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15 de out. de 2011

10 fatos interessantes sobre “Psicose”



Quem nunca viu a cena do chuveiro e sua musiquinha clássica? Foi em 1960 que Alfred Hitchcock, mestre do suspense, ficou famoso por Psicose – baseado no popular romance de Robert Bloch. Em todo o mundo, o filme seguiu deixando as pessoas de cabelo em pé e, posteriormente, passou a ser considerado um dos maiores filmes de horror de todos os tempos.
Naturalmente, uma realização deste calibre não passa pela produção sem algumas histórias interessantes para contar. Aqui estão algumas das melhores (cuidado com spoilers!).

10 – WILLIAM CASTLE

Muitos não sabem, mas foram principalmente os filmes de baixo orçamento (e cheios de truques) de outro diretor, William Castle, que influenciaram Psicose. O filme foi uma espécie de jogo para Hitchcock, para ver se um diretor respeitado como ele poderia fazer um filme de baixo custo que ainda faz sucesso nas bilheterias. E ele fez.
Hitchcock teve que fazer um grande esforço para manter o filme barato, como filmagens em preto e branco (ele também afirmou que o filme pareceria muito sangrento em cores) e usando o elenco de sua série de televisão, Alfred Hitchcock Presents.

9 – UM FILME PARA VOLTAR A CAIR

Em 1955, Hitchcock tentou adquirir os incrivelmente difíceis direitos do romance francês Celle qui n’était plus, antes de ser ultrapassado pelo diretor Henri-Georges Clouzot por questão de horas (que o transformou no filme Les Diaboliques).
Alguns acreditam que Psicose é a versão não oficial de Hitchcock do mesmo filme – e os dois são bastante semelhantes. Apesar disso, o diretor afirma que Psicose surgiu quando os seus planos para um filme estrelado por Audrey Hepburn falharam.

8 – A CENA DO CHUVEIRO



Todo mundo reconhece essa cena no momento em que a vê, acompanhada pela trilha de Bernard Herrmann apropriadamente chamada de Violinos Gritantes (“Screaming Violinos”).
É comum ouvir que Hitchcock usou água gelada para fazer Janet Leigh gritar, mas isso é mentira. A cena levou sete dias para ser concluída e a produção fez um grande esforço para manter a água quente para o seu conforto. Hitchcock também queria que a cena fosse acompanhada por um silêncio mortal, mas Hermann seguiu em frente e compôs de qualquer maneira. Felizmente, Hitchcock gostou e usou.
No fim das contas, a cena contém 70 cortes e dura apenas 45 segundos.

7 – ED GEIN


Sinta-se aliviado porque apenas alguns elementos do infame serial killer Ed Gein foram usados como exemplo para o protagonista Norman Bates, ou Psicose teria sido um filme muito mais sombrio. Bates é uma espécie de modelo de Gein, que é um dos psicopatas mais famosos da história, e traços de seu apego psicológico à sua mãe foram mantidos no filme. Mas não esqueça que algumas coisas foram deixadas de fora – coisas como roubo de cadáveres, decoração da casa com partes do corpo ou a criação de um terno feito de pele. Gein, mais tarde, ganhou vida em outro serial killer, Jame Gumb, de O Silêncio dos Inocentes.

6 – A CIDADE DOS MORTOS
Também conhecido como Hotel Horror, este filme de Christopher Lee é como um pedaço de uma coincidência. Além de ser lançado no mesmo ano, os dois filmes começam com uma jovem loira, que achamos que vai ficar presente durante toda a história. No meio do filme, elas param em um hotel isolado, antes de serem esfaqueadas até a morte. Apesar das semelhanças, as pessoas dizem que devido à jovem em A Cidade dos Mortos ser desconhecida, a cena não teve o mesmo efeito como a da atriz Janet Leigh sendo cruelmente assassinada.
5 – SAUL BASS
Assim como acontece em muitos dos filmes anteriores de Hitchcock, Saul Bass organizou a sequência do título. Neste filme, Hitchcock conseguiu dar a ele um papel maior, permitindo que ele roteirizasse a cena da morte do Detetive Arborgast. Porém, suas ideias para a sequência não vão tão bem e Hitch disse que não surpreendeu o público com uma morte inevitável. Anos mais tarde, Bass afirmou que ele também organizou e dirigiu a famosa sequência do chuveiro, apesar de muitos do elenco, incluindo Janet Leigh, afirmarem que suas afirmações eram falsas.

4 – O ELENCO
Anthony Perkins foi lançado mesmo com uma onda de protestos da Paramount, devido à sua juventude e seu rosto irreconhecível para o público. Janet Leigh foi escolhida para que o filme tivesse alguma estrela de qualidade. Vera Miles foi chamada porque saiu no meio das filmagens do filme anterior de Hitchcock, Vertigo, devido à gravidez. Uma das únicas escolhas de elenco que Hitch era contra foi John Gavin, cujo desempenho ele considerava como “tenso”. E, como de costume, ele deu a sua filha Patricia um pequeno papel também.

 3 – DIFERENÇAS COM O LIVRO
No livro, Norman Bates era gordo, achatado e muito antipático, mas Hitchcock sempre disse que os melhores vilões do filme devem ser agradáveis e atraentes. Uma das outras diferenças visíveis é o fato de que o comportamento assassino de Norman não é o resultado de danos psíquicos ou físicos, mas apagões provocados por alcoolismo. Alguns outros fatos pequenos incluem o nome de Mary Crane alterado para Marion e a cabeça dela sendo cortada no chuveiro.
2 – O BANHEIRO
Naqueles tempos, o público ficou chocado ao ver a descarga de um vaso sanitário sendo dada e este foi o primeiro filme a mostrar tal ato. O fato do vaso ser mostrado em close-up sendo “descarregado” foi considerado como imundo. No entanto, havia dois cartoons feitos em 1930 que também retratavam claramente os banheiros sendo liberados.
1 – TRUQUES DO PRÓPRIO HITCHCOCK
Possivelmente para garantir a “autenticidade” de um filme de baixo orçamento, Hitchcock surgiu com vários truques famosos para a divulgação do filme. O artifício mais famoso foi o de que ninguém poderia entrar na sessão depois que o filme já tivesse começado. Depois que o filme acabava, Hitch exigia que cada cinema garantisse que toda a plateia visse o filme direito, desde o início. Muitos desses cinemas eram enfeitados com Hitchcocks em tamanho natural apontando para o relógio, convencendo o público de que eles deveria.