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4 de nov. de 2011

O que determina a inteligência de cada pessoa?...


Ainda hoje é muito complicado estabelecer uma base biológica para justificar por que algumas pessoas são mais espertas do que outras.


Na geração passada, as pessoas discutiam sobre uma definição de inteligência”, diz Richard Haier, professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia, em entrevista a LiveScience. De acordo com ele, a inteligência é algo real, que pode ser medida.
Com este propósito, a neurociência tem feito grandes progressos na descoberta de estruturas cerebrais e mecanismos que estão relacionados com a inteligência.


Atualmente, a melhor maneira conhecida de se testar as pessoas é através do teste de QI, ou seja, que determina o quociente de inteligência. O QI é uma medida obtida por meio de testes desenvolvidos para avaliar as capacidades cognitivas de uma pessoa. Este teste é capaz de determinar, entre outras coisas, a habilidade espacial, memória e velocidade de processamento de informações. A pontuação média deste teste é 100, com desvio padrão de 15


Nos últimos cem anos de estudo sobre a inteligência, têm sido obtidos resultados muitos constantes em diferentes fatores de inteligência, como estes, relacionados ao nível de inteligência das pessoas”, afirma Haier.


Ao discutir a inteligência, os pesquisadores também levam em conta um fator geral de inteligência, ou g, um fator comum a todos os testes de inteligência. 


Pense naquelas crianças mais inteligentes que você conhecia na escola – elas eram inteligentes de modo geral, e não em apenas uma matéria”, dz Haier. “É esta capacidade geral que reflete a pontuação g”.


De acordo com Haier, a pontuação do teste de QI e do fator g são boas estimativas de aptidão mental geral. Entretanto, eles não indicam se uma pessoa é muito hábil em uma determinada tarefa.
Os cientistas acreditam que a inteligência não surge de uma fonte única, ou seja, de um único local do cérebro. Na realidade, a inteligência estaria relacionada com conexões entre os distritos-chave da mente.

Haier é o responsável pelo desenvolvimento do modelo de inteligência conhecido como teoria da interação parietal-frontal, ou P-FIT (Parieto-Frontal Integration Theory). De acordo com esta teoria, existe uma rede de áreas no cérebro localizadas no lobo frontal e parietal que processam informações em cada individuo. Esta rede idiossincrática dá origem aos nossos talentos pessoais e déficits.

No cérebro, existe a massa cinzenta, região constituída apenas pelo corpo celular dos neurônios que processam as informações cerebrais; e a substância branca, composta por axônios através dos quais o neurônio envia informações para outro. No mundo cientifico, acredita-se que maiores volumes de matéria cinzenta podem estar relacionados com maior inteligência. Além disso, ter mais substância branca entre áreas cinzentas cruciais , pode significar comunicação mais rápida nas redes parieto-frontal, o que também pode estar relacionado com maior inteligência.
Apesar destas novas descobertas, a neurociência ainda não avançou a ponto de determinar apenas por imagens se um cérebro é de uma pessoa muito inteligente ou não. Nem o código genético pode revelar a probabilidade de desenvolvimento de uma pessoa brilhante.
Entretanto, a inteligência é hereditária, com pais inteligentes tipicamente produzindo proles inteligentes. O ambiente pode também influenciar, mas ainda não há provas.


Todo mundo gostaria de pensar que existem intervenções ambientais que podem superar a biologia. Sabemos que isso ocorre na medicina – você pode superar certas predisposições genéticas por exercício ou mudando a dieta, mas ainda não encontramos essa relação sobre a habilidade cognitiva”, disse Haier.


Teste seu QI neste site, em inglês: http://www.iqtest.com.