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3 de nov. de 2011

10 disputas territoriais controversas



O mundo é dividido de várias formas: por mares, por terras, por culturas, por línguas, por religiões, etc.
No entanto, a divisão mais controversa de todas é a das fronteiras políticas. Elas existem há tanto tempo quanto as dinastias egípcias, e tais disputas moldaram a história até o que podemos ver hoje. Como resultado de sua longa história, as fronteiras estão sempre mudando. Algumas disputas acabam sendo pacificamente resolvidas, outras terminam em guerra, e algumas continuam até hoje, como essas 10 disputas de terra controversas listadas aqui:

1 – Abecásia e Ossétia do Sul


Reivindicações: Geórgia contra República da Abecásia e República da Ossétia do Sul
Abecásia e Ossétia do Sul são repúblicas separatistas da Geórgia no Cáucaso. Os dois pequenos territórios lutam pela independência da Geórgia desde 1920, mas ainda não conseguiram.
Como resultado da Revolução Russa em 1917, sob a União Soviética, a Abecásia e a Ossétia do Sul passaram a fazer parte da Geórgia como duas repúblicas autônomas. No entanto, elas declararam sua independência da União Soviética da Geórgia em 1923 e 1922, respectivamente, após as guerras na década de 1920.
Mais problemas começaram no início dos anos 90, durante o fim da União Soviética, quando a Geórgia declarou sua independência da URSS, e aprovou a sua constituição. Muitos acreditavam que a velha constituição eliminaria a autonomia das regiões, mas na verdade isso não aconteceu.
Os problemas acabaram por levar a guerras em 1992 e 2008. Depois da guerra de 2008, a Rússia reconheceu oficialmente os países como dois estados separados e individuais, e, juntamente com a Nicarágua, Venezuela, Nauru e Vanuatu, é um dos únicos países a reconhecer oficialmente os estados. A Organização das Nações Unidas (ONU), a União Europeia (UR) e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), no entanto, se recusam a reconhecer a Abecásia e a Ossétia do Sul como estados soberanos.

2 – Kosovo



Reivindicações: República da Sérvia contra República de Kosovo
Aqui temos uma outra disputa, mais famosa, em relação a terra que pertenceu a uma república socialista. Desta vez, porém, envolve a República Socialista Federativa da Iugoslávia.
A Iugoslávia tem uma história longa e interessante, mas falaremos do declínio do Estado socialista na década de 1990. Durante seu desaparecimento, 5 novos estados foram formados: Bósnia e Herzegovina, Croácia, Macedônia, Eslovênia e República Federal da Jugoslávia (Iugoslávia). A Iugoslávia também continha a região autônoma de Kosovo.
Uma guerra irrompeu em 1998-99, quando o “Exército de Libertação do Kosovo” lutou pela independência contra a República Federal da Jugoslávia. A ONU ficou do lado de Kosovo, e ajudou com o bombardeio da Iugoslávia. Após a guerra, a Iugoslávia renunciou todas as reivindicações para Kosovo e a aceitou como uma região controlada da ONU.
A Iugoslávia então se dividiu em dois estados, Sérvia e Montenegro, em 2006. Kosovo, em seguida, declarou independência da Sérvia, em 17 de fevereiro de 2008, com sua capital em Pristina.
Kosovo é reconhecida oficialmente por 80 países membros da ONU, além de Taiwan. É um membro do FMI e do Banco Mundial, no entanto, ainda é, tecnicamente, um estado parcialmente reconhecido.

