Nosso universo
surgiu há 13,7 bilhões de anos a partir de um evento denominado Big Bang. E
desde então, está evoluindo.
Milhões de anos após a origem do universo, as primeiras estrelas
vieram a existir, em meio ao caos. O universo era simples e caótico. Reações
físicas e químicas nessas estrelas primordiais enriqueceram o universo com
novos elementos, permitindo posteriormente a formação de planetas e luas.
Nas condições exatas, a vida – que é a coisa
mais complexa do universo, e ao mesmo tempo a mais frágil – pôde surgir. E
desde que isso aconteceu, com a ajuda de desastres, a vida evoluiu.
Mas por que o universo funciona desse jeito?
Como podemos estar aqui hoje? Como o caos deu origem a toda a complexidade que
vemos atualmente? Descubra todas as respostas nessa excelente história do
universo narrada pelo cientista David Christian.
O Universo – Espaçonave Terra (1ª Temp. Ep. 6)
Há 4,5 bilhões de
anos na corrida de alta performance para se tornar um planeta, essa esfera
azul-safira conquistou seu lugar. Mas foi uma competição caótica, e cheia de
violentas colisões.
Depois de muita perseverança, a Terra se tornou um planeta muito
especial – o único no sistema solar com oceanos, terra e vida complexa.
Apesar dos desastres modernos que o assolam, o
planeta continua uma das criações mais deslumbrantes do universo. Vamos viajar
à bordo da nave Terra nesse ótimo documentário exibido pelo History Channel,
que você confere completo aqui.
O Universo – Os Segredos do Sol
Uma esfera
incandescente muito pequena comparada com a maioria das estrelas do universo.
Esse é o nosso Sol, um dos elementos fundamentais para a vida aqui na Terra.
Nascido há mais de 4 bilhões de anos atrás, o Sol é composto sobretudo por
hidrogênio e hélio, e suas tempestades atingem milhões de quilômetros no
espaço, afetando seriamente o nosso planeta.
Esse é o primeiro
episódio da primeira temporada da série “O Universo”, lançada em 2007 e exibida
pelo canal History Channel. Você pode assistir o documentário dublado completo
abaixo. Se tiver uma boa conexão com a internet, recomendamos que o assista em
1080p (Full HD) e tela cheia, para uma melhor visualização.
Primeira “Terra alienígena” será descoberta em 2013, dizem cientistas
O primeiro planeta
verdadeiramente parecido com a Terra será descoberto em 2013, uma épica
descoberta que faria com que a humanidade reavaliasse seu lugar no universo.
Embora astrônomos tenham encontrado muitos exoplanetas ao longo
dos últimos anos que apresentam uma ou duas características da Terra (como
temperatura ou tamanho), nenhum planeta como o nosso foi descoberto ainda. Mas
isso pode mudar em 2013, dizem os cientistas.
“Estamos muito confiantes que a primeira gêmea
da Terra possa ser descoberta no ano que vem”, disse Abel Mendez, que dirige o
Laboratório de Planetas Habitáveis, na Universidade de Porto Rico.
O primeiro exoplaneta descoberto orbitando uma
estrela como o Sol foi descoberto em 1995. Desde então, astrônomos já viram
mais de 800 mundos além do nosso sistema solar, e muitos ainda aguardam
confirmação.
O telescópio espacial Kepler, por exemplo, já observou
mais de 2.300 planetas candidatos desde seu lançamento em março de 2009. Apenas
100 deles foram confirmados até o momento.
Os primeiros mundos alienígenas encontrados
eram gigantes gasosos como Júpiter, pois são mais fáceis de serem detectados.
Mas com o tempo, novos instrumentos foram lançados, e os caçadores de planetas
aprimoraram suas técnicas, possibilitando a descoberta de planetas menores e
mais distantes.
Planetas mais semelhantes com a Terra até agora
descobertos
Nenhum
dos planetas potencialmente habitáveis descobertos até agora (vídeo acima) são
pequenos o suficiente para serem verdadeiros gêmeos da Terra. Planetas do
tamanho do nosso só foram descobertos muito próximos à suas respectivas
estrelas hospedeiras, inviabilizando a vida por causa da alta temperatura.
Mas
para Mendez, é somente uma questão de tempo para que um planeta pequeno,
rochoso e que esteja localizado na zona habitável de uma estrela como o Sol
seja descoberto.
