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25 de nov. de 2011

Hepatite C



Conteúdo exclusivo para o iG no Brasil e usado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos

Definição

A hepatite C é uma doença viral que leva ao inchaço (inflamação) do fígado.

Nomes alternativos

Hepatite não A não B

Causas, incidência e fatores de risco


   
Foto: ADAM
Hepatite C
A infecção por hepatite C é causada pelo vírus HCV. Pessoas que podem estar em risco de contrair hepatite C são aquelas que:
  • Estiveram em diálise renal por longo tempo
  • Têm contato regular com sangue no trabalho (por exemplo, profissionais da área de saúde)
  • Têm contato sexual sem proteção com uma pessoa que tem hepatite C (isso é menos comum, mas o risco aumenta para aqueles que têm vários parceiros sexuais, já têm doença sexualmente transmissível ou estão infectados com HIV)
  • Injetam drogas ilícitas ou compartilham uma agulha com alguém que tem hepatite C
  • Receberam transfusão de sangue antes de julho de 1992
  • Fizeram uma tatuagem ou acupuntura com instrumentos contaminados (o risco é muito baixo em estabelecimentos comerciais licenciados)
  • Receberam sangue, derivados do sangue ou órgãos sólidos de um doador que tem hepatite C
  • Compartilham itens pessoais, como escovas de dente e barbeadores com alguém que tem hepatite C (menos comum)
  • Nasceram de uma mãe infectada com hepatite C (isso é menos comum do que com hepatite B)
A hepatite C tem formas aguda e crônica. A maioria das pessoas que está infectada com o vírus desenvolve hepatite C crônica.
Outras infecções com o vírus da hepatite incluem hepatite A e hepatite B. Cada infecção é causada por um vírus diferente.

Sintomas

Várias pessoas infectadas com hepatite C não têm sintomas.

Foto: ADAM
Sistema digestivo
Se a infecção esteve presente por vários anos, o fígado pode estar permanentemente cicatrizado, uma condição chamada cirrose. Em muitos casos, pode não haver sintomas da doença até a cirrose ter se desenvolvido.
Os seguintes sintomas podem ocorrer com a infecção por hepatite C:
  • Dor abdominal (quadrante superior direito do abdome)
  • Ascite
  • Varizes sangrentas (veias dilatadas no esôfago)
  • Urina escura
  • Fadiga
  • Prurido generalizado
  • Icterícia
  • Perda de apetite
  • Febre baixa
  • Náusea
  • Fezes pálidas ou com cor de argila
  • Vômitos

Exames e testes

Os seguintes testes são feitos para ajudar a diagnosticar a hepatite C:
  • Teste ELISA para detectar anticorpos de hepatite C
  • Genótipo da hepatite C. Existem seis genótipos. A maioria dos americanos tem infecção pelo genótipo 1, que é o mais difícil de tratar.
  • Testes RNA para hepatite C para determinar os níveis do vírus (chamado carga viral)
Os seguintes testes são feitos para identificar e monitorar lesões no fígado pela hepatite C:
  • Exames de função hepática
  • Nível de albumina
  • Tempo de protrombina
Uma biópsia pode mostrar o quanto o fígado foi danificado.