3 – Saara Ocidental


Reivindicações: Reino do Marrocos contra República Árabe Saaráui Democrática
Passemos agora da Europa para o disputado território africano do Saara Ocidental, fronteira com Marrocos, Argélia e Mauritânia. É um dos territórios mais escassamente povoados do mundo, que consiste principalmente de planícies desérticas. A população é estimada em pouco mais de 500.000, muitos dos quais vivem em uma cidade.
Segundo a ONU, é um território não descolonizado na “Lista de territórios não autônomos”. Originalmente pertencente ao império espanhol, e é agora reivindicado por Marrocos e pela República Árabe Saaráui Democrática (RASD), após os Acordos de Madrid, em 1975, quando a Espanha concordou em acabar com a sua presença na área.
A RASD controla de 20 a 25% do território, com o Marrocos controlando o resto. 58 Estados reconhecem oficialmente a RASD como o governo do Saara Ocidental, 22 retiraram o seu reconhecimento e 12 esperam um referendo da ONU.
A Liga Árabe é o único suporte do Marrocos para reivindicar o território. A RASD aderiu à União Africana em 1984, levando à retirada de Marrocos, tornando-o a única nação africana fora da União. Até hoje, a ONU não reconhece o Saara Ocidental como um Estado soberano governado pela RASD.

4 – Gibraltar


Reivindicações: Reino da Espanha contra Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
O território de Gibraltar foi disputado durante anos devido à sua posição ideal sobre o estreito de Gibraltar. O estreito fornece acesso ao Mediterrâneo e ao Suez, e é de grande importância para o transporte e comércio internacional.
O controle militar do estreito atualmente encontra-se com o Reino Unido e Marrocos, ainda que a Espanha tenha importantes bases militares por perto. Esta decisão foi tomada pela OTAN, talvez por causa do relacionamento especial entre os EUA e o Reino Unido, e o estatuto de Gibraltar como um “território britânico ultramarino”.
Uma força anglo-holandesa tomou originalmente o Gibraltar em 1704, durante a Guerra da Sucessão Espanhola. O território posteriormente foi cedido à Grã-Bretanha pela Espanha sob o Tratado de Utrecht em 1713. Desde que o território foi entregue, os espanhóis tentaram três vezes recapturar a cidade através de cercos, mas nenhuma tentativa foi bem sucedida.
O país passou a deter uma reivindicação ao território, embora este ainda permaneça britânico. Referendos foram realizados em 1967 e 2002 para retornar Gibraltar para a Espanha, mas 99% da população votou por continuar a ser um território britânico em ambas as ocasiões.
Não há grandes tensões a entre a Espanha e o Reino Unido sobre a reivindicação, mas a situação continua a ser interessante para a política, já que a Espanha não mostra sinais de abandono da alegação de território.

5 – Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul


Reivindicações: República Argentina contra Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
Intimamente ligado a disputa das Ilhas Malvinas (veja abaixo), essas ilhas também têm sido o foco da divergência entre a Argentina e o Reino Unido desde que os pioneiros navegaram a área no século 18.
O Reino Unido reclamou soberania sobre a Geórgia do Sul em 1775, após uma viagem de James Cook, e as Ilhas Sandwich do Sul, em 1908. Em 1908, o Reino Unido anexou tanto a Geórgia do Sul quanto as Ilhas Sandwich do Sul.
A reclamação argentina surgiu quando uma empresa de caça argentina registrada estabeleceu operações na Geórgia do Sul, em 1904. Em 1906, a empresa assinou um contrato de arrendamento com o governo das Ilhas Malvinas, e, após a anexação de 1908, a empresa passou a usar licenças britânicas e começou a olhar para as Ilhas Sandwich do Sul para expansão.
Após as reivindicações da Argentina, o Reino Unido repetidamente (em 1947, 1951, 1953 e 1954) se ofereceu para levar a questão ao Tribunal Internacional de Justiça em Haia, mas a Argentina rejeitou. As ilhas brevemente ficaram sob controle da Argentina durante a Guerra das Malvinas de 1982, mas foram devolvidas ao Reino Unido após a guerra.
Em 1985, a Geórgia do Sul e as Ilhas Sandwich do Sul deixaram de ser dependências Malvinas e se tornaram um território britânico ultramarino separado. A Argentina continua a reclamar soberania sobre Geórgia do Sul e as Ilhas Sandwich do Sul, sendo o desenvolvimento mais recente em 2010 quando o presidente venezuelano Hugo Chávez instou a rainha Elizabeth II a dar as Malvinas e a Geórgia do Sul à Argentina.