Provavelmente
existem muitas Terras alienígenas na nossa galáxia esperando para serem
descobertas. Há aproximadamente 200 bilhões de estrelas na Via Láctea, que
hospedam pelo menos 50 bilhões de planetas. É de se esperar muitos deles tenham
vida ou sejam capazes de abrigá-la. Algumas estimativas sugerem que existam
pelos menos 5 milhões de planetas habitáveis na Via Láctea. [Space]
Descobrindo novos mundos através de auroras alienígenas
Muitos exoplanetas
já foram descobertos até agora, através de seu trânsito na frente de sua
estrela hospedeira, causando uma alteração no brilho dela. Essa alteração é
detectada pelos telescópios, e a cada 3 trânsitos, pesquisadores conseguem
identificar um exoplaneta. Mas através dessa técnica, nem todos os dados de um
planeta podem ser obtidos.
Agora, astrônomos pensam que auroras alienígenas podem aumentar
ainda mais a nossa compreensão sobre os exoplanetas. Ninguém jamais viu a luz
de uma aurora de um exoplaneta – mesmo daqueles que orbitam estrelas próximas
ao sistema solar. A luz é muito fraca para viajar enormes distâncias, mas as
auroras têm outra característica: elas emitem ondas de rádio.
Detectar emissões de rádio a partir da aurora
de um exoplaneta nos daria uma riqueza de informações que não está disponível a
partir de técnicas convencionais. Além de revelar mundos anteriormente ocultos,
os diferentes aspectos da emissão também pode permitir aos pesquisadores
calcular o comprimento do dia de um exoplaneta e a força de seu campo magnético.
Poderíamos até ter pistas sobre os processos internos que impulsionam o campo
magnético, bem como a forma como o planeta interage com sua estrela-mãe e,
possivelmente, se tem alguma lua.
Na Terra, as
auroras boreais e austrais são resultado de elétrons acelerados pela colisão do
vento solar com moléculas de gás na atmosfera superior, causando uma emissão de
luz em um comprimento de onda característico. O oxigênio emite a familiar luz
amarelo-esverdeada, nitrogênio emite um brilho vermelho ou azul, e por aí vai.
Mas antes da colisão, os elétrons giram em torno das linhas do campo magnético
do planeta e nesse processo emitem ondas de rádio.
Auroras já foram vistas em Júpiter,
Saturno, Urano e Netuno. E há boas razões para esperar que pelo menos alguns
exoplanetas as tenham também.
De todas as auroras em nosso sistema
solar, as de Júpiter são as mais brilhantes. Duas vezes mais massivo que todos
os outros planetas juntos, Júpiter possui o mais forte campo magnético do
sistema solar, explicando o motivo do gigante gasoso possuir as mais belas
auroras conhecidas. Nós não podemos observá-las usando telescópios terrestres
porque a luz da aurora de Júpiter é principalmente ultravioleta, que não
penetra na atmosfera da Terra.
Foram as auroras, por sinal, que permitiram
aos pesquisadores calcular a força do campo magnético do planeta Júpiter, antes
mesmo da sonda Voyager confirmar a medição.
O rádio é ainda uma forma promissora de
localizar e estudar exoplanetas, porque se um planeta tem um campo magnético, é
capaz de emitir sinais de rádio que são mais fortes do que as da sua estrela.
Na faixa de freqüência baixa – em
algumas dezenas de megahertz – as emissões de rádio de Júpiter são tão
brilhantes como as do Sol, mas mesmo assim não seriam detectáveis se Júpiter
estivesse tão longe quanto as estrelas mais próximas. Nem tudo está perdido, no
entanto. Pesquisadores acreditam que alguns exoplanetas possam emitir ondas de
rádio muito mais intensas do que as de Júpiter.
Por exemplo, a frequência com que uma
aurora emite ondas de rádio depende da força do campo magnético de um planeta.
Felizmente, esta emissão de rádio é irradiada para fora do campo magnético em
feixes cônicos, que varrem em torno da órbita do planeta, como um farol. Esta
varredura aparece como um pulso de ondas de rádio em um telescópio na Terra, o
que nos permite calcular o período de rotação do planeta.
O sinal é também polarizado
circularmente, o que significa que o seu campo elétrico roda à medida que o
sinal viaja. Isso permite aos pesquisadores diferenciar entre os sinais
planetários e a radiação da estrela, que não é polarizada porque é produzida
por explosões de elétrons correndo através de sua atmosfera exterior. Se
medirmos uma polarização elíptica ou circular, é muito provável que vieram do planeta,
em vez da estrela.
