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13 de nov. de 2011

Os 10 grandes mitos do Egito Antigo

A antiga sociedade egípcia sempre esteve envolta em uma aura de mistério e sempre fascinou o resto do mundo.  A cada descoberta arqueológica os olhos da civilização moderna se voltavam para esta grande nação do passado. Pelo fato de tanto mistério envolver esta fantástica civilização é que surgiram inúmeros mitos, nesta listas vamos apontar alguns deles.
10º - A beleza de Cleópatra
Cleópatra VII, o último faraó do antigo Egito, sempre foi tida como um símbolo de beleza sedutora e encantadora, o que ajudou a perpetuar esta idéia foram justamente a literatura e o cinema, de Shakespeare a Joseph L. Mankiewicz. Porém moedas romanas mostram Cleópatra como possuidora de características masculinas como um nariz grande, queixo protuberante e lábios finos, pelo que sabemos estas características não fazem parte de nenhum modelo de beleza feminina em praticamente todas as culturas. Em contra partida ela era conhecida por sua inteligência e carisma, isso ela tinha em excesso.

9º - Obcecados com a morte
Pirâmides, múmias e deuses imponentes. A combinação desses elementos nos faz pensar que a sociedade egípcia estava extremamente preocupada com a morte, mas ao observar todo o trabalho de mumificação, e as inscrições dos túmulos logo percebemos que o pensamento era outro, era a glorificação da vida. Nos túmulos o que se mostrava era a celebração da agricultura, caça e pesca; sempre referências das atividades realizadas em vida. A mumificação era a forma de manter o cadáver pronto para dar continuidade a vida cotidiana só que em outro plano idealizado. Isto mostra claramente que eles eram obcecados sim com a vida.
8º - Alienígenas
Um dos mitos mais comuns é que a cultura egípcia teve uma ajudinha extraterrestre, o que seria um insulto total para os grandes arquitetos e matemáticos do Egito antigo. O que leva a este tipo de idéia são justamente a grandiosidade e precisão da Pirâmide de Gizé, que por mais de 4000 foi a estrutura mais alta do mundo; mas ela é simplesmente fruto da engenhosidade dos especialistas da época. Com certeza os egípcios não fizeram um intercâmbio com engenheiros aliens, simplesmente as nações antigas não tinham o conhecimento e as técnicas adequadas para realizar tais feitos até o século 19.

7º - Segredos esgotados ou revelados
Muitos acreditam que todos os mistérios do Egito antigo foram revelados, e que a Egiptologia não tem mais para onde evoluir e que deveria ser extinta, o que é um pensamento totalmente incorreto e incoerente. Diariamente descobertas fantásticas são realizadas e cada vez mais é lançada uma nova luz sobre esta fascinante civilização. Recentemente “um barco solar” foi retirado da Grande Pirâmide de Gizé. Especialistas presumem que este barco solar permitia que os faraós mortos fossem ajudados na batalha eterna entre o deus sol Ra e Apep, o demônio da escuridão. Todas as noites, Ra levantaria as velas de seu barco solar para combater Apep e ao amanhecer ele voltaria triunfante.

6º -� Hieróglifos
Existe uma idéia comum de que os egípcios criaram os hieróglifos, sendo que provavelmente eles eram trazidos para o Egito por invasores da Ásia Ocidental. Outro mito existente era que os hieróglifos seriam uma linguagem de maldições ou encantamentos, sendo que em boa parte das vezes eles eram representações históricas. As maldições são raramente encontradas e quando aparecem são do tipo “ele não deve ter nenhum herdeiro” ou “seus anos de vida devem ser diminuídos”. Uma curiosidade: até a descoberta e tradução da Pedra de Roseta em 1798, a maioria dos estudiosos acreditavam que os hieróglifos eram apenas ilustrações e não um alfabeto.
5º - Decoração das pirâmides
Muito pensam que o interior das pirâmides era extremamente decorado com hieróglifos e outros itens, porém o que tem sido constatado é que elas são relativamente sem decoração. Para se ter idéia as pirâmides de Gizé foram feitas para serem absolutamente vazias por dentro, sem nenhum tipo de adorno. Quando existia algum diferencial decorativo eram alguns setores que possuía uma pintura diferente, como alguns pilares que foram pintados de branco ou vermelho o que não muda a sua aparência austera, no geral por serem feitas de pedra calcária, as pirâmides tinham o aspecto de qualquer edifício antigo construído com pedras.
4º - Assassinato dos servos do faraó
Quando os faraós morriam, todos os seus servos eram mortos e enterrados com ele. Esta afirmação falsa já foi repetida inúmeras vezes. Este fato realmente aconteceu, mas com somente dois faraós da primeira dinastia do Egito, isto mostra a tendência humana de se generalizar as coisas, já que de trezentos faraós, dois cometeram este ato e logo se criam um mito. Os faraós sabiam que os servos vivos trariam mais benefícios do que mortos, daí que foram criados os “shabtis” que eram estátuas funerárias cuja função era ser animadas no além para ajudar o faraó.

3º - Os escravos não construíram as pirâmides
A idéia de que as pirâmides foram construídas por escravos surgiu através do historiador grego Heródoto em seu relato do século 5 aC. Quando os túmulos com os restos mortais dos construtores das pirâmides foram achados ao lado das pirâmides de Gizé, a teoria de Heródoto perdeu força, pois ser enterrado ao lado do faraó seria uma grande honra, estas que provavelmente meros escravos não teriam. Também foi descoberto em escavações, grandes quantidades de ossadas bovinas, e no Egito a carne de boi era uma iguaria para poucos, o que leva os pesquisadores a pensar que a construção foi realizada por especialistas altamente qualificados.
2º - Israelitas escravizados
Este item pode levantar muita polêmica, pois até hoje não existem evidências de que o Egito escravizou israelitas. Até agora em seus registros não foram encontrados nada que mencionasse tal fato, nem as dez pragas, nem uma fuga em massa, o que iria provocar um colapso econômico no antigo Egito, mas no suposto período do êxodo a economia do Egito prosperou.

1º - A maldição dos faraós
A maldição do faraó é caso clássico de mito super difundido na mídia e que gera muita susceptibilidade pública. Tudo começou com a morte do patrocinador da expedição, Lord Carnarvon e outros membros que participaram da descoberta. Existem teorias de que fungos perigosos e gases acumulados no interior da tumba poderiam ter causado as mortes, mas para morrer não é necessária uma explicação especial. Apenas oito dos 58 presentes na descoberta da tumba morreram dentro de 12 anos. O líder da expedição e alvo mais óbvio da tal maldição viveu por mais 16 anos. As outras mortes foram somente coincidências ou conseqüências naturais, mas pelo fato de terem feito parte da “expedição maldita” se criou todo um mito que vem se perpetuando de geração a geração. Isto mostra como qualquer história que mexa com as emoções do povo podem gerar mitos extraordinários que nada tem a ver com os fatos.