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27 de nov. de 2011

Retalhos

Retalhos
Recortes de sonhos
Destinos rasgados
Riscos mal traçados
De moldes antigos...

De rendas franzidas
De laços de fita
Que costuro, passo a passo,
Com o rabisco do compasso...

Na vida, vou traçando meu espaço.
Com contornos de anseios,
De sonhos cortados ao meio,
Pela lâmina da saudade...

Agora de seda vou tecendo meu manto
Dos lenços que enxugo meus prantos.
E as linhas do meu rosto,
São vincos de desgostos...

Meus poemas - tecidos transparentes
Que descubro lentamente,
Minhas vestes de veludo,
De um corpo já desnudo...

Meus versos – são retalhos,
De rimas cintilantes.
Meus livros – constelação de diamantes
Fenda de uma silhuetas em frangalhos...

No fundo, do fundo, não sei se lástimas
Mas com certeza e é verdade
Escorrem de meu rosto aquelas lágrimas
Que meu coração sente de saudade!