Tratamento

Não há cura para a hepatite C, mas os medicamentos em alguns casos podem suprimir o vírus por um longo tempo.
Alguns pacientes com hepatite C se beneficiam do tratamento com medicamentos. Os medicamentos mais comuns são uma combinação de interferon alfa e ribavirina, um medicamento antiviral.
  • A maioria dos pacientes recebe injeções subcutâneas semanais de interferon peguilado alfa.
  • A ribavirina apresenta-se como uma cápsula tomada duas vezes por dia. O principal efeito colateral é a quantidade baixa de glóbulos vermelhos (anemia). O ribavirina também causa defeitos de nascença. Mulheres devem evitar a gravidez durante o tratamento e por 6 meses após seu término.
  • O tratamento é ministrado por 24 a 48 semanas.
Esses medicamentos têm vários efeitos colaterais, inclusive:
  • Depressão
  • Fadiga
  • Febre
  • Sintomas semelhantes aos da gripe
  • Dor de cabeça
  • Irritabilidade
  • Perda de apetite
  • Baixa quantidade de glóbulos brancos e plaquetas
  • Náusea
  • Afinamento dos cabelos
  • Vômitos
Pacientes que desenvolvem cirrose ou câncer de fígado podem ser candidatos a um transplante de fígado.
Pessoas com hepatite C também devem:
  • Ter cuidado para não tomar vitaminas, suplementos nutricionais ou medicamentos novos vendidos sem receita sem antes discutir isso com o seu médico
  • Evitar qualquer substância que seja tóxica para o fígado (hepatotóxica), inclusive álcool. Mesmo quantidades moderadas de álcool aceleram o progresso da hepatite C; o álcool também reduz a eficiência do tratamento
  • Tome vacina contra hepatite A e B

Grupos de apoio

Pode-se aliviar o estresse da doença participando de grupos de apoio de pessoas que compartilham experiências e problemas em comum.

Evolução (prognóstico)

A maioria das pessoas com infecção por hepatite C tem a forma crônica.
Em pessoas que são tratadas com medicamentos, uma "resposta prolongada" significa que o paciente está livre do vírus da hepatite C 6 meses após a interrupção do tratamento. Isso não significa que o paciente está curado, mas que os níveis de vírus de hepatite C ativo no corpo estão muito baixos e provavelmente não estão causando mais ou tantos danos.
Pacientes com genótipos 2 ou 3 têm três vezes mais probabilidade de responder ao tratamento do que pacientes com genótipo 1.
A hepatite C é uma das causas mais comuns de doença hepática crônica nos Estados Unidos atualmente.
Pessoas com essa condição podem ter:
  • Cirrose
  • Câncer de fígado (pode se desenvolver em um número pequeno de pessoas com cirrose hepática)
A hepatite C geralmente volta após um transplante de fígado, que pode levar à cirrose do novo fígado.

Ligando para seu médico

Ligue para seu médico se:
  • Desenvolver sintomas de hepatite
  • Acreditar que foi exposto ao vírus da hepatite C

Prevenção

Evitar contato com sangue ou derivados do sangue sempre que possível. Profissionais da área de saúde devem seguir precauções quando lidarem com sangue e líquidos corporais.
Não use drogas ilícitas injetáveis e, especialmente, não compartilhe agulhas com ninguém. Seja cuidadoso quando fizer tatuagens e piercings.
A transmissão sexual é baixa entre casais monogâmicos estáveis. Seu parceiro deve passar por exames para hepatite C. Se os resultados forem negativos, as recomendações atuais são para não fazer nenhuma mudança nas práticas sexuais.
Pessoas que fazem sexo fora de uma relação monogâmica devem ter comportamentos sexuais mais seguros para evitar hepatite C, assim como doenças transmitidas sexualmente, inclusive HIV e hepatite B.
Atualmente não existe vacina contra a hepatite C.

Referências

Ghany MG, Strader DB, Thomas DL, Seeff LB. American Association for the Study of Liver Diseases. Diagnosis, management, and treatment of hepatitis C: an update. Hepatology. 2009;49:1335-1374.
Jou JH, Muir AJ. In the clinic. Hepatitis C. Ann Intern Med. 2008;148:ITC6-1-ITC6-16.intestino delgado e o intestino grosso.
O'Leary JG, Davis GL. Hepatitis C. In: Feldman M, Friedman LS, Brandt LJ, eds. Sleisenger and Fordtran's Gastrointestinal and Liver Disease. 9th ed. Philadelphia, Pa: Saunders Elsevier; 2010:chap 79.
Atualizado em 23/11/2010, por: David C. Dugdale, III, MD, Professor of Medicine, Division of General Medicine, Department of Medicine, Unviersity of Washington School of Medicine; and George F. Longstreth, MD, Department of Gastroenterology, Kaiser Permanente Medical Care Program, San Diego, California. Also reviewed by David Zieve, MD, MHA, Medical Director, A.D.A.M., Inc.


