegara aos EUA vindo das Filipinas, em busca de emprego e de uma vida melhor. Trabalhava como terapeuta especializada em doenças respiratórias no Edgewater Hospital, e a polícia não conseguiu encontrar pistas que levassem à solução do crime. A impressão inicial dos policiais foi de que talvez ela tivesse sido assassinada por um namorado. A verdadeira solução do caso, no entanto, viria do fantasma da própria Teresita.
O dr. José Chua e sua mulher também trabalhavam no Edgewater Hospital, embora não tivessem conhecido Teresita intimamente. Mas uma noite, quando já estavam em casa, em Skokie, pequena cidade nos arredores de Chicago, a sra. Chua inesperadamente entrou em um estranho tipo de transe. Ela levantou-se e caminhou em direção ao banheiro, onde se deitou. Em seguida, uma voz estranha, falando em dialeto filipino, saiu de sua boca: Meu nome é Teresita Basa.
Depois que aquela estranha voz acusou um assistente hospitalar de ser o assassino, a sra. Chua despertou do transe. Contudo, sofreu outros transes mediúnicos similares durante os dias seguintes, declarando, sempre com a voz da mulher assassinada, que o assistente, um jovem negro chamado Allen Showery, roubara-lhe as jóias e dera seu colar de pérolas à amante.
O dr. Chua, aterrorizado com as declarações da esposa, viu-se sem outra alternativa a não ser entrar em contato com a polícia local. Telefonou para Joseph Stachula e Lee Epplen, veteranos investigadores.
Os policiais, naturalmente, não acreditaram na história do dr. Chua, porém, na falta de outras pistas para solucionar o caso, decidiram agir. Interrogaram minuciosamente o dr. José Chua e sua mulher sobre as declarações da falecida Teresita Basa. Perguntaram especificamente ao casal se Teresita dissera que fora estuprada antes de ser assassinada. Na verdade, a falecida não fora estuprada, e os investigadores fizeram essa pergunta apenas para ver se o casal cairia na pista falsa. No entanto, os dois não morderam a isca. Os investigadores também ficaram impressionados com a quantidade de detalhes que o casal parecia saber sobre o assassinato.
- Até os dias de hoje – escreveu posteriormente o policial Stachula -, ainda não tenho certeza se acredito na maneira por que as informações foram obtidas. Não obstante, tudo correspondia à verdade.
Trabalhando a partir dessas pistas, a polícia de Evanston deu uma busca no apartamento de Allen Showery e descobriu as jóias de Teresita. Os policiais chegaram mesmo a encontrar o colar de pérolas com a amante do assassino. Ao ser confrontado com as provas, Showery confessou o assassinato e foi condenado pelo crime. O caso foi oficialmente encerrado em agosto, aparentemente solucionado pelo fantasma de Teresita.

O Pára-Raios Humano
Roy Cleveland Sullivan, guarda-florestal aposentado de Waynesboro, Virgínia, era conhecido como o “Pára-Raios Humano”, porque já havia sido atingido por raios sete vezes durante sua carreira de 36 anos.
A primeira vez, em 1942, provocou a perda de um dedão do pé. Vinte e sete anos mais tarde, um segundo raio queimou suas sobrancelhas. No ano seguinte, em 1970, um terceiro raio queimou seu ombro esquerdo.
Depois que os cabelos de Sullivan pegaram fogo como decorrência de um quarto raio, em 1972, ele começou a levar um balde com água no carro. No dia 7 de agosto de 1973, estava dirigindo, quando um raio saiu de uma pequena nuvem, atingiu-lhe a cabeça enchapelada e queimou seus cabelos novamente, jogando-o a 3 metros de distância do carro, atravessou as duas pernas e arrancou-lhe os sapatos. Apavorado, Sullivan despejou o balde de água na cabeça, para esfriá-la.


Sullivan foi vítima pela sexta vez no dia 5 de junho de 1976, ferindo o tornozelo. O sétimo raio alcançou-o no dia 25 de junho de 1977, enquanto ele estava pescando. Nessa ocasião, precisou ser hospitalizado com queimaduras graves no estômago e no tórax.
Embora jamais tivesse possibilidade de explicar essa atração peculiar, Sullivan disse certa vez que na verdade podia ver os raios que o atacavam.
Às 3 horas da madrugada de 28 de setembro de 1983, Sullivan, já com 71 anos, deu cabo da vida com um tiro. Dois de seus chapéus de guarda-florestal, queimados nas copas, estão atualmente em exposição nos Guinness World Exhibit Halls, na cidade de Nova York e em Myrtle Beach, Carolina do Sul.

Caros leitores se deixem seu comentários e observações para que, se gostarem, possamos fazer o segundo post da série.


Adaptado de amadeuw