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14 de nov. de 2011

7 terríveis mulheres nazistas da história


As mulheres nazistas eram geralmente de classe média baixa e não tinham experiência de trabalho. Voluntários eram recrutados para por anúncios em jornais alemães, que pediam às mulheres para mostrar o seu amor pelo  Reich e se juntar ao SS-Gefolge. 

Elas mantinham títulos posicionais semelhantes aos nazistas do sexo masculino. Os papéis eram específicos, conforme as ordens de Hitler. Outras mulheres apoiavam os seus maridos que eram comandantes e ministros em suas políticas anti-semitas. Aqui está uma lista de 10 terríveis mulheres nazistas.



 07- Maria Mandel


Maria Mandel (10 de janeiro de 1912, Münzkirchen – 24 de janeiro de 1948, Cracóvia) foi uma notória guarda feminina de alta patente da SS nazista, servindo nos do campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, responsável direta pela morte de cerca de 500.000 mulheres judias, ciganas e prisioneiras políticas.

Nascida na Áustria, começou a carreira de guarda de prisão em Lichtenburg, um dos primeiros campos alemães na Saxônia, em 1938, junto a outras cinqüenta mulheres. Em 1939, junto com outros guardas e prisioneiros, foi transferida para o recém-construído campo de Ravensbrück, próximo a Berlim. Seu trabalho rapidamente impressionou seus superiores, que a promoveram a SS-Oberaufseherin (Supervisora Senior) em julho de 1942.

Em Ravensbrück, ela supervisionava as chamadas diárias de prisioneiros, as tarefas dos guardas comuns e prescrevia punições como chicotadas e espancamentos. Em 7 de outubro de 1942, Mandel foi transferida para o campo de Auschwitz, na Polônia, onde foi promovida a SS-Lagerführerin (Líder de Campo), um cargo de comando abaixo apenas do próprio comandante do campo, Rudolf Höß.

Lá ela controlou diretamente todos os campos e sub-campos femininos de Auschwitz e seu poder sobre as prisioneiras e suas subordinadas era absoluto. Maria teve simpatia por outra notória guarda feminina SS, Irma Grese, a quem promoveu a chefe do campo de judias húngaras em Auschwitz-Birkenau, anexo do complexo de extermínio de Auschwitz.

A besta de Auschwitz

De acordo com testemunhas, uma de suas crueldades preferidas era se colocar em frente ao portão de entrada de Birkenau, esperando para ver se algum prisioneiro se virava para olhá-la; quem o fizesse, era sumariamente executado.

Em Auschwitz, era conhecida como A Besta e pelos próximos dois anos se encarregou de selecionar prisioneiros para as câmaras de gás e outras atrocidades. Freqüentemente escolhia alguns prisioneiros para lhe servirem de mascotes, animais de estimação, mantendo-os fora das câmaras até se cansar deles e os enviar para a morte.

Também foi testemunhado sobre ela, seu especial prazer em selecionar as crianças que deveriam ser executadas; foi ela quem criou a famosa orquestra de Auschwitz, formadas por prisioneiros, que acompanhava as chamadas diárias, execuções, seleções e transportes; assinou ordens enviando um número estimado de 500 mil mulheres e crianças para as câmaras dos campos de Auschwitz I e II.

Em novembro de 1944, Maria Mandel foi enviada para o sub-campo de Mühldorf, no complexo de Dachau, onde ficou até maio de 1945, quando deixou o campo à aproximação dos Aliados e fugiu pelas montanhas do sul da Baviera para sua cidade natal de Münzkirchen, na Áustria.

 Julgamento

Ela foi presa em sua terra natal em 10 de agosto de 1945 pelos norte-americanos e após diversos interrogatórios, onde ficou constatado a sua inteligência e dedicação ao trabalho nos campos, foi devolvida à Polônia. Em novembro de 1947, após passar dois anos em custódia dos Aliados, foi julgada por crimes contra a humanidade numa corte de Cracóvia e sentenciada à morte. Foi enforcada em 24 de janeiro de 1948, aos 36 anos de idade.


06- Herta Oberheuser


Herta Oberheuser (15 de Maio de 1911, Colónia, Alemanha - 24 de Janeiro de 1978, Linz am Rhein, Alemanha) foi médica no campo de concentração de Ravensbrück, de 1940 até 1943.

Experiências Médicas

Ela trabalhou em Ravensbrück sob a supervisão do Dr. Karl Gebhardt, participando em experiências médicas (sulfanilamidas, regeneração de nervos e enxertos ósseos), realizado em 86 mulheres, 74 das quais eram prisioneiras políticas no campo. Oberheuser matou crianças saudáveis ​​com injeções de óleo e evipan, em seguida, retirava os seus membros e os órgãos vitais.