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Alicate de unha e equipamentos perfurantes podem causar Hepatite C. 

(VERDADE)


O hepatologista José Eduardo Trevizoli, que cuida de portadores de Hepatite C no Hospital de Base do DF, esclarece que grande parte da população infectada com a doença há mais de 10 anos contraiu o vírus numa transfusão de sangue ou recebendo um produto derivado de sangue, ou compartilhando agulhas com usuários de droga intravenosos que eram infectados com hepatite C. Porém, de 15% a 20% dos casos de infectados são de causas desconhecidas. É possível que esse grupo tenha se contaminado ao compartilhar equipamentos perfurantes, como alicates de unha, aparelhos de barbear, pinças, entre outros. Segundo Trevizoli, a contaminação ocorre pelo contato com o sangue: se uma pessoa infectada usa esse tipo de equipamento e se fere, o vírus fica em contato com a superfície do aparelho. Uma pessoa não contaminada usa o mesmo equipamento, também se fere e se contamina com o vírus.

Homens não sofrem de câncer de mama. (MITO)


É raro, mas os homens também podem sofrer de câncer de mama. O mastologista Sérgio Zerbini, do Hospital de Base do DF, diz que apenas 1% dos casos de tumores nas mamas afetam os homens. ''Em cada grupo de 100 pessoas com esse tipo de tumor, 99 são mulheres e um é homem''. Segundo ele, essa doença afeta principalmente os que usam hormônios para crescer as mamas ou testosterona para ganhar massa muscular. O câncer de mama é mais comum nos homens acima dos 60 anos. Assim como a mulher, o homem deve examinar as mamas periodicamente. Se notar algum sinal ou nódulo, deve procurar um médico.

Água de coco é um santo remédio. (MITO)


Apesar de ser indicada para pessoas desidratadas, ela também apresenta contra-indicações. Deve ser usada com moderação por hipertensos porque tem muito sódio. Diabéticos também precisam ficar atentos devido à quantidade de carboidratos. Segundo a endocrinologista Rosemary Marlière Létti, 250 mililitros (copa grande) de água de coco apresenta 10 gramas de carboidratos e 60 miligramas de sódio.

O espinafre é uma das melhores fontes de ferro para o organismo humano. 

 (MITO)


Especialistas em nutrição afirmam: Popeye estava redondamente enganado. Espinafre não é rico em ferro. Apesar de cada 100g dessa verdura conter 3,8mg do nutriente, o ferro do espinafre é considerado um ferro-não-disponível para a absorção do organismo humano. Isso acontece porque o espinafre contém uma substância conhecida por ácido fítico - que impede o corpo de aproveitar o ferro ingerido. Portanto, se quiser aumentar a ingestão diária de ferro nas refeições, dê preferência ao consumo de outras folhas verdes, como alface, agrião e couve, feijão ou de carnes em geral. ''O agrião, por exemplo, é muito rico em ferro. Cada 100g desse alimento possui 2,60mg do mineral'', afirma a nutricionista da Gerência de Nutrição da SS/DF, Maria José Tancredi. O consumo de vitamina C nas refeições em que fontes de ferro são ingeridas facilita a absorção do mineral pelo organismo humano.

Alimentos integrais, como arroz e pão, têm menos calorias que os normais. 

(MITO)


Esse é um dos principais pecados das pessoas que querem emagrecer e apelam para os alimentos de grãos integrais. Rosemary Marlière Létti, especialista em obesidade, explica que eles são mais saudáveis por serem ricos em fibras, mas quem está de dieta deve consumir esses alimentos com moderação. Exemplo: uma fatia de pão de forma comum possui 74 calorias, e o integral, 100 calorias.

Um copo de bebida alcoólica ajuda a combater a ressaca. 

(MITO)


Esse é o pior remédio para combater os efeitos da bebedeira da noite anterior. Como o álcool retira água das células, beber um copo de bebida alcoólica só vai agravar o mal-estar. O gastroenterologista Flávio Ejima ensina que a ressaca deve ser combatida com o consumo de líquidos (água e sucos) em grande quantidade e alimentos leves. Os líquidos são importantes para eliminar a desidratação. Comer também alivia a ressaca. A comida é fundamental para repor os sais perdidos durante a embriaguez, principalmente depois dos freqüentes enjôos e vômitos do dia após o porre.