6 – Tibete


Reivindicações: Administração Central Tibetana contra República Popular da China
A soberania do Tibete é uma situação controversa e complexa, que vem desde a Dinastia Yuan do século 13.
A República Popular da China acredita que o Tibete é uma parte indivisível da China, por lei, desde a Dinastia Yuan. Mapas antigos também apoiam esta alegação, assim como muitos outros países. Portanto, o Tibete é amplamente aceito como uma região autônoma da China.
Os EUA, Reino Unido, UE e França aceitam publicamente o Tibete como parte da China, juntamente com muitos outros países. No entanto, o Reino Unido só recentemente esclareceu a sua posição dizendo: “Como qualquer outro estado membro da UE, e os Estados Unidos, nós consideramos o Tibete como parte da República Popular da China”. Até este anúncio, o Reino Unido era o único país a não reconhecer o controle do Tibete pela China.
A confusão resultou na invasão chinesa do Tibete em 1950, quando o novo governo comunista começou a “Libertação de todos os territórios chineses”. Antes da invasão, o Governo do Tibete governava a área, apesar de ser considerado um território chinês. Após a guerra, a República Popular da China incorporou o Tibete à China com um acordo de 17 pontos com o Dalai Lama.
Este acordo fez do Tibete uma região autônoma sob o controle chinês. No entanto, diz-se que os delegados tibetanos foram forçados a assinar o acordo (rendição sob coação). O mundo, porém, ficou relutante em ajudar o Tibete, já que acreditava-se que a região e a China fossem encontrar uma solução pacífica com a ajuda da Índia.
Desde a guerra, tem havido muitas tentativas do Tibete se rebelar contra a República Popular da China, mas sem sucesso. Mesmo com financiamento da CIA, o movimento de resistência não conseguiu retomar o controle do Tibete. A Administração Central Tibetana permanece em exílio na Índia, governada pelo Dalai Lama, e não há sinal de independência.

7 – Chipre


Reivindicações: República de Chipre contra República Turca de Chipre do Norte
Durante séculos, houve questões políticas e guerras entre a Grécia e a Turquia, e essa disputa não é diferente.
Os turcos otomanos tomaram a ilha de Chipre em 1571, mas permitiram que a cultura grega permanecesse. A ilha foi depois arrendada para o Reino Unido em 1878, que então oficialmente anexou Chipre, quando o Império Otomano entrou na Primeira Guerra Mundial do lado alemão.
O tratado de Lausanne de 1923 finalmente terminou quaisquer reclamações turcas sobre a ilha. As tensões maiores eram no alto da ilha, onde ambos cipriotas gregos e turcos viviam em estreita proximidade. Como resultado, os britânicos se agarraram à ilha mais do que qualquer outra de suas outras colônias, para tentar manter a paz.
Em 1954, um grupo de resistência grega de Chipre, o EOKA, foi criado para tentar unificar o Chipre e a Grécia. Eles lançaram ataques contra os britânicos e os turcos, enquanto lutavam pela independência. Isto resultou em um grupo de resistência turco, levando a batalhas em toda a ilha.
Os britânicos se mantiveram na ilha até 1960, quando a República de Chipre declarou a independência. Mesmo assim, a luta entre os cipriotas gregos e turcos continuou a ser uma ocorrência diária, tanto que o Reino Unido, a Grécia e a Turquia pediram uma força da OTAN para manter a paz.
Em 1974, a Junta Militar grega apoiou um golpe de Estado organizado pela EOKA para derrubar o atual líder, Makarios, e assumir o controle da ilha. Eles foram bem sucedidos e Makarios só sobreviveu depois de escapar da ilha em um avião de caça britânico.
A Turquia lançou uma invasão aérea e marítima da ilha em julho, em resposta ao golpe grego. A Turquia alegou que a sua intervenção foi justificada nos termos do artigo 2º do Tratado de Garantia, que insta a Grécia, a Turquia e a Grã-Bretanha a garantir a independência da ilha.
Em agosto de 1974, o governo instituído pelo golpe de Estado tinha desmoronado, juntamente com a Junta Militar grega. Makarios retomou o controle de Chipre, e o governo grego antigo reassumiu o controle da Grécia. Os turcos detiveram 37% mais do norte da ilha e configuraram o Estado como República Turca de Chipre do Norte. Como resultado da partição, a OTAN enviou uma força de paz para controlar a situação, mas a paz não foi restaurada. Apenas a Turquia reconhece a República Turca de Chipre do Norte como um Estado, e não há sinais de reunificação da ilha.