O tempo entre a injeção e a morte era entre três e cinco minutos, com a criança totalmente consciente até o último momento. Ela executou algumas das mais terríveis e dolorosas experiências médicas, com foco nas feridas deliberadamente infligidas. Para simular as feridas de combate dos soldados alemães que lutavam na guerra, Herta Oberheuser introduzia objetos estranhos, tais como farpas madeira, pregos enferrujados, lascas de vidro, sujeira, ou serragem nas feridas.

Julgamento de Nuremberg:

HertaOberheuser foi o única réu do sexo feminino no Julgamento dos Médicos de Nuremberg, onde foi condenada a 20 anos de prisão. Ela foi libertada em abril de 1952 por bom comportamento e tornou-se uma médica de família em Stocksee, Alemanha. Perdeu a sua posição em 1956, quando uma sobrevivente de Ravensbrück a reconheceu, e sua licença para praticar medicina, foi revogada em 1958.

5- Irma Ida Ilse Grese

Irma Ida Ilse Grese (Wrechen, 7 de outubro de 1923 — Hameln, 13 de dezembro de 1945) foi uma supervisora de prisioneiros nos campos de concentração de Auschwitz-Birkenau, Bergen-Belsen e Ravensbruck, durante a Segunda Guerra Mundial. Apelidada de "A Cadela de Belsen" pelos prisioneiros deste campo por seu comportamento sádico e perverso, foi uma das mais cruéis e notórias criminosas de guerra nazistas, executada na forca pelos Aliados ao fim do conflito.

Filha de um leiteiro filiado ao Partido dos Trabalhadores Alemães Nacional-Socialistas e de uma mãe suicida, Irma deixou a escola aos quinze anos de idade, devido ao pouco empenho aos estudos e a seus interesses fanáticos em participar da Bund Deutscher Mädel (Liga da Juventude Feminina Alemã), que seu pai não aprovava. Entre outras atividades, trabalhou dois anos num sanatório da SS e tentou, sem sucesso, se formar como enfermeira.

Em 1942, com 18 anos, se apresentou como voluntária para treinamento no campo de Ravensbruck, o que fez com que fosse expulsa de casa pelo pai, contrário a este trabalho. Entre 1943 e 1945, ela atuou em Auschwitz, Ravensbruck e Bergen-Belsen, três campos nazistas de extermínio, sendo presa em 15 de abril de 1945 pelos britânicos no último deles, junto a outros integrantes da SS.

Irma foi um dos principais réus no julgamento de criminosos de guerra de Belsen, realizado entre setembro e dezembro de 1945. Sobreviventes dos campos testemunharam contra ela, acusando-a de assassinatos e torturas. Sempre usando pesadas botas, chicote e um coldre com pistola, entre outros atos, Irma era conhecida por jogar cachorros em cima dos presos para devorá-los, assassinar internos a tiro a sangue-frio, torturas em crianças e surras sádicas com chicote até à morte. Em seu alojamento após a captura no campo, foram encontrados abajures com as cúpulas feitas de pele humana, de três prisioneiros judeus assassinados e escalpelados por ela.

Julgamento 

Condenada à forca - aos 22 anos a mais jovem condenada à morte sob leis britânicas no século XX - foi executada na prisão de Hameln, Alemanha, em 13 de dezembro de 1945 e suas últimas palavras ao carrasco foram: "Schnell!" (Rápido!).







4- Ilse Koch


Ilse Koch (Dresden, 22 de setembro de 1906 - Aichach, 1 de setembro de 1967) foi a esposa de Karl Otto Koch (1897–1945), comandante dos campos de extermínio de Buchenwald (1937-1941) e Majdanek (1941-1943).

Biografia

Ilse tornou-se sinistramente famosa por colecionar como sourvenires pedaços de peles tatuadas de prisioneiros dos campos. Histórias de sobreviventes contam que ela tinha cúpulas de abajures feitos de pele humana em seu quarto e era conhecida pelo apelido de 'A Cadela de Buchenwald', pelo caráter perverso e crueldade sádica com que tratava os prisioneiros deste campo.

Nascida em Dresden, na Alemanha, uma cidade-mártir da Segunda Guerra Mundial, e filha de um fazendeiro, ela era conhecida como uma criança educada e alegre no ensino primário. Aos 15 anos deixou a escola para trabalhar numa fábrica e depois numa livraria. Na época, a economia alemã ainda não tinha se recuperado da derrota da I Guerra Mundial e seu trabalho na livraria a fez começar a se interessar pela nascente ideologia nazista, o que a fez começar a ter relações ( inclusive íntimas) com integrantes locais das SA.

