Esta tecnologia destina-se a pessoas com dificuldades ou total incapacidade de falar e de se exprimir. Como por exemplo, doentes em estado estado vegetativo. Estes novos eléctrodos microECoGs são uma versão reduzida dos originais eléctrodos ECoGs (desenvolvidos há mais de 50 anos), usados nas electrocorticografias.
Segundo Brandley Greger, professor de bioengenharia e membro da equipe de investigação “Conseguimos descodificar palavras usando somente sinais do cérebro, com um dispositivo que potencialmente poderá ser utilizado a longo prazo em pacientes paralíticos incapacitados de falar,”.
Estes dois implantes cerebrais, constituídos 16 sensores foram inseridos no centro da zona cerebral, respectiva à fala. Um paciente com graves crises de epilepsia sujeitou-se a uma craniotomia (remoção parcial e temporária e uma zona do cérebro), para implantar eléctrodos convencionas, de forma a detectar a origem das suas convulsões.
Ao contrário dos anteriores dispositivos, estes não necessitam de penetrar o cérebro para ler os seus sinais, o contacto basta, visto que estes são suficientemente sensíveis para tal. Os sinais cerebrais eram detectados pelos eléctrodos microECoGs, assim que o paciente repetia uma seria de palavras. Foram 10, as palavras consideradas essências para uma pessoa com problemas de paralisia total: sim, não, fome, sede, mais, menos, olá, adeus, frio e quente.
A experiência consistia em saber quais os sinais cerebrais que representavam cada uma das 10 palavras. O resultado da experiencia revelou que é possível distinguir palavras através deste dispositivo, com uma precisão de 76% no caso da palavra “sim”, e 90% na palavra não.
Na tentativa de analisar os padrões de todas a palavras ao mesmo tempo, o índice de incorrecção da identificação das palavras, foi de, entre 28% a 48%. Relativamente melhor do que o total acaso que teria uma percentagem de 10%. Ainda assim insuficiente para traduzir com clareza e certeza, o pensamento de uma pessoa.
“Provamos que estes sinais podem traduzir o que a pessoa está pensar, bem acima do mero acaso. Mas precisamos ser capazes de identificar mais palavras, e com mais precisão, até que se torne algo que os pacientes achem realmente útil”, afirmou Greger .
O próximo passo será construir implantes relativamente maior, de forma a detectar mais palavra e aumentar a percentagem da certeza, na leitura e tradução dos sinais cerebrais. Deste modo, em vez de 16 eléctrodos, os próximos implantes terão 121 dispostos numa matriz de 11 x 11.
Fonte: tecnologica e tecnologiasdeultimogrito