O estresse é sempre ruim. 

 (MITO)


O estresse atua como fator de crescimento pessoal e de proteção. O ser humano tem necessidade de angústia para chegar ao crescimento. Quem não sofre qualquer pressão para crescer na vida, provavelmente irá produzir menos.''O estresse pode ser motivacional'', atesta o presidente da Associação de Psiquiatria de Brasília, Antônio Geraldo. Um nível baixo de estresse é necessário também para que a pessoa saiba se safar em situações de perigo e risco. Especialistas explicam que o estresse é ruim quando ultrapassa o nível de bem-estar humano. A pessoa passa a se sentir cansada, irritada, impaciente e pode passar a apresentar sintomas físicos como gastrite, constipação intestinal ou dores variadas.

Leite combate gastrite. 

 (MITO)


Uma antiga prática médica que foi derrubada pelos avanços da medicina. Segundo Flávio Ejima, a ingestão de leite foi usada por vários anos como tratamento de doenças pépticas, mas não deve ser ingerido como medicamento. O leite aumenta a secreção ácida devido ao seu alto teor de cálcio. O tratamento de gastrite deve ser realizado com medicações depois de avaliação médica.

Margarina é melhor do que manteiga. (MITO)


A manteiga, por ser derivada do leite de vaca, é considerada uma fonte muito rica de gorduras saturadas - que foram consideradas componentes que contribuem para o surgimento de doenças cardiovasculares. A indústria, então, começou a modificar a composição química e estrutural das gorduras, por meio da hidrogenação das moléculas do óleo vegetal. Assim, chegaram à margarina, que tem consistência semelhante à da manteiga. Anos mais tarde, no entanto, pesquisas revelaram que as modificações feitas no ácidos graxos (conhecidas por cis-trans) também estão associadas às doenças cardiovasculares. ''O ácido graxo modificado tem comportamento metabólico semelhante ao das gorduras saturadas'', explica a professora titular de Nutrição da Universidade de Brasília (UnB). Portanto, margarina não baixa colesterol. ''O importante é diminuir a quantidade de ambas nas refeições.''

Fonte: Site do Correio Brasiliense



História do vírus da hepatite C no Brasil ganha mapa

Cristiane Albuquerque
Agência Fiocruz de Notícias

Atualmente, cerca de 170 milhões de pessoas no mundo estão infectadas pelo vírus da hepatite C, 2 milhões delas no Brasil. Contudo, pouco se sabe sobre a história do vírus no país. Um estudo desenvolvido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) acaba de lançar luz sobre o tema, gerando um mapa inédito que permite entender a dinâmica e a trajetória dos genótipos mais prevalentes da hepatite C no Brasil – os subtipos 1a, 1b e 3c. A pesquisa aponta para dados importantes sobre a epidemiologia do vírus, suas diferenças e semelhanças em relação aos que circulam em outros países e mesmo no Brasil.

Comparando genomas

A pesquisa, realizada por meio de colaboração entre os laboratórios de Hepatites Virais e de Aids e Imunologia Molecular do IOC, é baseada na análise comparativa das sequências nucleotídicas do vírus da hepatite C (HCV) de amostras brasileiras com as de outros países. Foi usada como base de comparação parte da região NS5B do genoma do HCV. A região NS5B é responsável por codificar a RNA-polimerase dependente de RNA, enzima responsável pela síntese de novas fitas de RNA durante o processo replicativo do HCV. “A região NS5B é a mais utilizada em todo mundo para a classificação do HCV em subtipos, pois apresenta várias diferenças na seqüência nucleotídica permitindo a diferenciação precisa entre os vários subtipos, é a região com maior número de sequências depositadas no GenBank, ideal para estudos comparativos”, explica a chefe do Laboratório de Hepatites Virais, Elisabeth Lampe, que integra a equipe do estudo.