8 – Malvinas


Reivindicações: República Argentina contra o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
Muito estreitamente ligada à Geórgia do Sul, mas de maior importância, as Ilhas Malvinas têm sido a principal causa de debate entre o Reino Unido e a Argentina. A pretensão britânica de soberania data de 1690, e de fato o Reino Unido tem exercido a soberania sobre a ilha quase constantemente desde 1833.
A Argentina tem disputado esta reivindicação, tendo estado no controle das ilhas por um breve período antes de 1833. A ilha originalmente pertencia à França, e o controle mudou continuamente entre Espanha, Inglaterra e Argentina até 1833, quando o Reino Unido alegou soberania e ordenou que os argentinos saíssem.
As ilhas, em seguida, permaneceram sob controle britânico até 1982, quando a Argentina as invadiu (juntamente com Geórgia do Sul) e a Guerra das Malvinas começou.
O desejo argentino de controlar as ilhas surgiu pela primeira vez após a Segunda Guerra Mundial, durante o declínio das colônias britânicas. Eles levantaram a questão da soberania com a ONU, que aconselhou as duas nações a negociarem pacificamente, o que elas fizeram por 17 anos, até 1981.
As relações foram positivas durante este período, com o petróleo fornecido para a ilha pelos argentinos, e uma pista construída no Stanley pelos britânicos para as companhias aéreas da Argentina. No entanto, as negociações sobre a soberania estavam em um beco sem saída, com os ilhéus determinados a continuarem a ser uma colônia britânica.
A guerra foi evitada por pouco em 1977, quando o fornecimento de petróleo foi cortado para o aeroporto Stanley. No entanto, finalmente começou em 1982. A Argentina estava no meio de uma devastadora crise econômica e agitação civil, e, em 2 de abril, uma força invadiu as ilhas.
O Reino Unido imediatamente montou uma força-tarefa para voltar a tomar as ilhas, apoiada pela maioria do mundo. Os EUA levaram as resoluções da ONU que condenavam a Argentina e, secretamente, ajudaram o Reino Unido com mísseis. A França deu valiosas informações sobre os jatos franceses utilizados pela Força Aérea Argentina, e treinou pilotos para combatê-los. A Nova Zelândia enviou navios. Muitos outros países apoiaram o Reino Unido, tanto que a Columbia era o único apoio que a Argentina tinha.
As ilhas foram recapturadas pelo Reino Unido em 20 de junho, e a guerra acabou. Foi uma pequena guerra com grande participação internacional. As ilhas continuam sob controle britânico, mas a Argentina não mostra nenhum sinal de renunciar a sua reivindicação.

9 – Taiwan


Reivindicações: República Popular da China contra República da China (Taiwan)
Os dois países têm nomes semelhantes, mas a República da China (vulgarmente designada Taiwan) declarou independência da República Popular da China.
Ao contrário do Tibete, no entanto, o Taiwan tem algum apoio internacional para sua reivindicação de independência. Muitos sugerem que ele deve ser renomeado República de Taiwan, para cortar as ligações com a China e forçar o reconhecimento internacional.
Para colocar a complexa história de uma forma simples, antes da Segunda Guerra Mundial, o Taiwan pertencia ao Japão, e
República da China era o nome coletivo para a China continental. Então, após a Segunda Guerra Mundial, o Taiwan foi entregue a República da China pelo Japão, mas por causa da guerra civil na China continental entre a República Popular da China comunista e República da China, não ficou claro a quem pertencia o Taiwan.