Procurando por exoplanetas por meio de sinais de
rádio
O
primeiro grupo a procurar exoplanetas usando rádio foi liderado por William
Erickson, professor emérito da Universidade de Maryland, EUA. Inspirado pelo
sucesso de sinais de rádio aurorais de Júpiter, em 1977, sua equipe procurou
planetas em torno de estrelas próximas através de emissões de rádio de auroras
alienígenas. O grupo olhou para 22 estrelas, estimando que seu telescópio
pudesse detectar uma explosão que fosse 1.000 vezes mais forte do que as fortes
rajadas de Júpiter. Não deu em nada. Telescópios de rádio da época não eram
sensíveis o suficiente para captar os sinais dessas fontes distantes.
Agora,
35 anos depois, o interesse em emissões de rádio aurorais veio novamente com o
desenvolvimento de um novo radiotelescópio altamente sensível, chamado Low
Frequency Array (LOFAR). É o maior radiotelescópio e mais sensível abaixo de
250 megahertz já projetado, que ainda está desenvolvimento.
Para
encontrar um exoplaneta através de seus sinais de rádio, os cientistas têm
considerado um planeta semelhante a Júpiter, porque a maioria dos exoplanetas
encontrados até agora têm uma massa superior ou igual à do gigante gasoso. Há
dois cenários possíveis para as fortes emissões de rádio.
Primeiro,
o planeta orbita próximo à sua estrela-mãe e é fortemente fustigado pelo vento
solar, que reconfigura o campo magnético do planeta, causando fortíssimas
auroras cujos sinais de rádio seriam detectados na Terra.
A
segunda opção é que as emissões de rádio são associadas à uma lua em órbita,
como é o caso de Júpiter. Sua terceira maior lua, Io, é um mundo vulcânico, com
erupções lançando gás ionizado para Júpiter a uma taxa de 1,000 kg por segundo.
Ao contrário das auroras da Terra, que são causadas pelo Sol, em Júpiter é o
gás ionizado o maior responsável pelas auroras.
De
acordo com cálculos, conseguiríamos detectar por meio de rádio com a tecnologia
atual um exoplaneta localizado a no máximo 150 anos-luz de distância, através
de rádio.
Até agora
não conseguimos detectar nenhuma emissão. Acredita-se que a principal
razão para não detectar quaisquer sinais de rádio a partir desses planetas é
que os instrumentos não podem detectar uma freqüência baixa o suficiente.
Por
exemplo, Júpiter não emite ondas de rádio intensas acima de 40 megahertz, uma
freqüência de corte que depende da força do campo magnético do planeta. Então,
se você não olhar abaixo desta freqüência, não verá nada. A frequência mais
baixa detectável atualmente é 50 megahertz.
O LOFAR
será capaz de detectar os sinais de rádio abaixo de 10 megahertz, algo
promissor. No entanto, a atmosfera terrestre bloqueia frequências inferiores a
10 megaherts. Para isso, seria preciso um radiotelescópio na órbita terrestre
ou na Lua, por exemplo.
Pesquisadores
estão confiantes de que com o novo instrumento, a técnica será bem-sucedida, e
talvez possamos descobrir muitas novas propriedades de exoplanetas próximos,
habitáveis ou não.
Os últimos instantes das sondas Ebb e Flow na Lua [vídeo]
Recentemente, a NASA divulgou
os últimos instantes das sondas gêmeas Ebb e Flow, que se
colidiram com o solo lunar no dia 17/12/12. O vídeo foi
gravado 3 dias antes do impacto pelas câmeras da Ebb.
As sondas GRAIL permitiram aos pesquisadores entender melhor nosso
satélite natural, sobretudo sua estrutura interna. Após cerca de um ano em
funcionamento, elas caíram próximo ao polo norte da Lua, conforme o planejado.
Ebb e Flow eram duas irmãs inseparáveis, voando
na órbita lunar sempre lado a lado. Elas empregaram um sistema gravitacional
preciso para determinar a estrutura interna da Lua. Sem combustível, os
comandantes da missão ordenaram que todos os instrumentos científicos fossem
desligados, antes das sondas de se destruírem no solo lunar.
As
sondas GRAIL permitiram aos cientistas concluir que as colisões de cometas e
asteroides não somente tornaram a lua esburacada, mas causaram profundas
fraturas em sua crosta. O mesmo pode ter acontecido em Marte, e a água
existente na superfície do planeta pode ter descido para regiões mais profundas
da crosta, onde pode estar agora.
Além disso, Ebb e Flow criaram um mapa gravitacional da Lua, permitindo aos
cientistas entender a estrutura interna de nosso satélite. A crosta, por
exemplo, é muito mais fina do que o imaginado.
Dados das sondas também permitiram aos pesquisadores
confirmar a teoria de que a Lua se formou de um impacto com a Terra há bilhões
de anos.