Foram analisadas sequências genéticas de 231 sequências de amostras de vírus da hepatite C isoladas no Rio de Janeiro e em Goiânia, entre 1995 e 2007. Os dados das sequências referentes às amostras brasileiras foram comparados, por meio de programas de computação específicos, com sequências genéticas de amostras do vírus que circulam em países da América do Norte, Europa e Ásia, disponíveis em bancos de dados internacionais.

Relógio molecular

Pesquisador do Laboratório de Aids e Imunologia Molecular do IOC, Gonzalo Bello explica que a origem da epidemia de hepatite C no país foi estimada utilizando como base a teoria do Relógio Molecular, que sugere que nos organismos em geral (inclusive os vírus) os genes estariam evoluindo em uma taxa constante ao longo do tempo. “Com base na Teoria do Relógio Molecular, é possível calcular em um período de tempo a taxa de evolução, determinando quando um grupo de vírus teria começado a se expandir em uma população”, descreveu o especialista.

Alinhado à teoria do Relógio Molecular, foi adotado o método de reconstrução da história evolutiva conhecido como bayesiano coalescente. “O método de reconstrução da história evolutiva utilizado baseia-se precisamente nas estimativas de uma taxa de evolução sobre a velocidade com que as sequências genéticas vão acumulando mutações ao longo do tempo. O método calcula quantas mutações há entre as sequências e, sabendo a velocidade com que essas mutações se acumulam, estima o período de tempo que essas sequências precisaram para evoluir e divergir uma da outra, a partir de um vírus ancestral comum”, completou o pesquisador.

“Nossos resultados indicam que os três principais subtipos de HCV provavelmente iniciaram a circular no país na segunda metade do século 20, coincidindo com a introdução de práticas de transfusão de sangue. A história epidêmica do HCV no Brasil é caracterizada por um longo período de expansão exponencial do numero de casos e, a partir de 1980-1995 observa-se uma redução das taxas de crescimento, coincidindo com a introdução de testes de exclusão em doadores de sangue, tais como níveis séricos elevados de alanina aminotransferase (ALT) e presença de anticorpos contra o vírus da hepatite B e da hepatite C” explicou Elisabeth Lampe. “Estes dados sugerem que a expansão da epidemia do HCV pode ter sido contida a partir das medidas de prevenção adotadas no Brasil, como a obrigatoriedade dos testes anti-HCV nos bancos de sangue, além das campanhas distribuição de seringas descartáveis entre usuários de drogas, que certamente também contribuíram para o declínio da expansão da epidemia da hepatite C”, completou a pesquisadora.

Dinâmica da dispersão do HCV no Brasil

A partir da análise, foi possível perceber que as características das linhagens brasileiras do vírus da hepatite C apresentam diferenças entre si quando comparadas com as que circulam em outros países. “Com base na análise, percebemos que o subtipo 1a da hepatite C que circula no Brasil forma um grupo independente em relação às sequências de outros países do mesmo subtipo. Já para os subtipos 1b e 3a, não parece haver uma separação tão clara das sequências brasileiras em relação às estrangeiras, pelo menos no que se refere ao segmento NS5B, que utilizamos como base de análise”, destacou Elisabeth Lampe.

Os resultados da pesquisa revelaram ainda variações importantes no padrão de transmissão do vírus entre os três subtipos considerados. A hepatite C é transmitida através de sangue contaminado, procedimentos médicos e uso de drogas injetáveis ilícitas. No passado, a transfusão de sangue era a principal forma a transmissão da doença, antes da utilização de testes de triagem para a detecção da infecção em doadores de sangue.

“A transmissão do subtipo 1a foi caracterizada pela difusão de grandes linhagens brasileiras com um intercâmbio de vírus entre diferentes regiões geográficas do país. A transmissão do subtipo 1b foi caracterizada pela introdução simultânea de múltiplas linhagens do vírus da hepatite C no país, com uma transmissão de vírus restrita entre as regiões do país e grupos de risco. Já a transmissão do subtipo 3a foi caracterizada pela difusão simultânea de múltiplas linhagens filogenéticas do vírus e a mistura aleatória por grupo de risco e local de amostragem”, apontou Gonzalo.