Em 1936, começou a trabalhar como guarda e secretária no campo de concentração de Sachsenhausen perto de Berlim, onde veio a conhecer o comandante Karl Koch, com quem se casaria. Em 1937, chegava a Buchenwald, não como guarda, mas como esposa do comandante. Influenciada por ele e por seu poder, Ilse começou a torturar e humilhar prisioneiros. Em 1940, construiu uma arena de esportes fechada, com o dinheiro de prisioneiros e seus parentes e no ano seguinte se tornaria supervisora senior da pequena guarda feminina que servia em Buchenwald.

Em 1941, Karl-Otto Koch foi transferida para o comando de Majdanek, onde serviria por dois anos. Em 1943, entretanto, eles foram presos pela Gestapo, acusados de desvio de dinheiro e de bens judeus coletados no campo, que por lei era propriedade do Reich. Ilse ficou presa até o começo de 1945 quando foi inocentada e solta, mas seu marido foi condenado à morte e executado em abril do mesmo ano. Ela então foi viver com os membros sobreviventes de sua família na cidade de Ludwigsburg onde foi presa pelos norte-americanos em 30 de junho de 1945.
  
Julgamento

Julgada por crimes de guerra, em 1947, e condenada à prisão perpétua, foi libertada após cumprir quatro anos sob a alegação de seus advogados que as evidências conseguidas não eram conclusivas.

Assim que foi libertada pelos norte-americanos, foi novamente presa desta vez pelos alemães e colocada novamente frente a uma corte de justiça, devido ao grande número de protestos pela decisão de soltura, sendo novamente condenada à prisão perpétua.

Ilse Koch cometeu suicídio se enforcando na prisão feminina de Aichach após escrever uma última carta a seu filho, em 1 de setembro de 1967 aos 60 anos de idade.


3- Juana Bormann


Juana Bormann (ou Johanna Bormann) (1903 –13 de dezembro de 1945, Hameln) foi uma guarda feminina de diversos campos de concentração nazistas durante a II Guerra Mundial, julgada e condenada como criminosa de guerra e executada em dezembro de 1945.

Juana começou a carreira de guarda no campo de Lichtenburg em 1938, como SS auxiliar ao lado de outras 49 mulheres, segundo ela, para “poder ganhar mais dinheiro”. Em 1939 foi selecionada pra supervisionar uma equipe de trabalho no novo campo de Ravensbruck, perto de Berlim e após três anos foi uma das poucas selecionadas para o serviço de guarda feminina em Auschwitz, na Polônia, em 1942.

De estatura baixa e muita crueldade, chamada pelos prisioneiros de “a mulher com os cachorros”, foi para Auschwitz como Aufseherin (auxiliar feminina) e suas supervisoras incluíam duas notórias integrantes da guarda feminina SS de campos de concentração, Maria Mandel e Irma Grese.

Em 1944, com o acúmulo de derrotas da Alemanha nazista e a invasão soviética no leste, Bormann – sem parentesco com o líder nazista Martin Bormann - foi transferida para um campo auxiliar na Silésia. Em janeiro de 1945 retornava a Ravensbruck e em março chegava a seu último posto, Bergen-Belsen, onde trabalhou sob as ordens de Josef Kramer, Irma Grese e Elisabeth Volkenrath, com os quais já tinha servido em Auschwitz.

Em 15 de abril de 1945 o exército britânico chegou ao campo, encontrando 10.000 cadáveres insepultos e 60.000 sobreviventes esqueléticos à beira da morte; os libertadores obrigaram todo o pessoal da SS a enterrar os corpos.

Julgamento 

Juana foi presa, interrogada pelos militares e processada no Julgamento de Belsen, realizados entre setembro e dezembro de 1945. Diversos sobreviventes testemunharam sobre os crimes cometidos por ela em Auschwitz e Belsen, algumas vezes soltando seu grande cão pastor alemão em cima de prisioneiros indefesos.

Foi considerada culpada de crimes contra a humanidade e enforcada (junto com Grese e Volkenrath ) em 13 de dezembro de 1946, na prisão de Hameln.
Seu carrasco escreveu tempos depois: “ela andou vacilante pelo corredor parecendo velha e encovada aos 42 anos de idade; estava trêmula, foi colocada no local do enforcamento e disse apenas: “Eu sinto””.


2- Ruth Closius-Neudeck


Ruth Closius-Neudeck (05 de julho de 1920 - 29 julho de 1948) foi uma supervisora SS em um complexo campo de extermínio de dezembro de 1944 até março de 1945.
Ruth Closius nasceu em Breslau, Alemanha (agora Wrocław, Polônia ). Mais tarde, ela se casou e era conhecida como Ruth Neudeck.