A República Popular da China assumiu o controle da China continental, mas a ilha de Taiwan manteve o nome de República da China, como um estado separado, declarando independência da República Popular da China.
Os EUA são um dos principais aliados de Taiwan, fornecendo-lhes armas e aeronaves e reconhecendo-o como um estado separado da República Popular da China. A China afirma que o governo de Taiwan é ilegítimo e se recusa a reconhecer o seu apelo para a independência.
No entanto, o Taiwan, com sua própria constituição, presidente independente eleito, e grande exército, se vê como um estado independente e soberano. A República Popular da China se recusa a ter relações diplomáticas com qualquer nação que reconheça o Taiwan. Como resultado, há apenas 23 estados que têm relações diplomáticas oficiais com o Taiwan.
Na prática, a maioria dos países da República da China o vê como um estado independente e, como tal, mantém relações oficiais com ele. O Taiwan continua a ser, até hoje, um estado parcialmente reconhecido, embora relações não oficiais existam entre ele e a maioria dos países, em grande parte devido à recusa da China de ter relações com qualquer Estado que oficialmente aceite o Taiwan.

10 – Palestina


Reivindicações: Estado da Palestina contra Estado de Israel
O conflito palestino-israelense é, de longe, a disputa com mais história: milhares de anos de uma “guerra” baseada em religião. Os judeus e os árabes lutaram por gerações sobre a terra da Palestina, e cada um acredita que têm o direito de viver ali. Mas não vamos entrar nesse quesito, por razões óbvias.
Esquecendo quem estava lá em primeiro lugar, o conflito começou após a Segunda Guerra Mundial e o genocídio cometido contra os judeus pelos nazistas.
Quando os judeus foram libertados, eles precisavam de um lugar para viver e, naturalmente, se reuniram em massa na Palestina, onde alguns judeus já estavam vivendo, mas com uma população majoritariamente árabe.
O mandato britânico da Palestina lutou com os judeus para restabelecer a paz para a região, e tentar encontrar uma solução que permitisse que as duas religiões vivessem em harmonia.
No entanto, o mandato falhou e se retirou em 1947. A ONU interveio para restaurar a paz com o Plano de Partilha de 1947, que apelou para a criação de dois estados separados – um árabe e um judeu.
Jerusalém seria uma cidade internacional, controlada pela ONU, pertencente a nenhum Estado. Os judeus aceitaram o plano, mas os árabes se recusaram a concordar. Em 14 de maio de 1948, os judeus proclamaram a independência, criando o estado de Israel. No dia seguinte, os exércitos do Egito, Síria, Líbano e Irã atacaram Israel, lançando a Guerra Árabe-Israelense de 1948.
Após um ano de combates, um cessar-fogo foi declarado e fronteiras temporárias foram estabelecidas. A Jordânia anexou o que ficou conhecido como a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, e o Egito assumiu o controle da Faixa de Gaza.
Mais problemas surgiram em 1956, durante a Crise de Suez, quando, com a ajuda da França e da Grã-Bretanha, Israel invadiu a Península do Sinai. A ONU ordenou-lhes que se retirassem e eles se retiraram.
Em 1966, as relações árabe-israelenses tinham se deteriorado, o que levou à guerra dos Seis Dias, em 1967. Depois da guerra, Israel teve sucesso em capturar a península do Sinai e a Faixa de Gaza do Egito, Cisjordânia e Jerusalém Oriental da Jordânia e as Colinas de Golã da Síria.
Seis anos mais tarde, a guerra do Yom Kippur eclodiu e as relações permaneceram ruins até os anos 90. O Estado da Palestina foi declarado pela Organização de Libertação da Palestina (OLP) em 1988, mas essa não exerce nenhum controle sobre os territórios da Palestina. Desde então, a OLP faz campanha para o reconhecimento do Estado, através das fronteiras de 1967.
Atualmente, a Liga Árabe e a grande maioria da América do Sul, África e Ásia reconhece o Estado palestino. Sem surpresa, os europeus e estados norte-americanos ainda não reconheceram a Palestina. A ONU já planejava votar em algum momento de 2011 sobre a situação do Estado da Palestina. Agora é esperar pra ver.


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