Vários leitores me deram a mesma dica de post sobre uma droga russa que
está transformando viciados em (quase literalmente) zumbis. Não, este não é
um eufemismo para pessoas que resolvem passar o resto da vida “fora do
ar”, mas sim quase uma literalidade. Os viciados em Krokodil estão literalmente
se desmanchando! Olha que bizarro:
AVISO: Daqui
em diante as coisas ficarão mais nauseabundas, então, se você não curte ver
nojeira, saia deste post e vá para o blog dos bichinhos mais fofinhos do mundo.
Além das imagens
terríveis de pessoas tornando-se verdadeiras zumbis, existem também dois vídeos
que são inacreditáveis!
Veja:
Veja:
Eu avisei!
Antes dos leitores
me indicarem este post, eu já tinha lido sobre isso num fórum de zumbis, e
confesso, duvidei. Achei que era mais um lance tipo daqueles posts de primeiro
de abril ou coisa de sites como o The onion, que só tem compromisso com a
confusão, afinal, não é todo dia que se vê uma droga que ao invés de ser
consumida pelo viciado, consome ele.
Esta tal droga
krokodil é muito barata, e talvez por isso vem sendo consumida por um número
cada vez maior de pessoas pobres, trazendo consigo seus efeitos colaterais
bizarros. Essa tal de krokodil que (dãããã) significa crocodilo, surgiu no
submundo como uma alternativa ao uso da heroína. A maioria dos caras que aderem
ao krokodil já estão bemcavucados pelo uso contínuo da heroína e também de
metaanfetaminas. Daí que para um viciado em estado decrépito se transformar num
zumbi, com as carnes apodrecendo e caindo, é só um pulinho.
Mas por que esta
droga tem nome de bicho? A explicação, é que uma das principais decorrências do
uso da droga é que a pele da pessoa passa a ter um tom esverdeado e cheia de
escamas, lembrando a pele de um crocodilo. O princípio ativo da droga é a
desomorfina, um opióide 8 a 10 vezes mais potente que a morfina de uso
hospitalar. O krokodil, é fabricado em laboratórios caseiros tão higiênicos
como banheiro de bar. As doses são feitas a partir da codeína, um analgésico
opióide que pode ser comprado em qualquer farmácia russa sem receita médica.
O sujeito que
sintetiza a droga usa uma série de produtos como gasolina, solvente de pintura,
ácido hidroclorídrico, iodo e até fósforo vermelho, que é obtido raspando as
laterais das caixas de fósforo comuns, além, é claro, dos comprimidos de
codeína.
Laboratórios
caseiros de Krokodil estão espalhados por toda a Russia
O doidão mistura
esta merda toda numa panela e realiza procedimentos para potencializar o
bagulho. Depois, acredite se quiser, ele enche uma seringa e injeta esta merda
direto na veia do pescoço.
A consequência de
se colocar tantos produtos químicos na veia é a irritação da pele, que com
pouco tempo passa a ter uma aparência escamosa. Não demora, a área onde o
krokodil é normalmente injetado já começa a gangrenar, depois a pele começa a
cair até expor os músculos e ossos. Ummm, dilícia!
Graças à
popularização do krokodil, os casos de viciados precisando de amputação se
tornaram cada vez mais comuns na Russia e em boa parte da Europa Oriental. Um
dos maiores entraves para conter o uso desta droga está na pouca ajuda que o
governo dá a centros de reabilitação e na grande facilidade na produção, afinal
basta uma cozinha e o conhecimento de como se “cozinhar” o produto, que é feito
com uma série de componentes quase sempre ao alcance da mão. E como ele é mais
barato que a heroína, muitos vicados recorrem ao krokodil quando já não podem mais
pagar por ela. O problema é que enquanto poderíamos comparar a viagem de
heroína como um vôo transoceânico, deixando o viciado várias horas fora do ar,
o Krokodil é como vôo de galinha, o maluco em menos de duas horas já tá
ligadão, desesperado para viajar de novo. Na verdade, segundo algumas fontes
que pesquisei, o processo de preparação da droga leva mais tempo do que a
viagem que ela proporciona, o que faz com que os viciados nisso precisem fazer
grandes quantidades e ficar praticamente se picando continuamente, até num
esquema de revezamento, com uns
viajando e outros preparando.
Isso explica que
em alguns guetos, a polícia tenha encontrado um monte de gente morta com
aparência de zumbi. Os caras literalmente vão desmanchando.
Enquanto é fácil
entrar na lista dependentes, largar o krokodil é tarefa extremamente difícil,
já que a desintoxicação é muito lenta e o usuário sente náuseas e dores por até
um mês. Some isso com a facilidade em conseguir uma nova dose, e estaremos
diante de um dos mais horríveis problemas de saúde pública das próximas décadas.
A dependência
nisso leva a sequelas físicas e mentais que podem ficar para sempre.
Especialistas em
saúde pública na Russia estimam que há cerca de 100.000 usuários da droga
literalmente emburacando nela, e este numero tende a aumentar. Muitos deles
tomando até 5 doses ao dia. A expectativa de vida de um viciado é: Na melhor
das hipóteses, 12 meses.
Quando a droga é
retirada a dor aparece, e o viciado corre para outra dose na tentativa de
aliviá-la.Aqui tem uns videos falando do problema:
Fonte: Mundo Gump