Campo de trabalho

Em julho de 1944, ela chegou ao campo de concentração de Ravensbrück para começar seu treinamento para ser uma guarda de campo. Neudeck logo começou a impressionar seus superiores com a sua brutalidade inflexível para com as mulheres presas, por isso ela foi promovida ao posto de Blockführerin (Overseer Barrack) no final de julho de 1944.

No campo de Ravensbrück, ela era conhecida como uma das piores guardas femininas. O ex-prisioneiro francês Geneviève de Gaulle-Anthonioz comentou depois da guerra que tinha visto Neudeck "cortar a garganta de um recluso com a ponta afiada da sua pá".  Em dezembro de 1944, ela foi promovida ao posto de Oberaufseherin e mudou-se para o complexo de extermínio Uckermark .  Lá, ela se envolveu na seleção e execução de mais de 5.000 mulheres e crianças.  Em março de 1945, Neudeck tornou-se chefe do subcamp Barth.

Julgamento

 

No final de abril de 1945, ela fugiu do acampamento, foi mais tarde capturada e colocado na prisão, enquanto o exército britânico investigou seus crimes. Em abril de 1948, ela foi acusada no terceiro Julgamento Ravensbrück , junto com outras mulheres SS. Aos 28 anos de idade a ex-supervisora SS confessou todas as acusações de assassinatos e maus-tratos em seu depoimento.
O tribunal britânico culpou-a de crimes de guerra. Ela foi executada por enforcamento em 29 de julho de 1948, com a idade de 28 anos.


1- Vera Salvequart


Vera Salvequart (26 de novembro de 1919 - 26 junho de 1947) foi uma  enfermeira no campo de concentração de Ravensbrück entre 1944 e 1945. Nascida na Checoslováquia em 1919, ela se mudou para a Alemanha algum tempo depois. Ela foi presa pela primeira vez em 1941 por ter um relacionamento com um judeu  e por se recusar a divulgar o seu paradeiro à Gestapo .

Ela ficou por 10 meses em uma prisão em um campo de concentração. Depois que foi solta, foi novamente presa em 1942,  por causa de um outro relacionamento com um judeu e ficou mais dois anos na prisão. Em 06 de dezembro de 1944, ela foi presa novamente sob a acusação de ajudar os cinco policiais detidos a escapar e foi então enviada para Ravensbrück, que havia se tornado um campo de extermínio para presos do sexo feminino nesse ponto da guerra.

Devido a uma escassez de pessoal da SS, freqüentemente eram usados prisioneiros alemães para supervisionar outros presos, e Vera estava entre os escolhidos para servir, provavelmente devido à sua formação pré-guerra como enfermeira. Ela serviu na ala médica do campo como enfermeira durante a sua estadia, e supervisionou a morte por gás de milhares de mulheres. O trabalho de Vera era preencher certificados de óbito e inspecionar os cadáveres que possuiam dentes de ouro, que eram mantidos para financiar o gasto com a guerra.

Em fevereiro de 1945, ela teria  assumido um papel mais ativo na matança. Ela começou a envenenar os doentes na ala médica para evitar o esforço de ter que transportá-los para a câmara de gás .Apesar de ex-prisioneiros testemunharem sobre esta crueldade, Vera só confessou durante o julgamento que era culpada de preencher certificados de óbito. 

Depois de ser libertada pela União Soviética em abril de 1945, Vera foi capturada, assim como os outros que tinham servido lá e detidos para julgamentos militares apelidado de Ravensbrück Trials .
Em sua própria defesa, ela alegou que agiu de uma forma benevolente para com os prisioneiros e descreveu como ela salvou algumas mulheres e crianças da morte, substituindo o seu número de identificação do campo com daqueles que já estavam mortos.

Ela alegou ter mantido um bebê escondido e  prisioneiros traziam comida e leite para ele. Como suspeita de traição, a SS ameaçou mandá-la para a câmara de gás. Foi quando vários prisioneiros que a apoiavam na ajuda que ela dava, a disfarçaram como uma prisioneira do sexo masculino; um disfarce que ela manteve até o fim da guerra em que vários prisioneiros foram libertados.

Execução

Salvequart fez um  apelo de clemência com base na acusação de participar de um esquema para roubar  um  foguete V2  que estava sendo produzido no campo antes de 1944 e esperava o momento certo para passar o esquema para os britânicos. Foi concedida uma prorrogação temporária, que foi levada em consideração, mas em 26 de junho 1947 ela foi enforcada (com 27 anos)  por seu papel no funcionamento do campo, e seu corpo foi sepultado com os outros corpos executados em Wehl Cemetery em Hameln.


Fonte -biglistasnet