O estudo comprovou também que há certo grau de isolamento geográfico na dinâmica de disseminação entre as regiões Sudeste e Centro Oeste, principais fontes das amostras estudadas. “Verificamos que as transmissões são mais frequentes dentro de cada região do que entre as regiões”, pontuou o pesquisador.

“Esses dados são importantes para entender as características atuais da epidemia, detectar possíveis diferenças no potencial epidêmico dos diversos genótipos que circulam no país. Além disso, é importante estimar a história evolutiva da infecção da hepatite C para prever o futuro impacto da doença, principalmente das formas mais graves como a cirrose e o câncer hepático, já que o lapso entre a infecção pelo HCV e o desenvolvimento das complicações da hepatite C crônica é de várias décadas”, ressaltou Elisabeth. Para os pesquisadores é importante que a variabilidade genética seja verificada em outras regiões do genoma do vírus, a fim de estudar áreas relacionadas a mutações de resistência a novos medicamentos.

(Foto: Gutemberg Brito)



A hepatite C tem cura confirmada cientificamente

Acaba de ser publicado o resumo dos congressos e pesquisas sobre HIV e hepatite C de 2004. Veja o que eles falam na página 4 de seu relatório, uma bíblia indiscutível no meio científico. O editorial é de Ronald Baker, PhD, editor-chefe de HIV and Hepatites.com (supported by an educational grant from Roche Laboratories, Inc.). Com a colaboração e o suporte científico dos seguintes e renomados pesquisadores: Douglas Dieterich, MD; Peter Ferenci, MD; Thomas Shaw-Stiffel, MD; David Bernstein, MD, FACP, FACG; Jean-Michel Pawlotsky, MD, PhD; Brian A. Boyle, MD.
Introdução

O mundo aprendeu muito sobre o HIV. O tratamento da hepatite C também foi grandemente beneficiado pelo estudo do vírus do HIV, que está varrendo o planeta. A principal diferença é que as infecções pela hepatite C aconteceram entre 20 e 30 anos atrás, e somente estão sendo descobertas agora.
A expansão do HIV continua de forma alarmante. As estimativas indicam que aproximadamente 40 milhões de pessoas estão infectadas com o HIV, e que a infecção com a hepatite C seja cinco vezes superior nos Estados Unidos (1 milhão com HIV e cinco milhões com HCV).
A presente monografia é uma compilação dos mais recentes avanços da ciência no tratamento da hepatite C, que muito tomou emprestado do tratamento do HIV.
As duas doenças diferem totalmente, o HCV (vírus da hepatite C) é um flavivirus que não é integrado no genoma; assim, a infecção pelo vírus da hepatite C é curável.
Esta é a tradução literal da primeira página da monografia publicada em abril de 2004, com tradução realizada por Carlos Varaldo – Grupo Otimismo, para desmascarar oportunistas que andam divulgando que a hepatite C não tem cura, querendo enganar, simplesmente, com filosofia, que nenhuma infecção, por qualquer tipo de vírus, pode ser curada, pois em algum momento da vida um anticorpo pode retornar e ser ativo. Sim, até concordo que até um simples vírus da gripe pode retornar, porém, se fosse assim, ninguém precisaria ser tratado, todos os médicos seriam considerados charlatões e os fabricantes de medicamentos estão vendendo mentiras e deveriam ser processados.
Com o presente artigo fica defendida a honra e a honestidade da grande maioria dos médicos, aqueles que dedicam sua vida à cura das doenças da humanidade.
E assim, em 44 páginas, em inglês, que poderemos mandar por e-mail em formato PDF a quem estiver desatualizado dos progressos da ciência e esteja interessado em aprender sobre a hepatite C e seu tratamento, fica, definitivamente e cientificamente, provado que a hepatite C é uma doença curável, isto é, tem cura.
Os que desejarem receber a monografia, por favor, nos enviem um e-mail para hepato@hepato.com