De pequenos aparentemente inofensivos a gigantes assustadores, conheça 10 dos animais mais mortíferos do mundo. Nem todos dessa lista são predadores assassinos, mas representam perigo à vida humana e a outros animais que tem o azar de cruzar seu caminho.
1- Mosquito transmissor da malária
A maioria dos casos na África afetam crianças, afirma a bióloga Maria Anice Sallum, professora do departamento de epidemologia da Faculdade de Saúde Pública da USP.
A transmissão da malária se dá pela picada de fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles, que se infectam após picarem uma pessoa já doente. Além da malária, lembre-se que mosquitos podem transmitir dengue e febre amarela, o que eleva o número de mortos ao redor do mundo.
2- Cobra Naja
Claro que, se pudesse falar, ela alegaria legítima defesa, mas aí, a vítima já estaria estatelada no chão, depois de sofrer paralisia muscular ou até mesmo uma parada cardiorrespiratória. Essa espécie é responsável por milhares de mortes por ano na Ásia.
O professor titular do departamento de Zoologia da USP Miguel Trefaut Rodrigues diz que as cobras do gênero Naja são parentes das corais verdadeiras que existem no Brasil.
Rodrigues lembra que algumas espécies, como a Naja melanoleuca, da África, esguicha o veneno em direção aos olhos do homem, causando irritação e problemas sérios na vista.
3- Vespa- do- mar
Como ela tem o corpo muito frágil, usa esse mecanismo para paralisar suas presas, como peixes pequenos. É também por parada cardiorrespiratória que ela pode matar um ser humano", explica Gabriel Canani, do Laboratório de Elasmobrânquios e Aves Marinhas da Universidade Federal do Rio Grande (Furg).
4- Tubarão branco
Os ataques acontecem essencialmente em águas mais frias, como no litoral da Austrália, da Califórnia (EUA) e da África do Sul, onde os exemplares são maiores - atingem até 6 m - e capturam foca, leão-marinho ou lobo-marinho. "É um erro de identificação. O tubarão branco não está atrás do homem.
Normalmente, ele ataca quando está na fase em que aprende a se alimentar de mamíferos no lugar de apenas peixes e confunde o homem com esses animais. Como ele não tem a mãe para ensinar, aprende no erro e acerto", explica o biólogo marinho e diretor do Instituto Ecológico Aqualung, Marcelo Szpilman.
Ou seja, o tubarão morde o humano, vê que não é nada aquilo que ele procurava e vai embora. E o que ele procura? Basicamente gordura. Só que enquanto um leão-marinho tem uma camada adiposa de até 20 cm, um homem, por mais gordo que seja, vai ter em torno de 5 cm. Então não é negócio para o tubarão investir na refeição. Mas com cerca de 50 dentes que podem chegar a 6 cm, essa "provadinha", ou mordida investigatória como chamam os biólogos, pode ser fatal.
5- Leão africano
"Isso atrai algumas presas do leão, especificamente o potamoquero, um tipo de porco africano. Esse animal invade as plantações em regiões onde a população é muçulmana e, portanto, não se alimenta de porcos", explica Alberts. Mas caçar potamoqueros não é tão fácil, mesmo para o leão e, às vezes, o felino se dá mal. É aí que sobra para o homem. "A facilidade de abate contra o humano acaba por provocar novas investidas e hoje em dia o problema é bem grande em algumas regiões da África", observa o professor.
6- Tigre
"Eles esperam um humano se aproximar e atacam por trás. O próprio peso do animal (300 kg no caso de um tigre) pode ser suficiente para o abate. Senão, os dentes e as garras fazem o serviço", explica.Ainda não entendeu o porquê da máscara com sua foto? Os indianos a fixam na parte de trás da cabeça. O esperto do tigre se confunde e evita investir na vítima. Mesmo assim, na Índia e em Bangladesh, os ataques têm sido um problema grave. Então, para garantir, não se fie apenas na máscara na sua próxima viagem à Ásia, ok?
7- Crocodilo
"É verdade que ele tem dutos lacrimais, mas não é só na hora de comer que ele lacrimeja", destaca. E quem está por perto na hora do jantar para conferir, não é mesmo? Incapazes de mastigar o que comem, os crocodilos agarram suas presas com seus dentes afiados e poderosas mandíbulas e normalmente acabam matando-as afogadas.
Os movimentos bruscos que jogam as vítimas para lá e para cá acabam desmontando-as em pedaços, facilitando a ingestão para o réptil. Segundo Rodrigues, o crocodilo australiano é um dos animais que mais causa acidentes mortais. "Os ataques ocorrem com muita frequência nos rios e estuários da Austrália", acrescenta.
8- Elefante
"São frequentes também os ataques quando exemplares usados pelo homem para o trabalho abandonam o comportamento semidomado e, com sua força e peso, atacam pessoas, geralmente aglomerados para algum evento, como circo ou similares", conta Carlos Alberts, professor de Zoologia da Unesp, campus de Assis.
Pesando até 6 t, um elefante pode perder o controle ao deparar com uma aglomeração de pessoas, seus ruídos e movimentos. "Mas não se pode descartar, como razão de descontrole do animal, o efeito dos métodos de doma, que podem ser bastante cruéis", ressalta o professor.
9- Urso polar
"Com cada vez mais assentamentos humanos ao norte no Canadá e no Alasca, tornaram-se mais comuns os encontros entre homens e esses predadores. Em algumas aldeias do norte do Canadá, a população é ensinada a como sobreviver a um encontro com ursos polares", conta.
Um urso polar pode arrancar a cabeça de um ser humano que ameaçar um de seus filhotes. Podendo pesar até 800 kg, ele consegue correr a 40 km/h quando vê uma possível presa. "Normalmente não há abrigo no ártico, e a presa pode correr à vontade que o urso irá alcançá-la, especialmente se for um humano", diz o professor.
10- Sapo-flecha
"Para levar um homem à morte, seria preciso que o veneno entrasse em contato com a sua mucosa", explica. Habitante de ambientes úmidos no Suriname, o sapo-flecha tem esse nome pois índios da região costumam raspar a toxina liberada pela pele do anfibio com a ponta das flechas que usam para caça. Assim aumentam as chances de matar suas presas.
O mais curioso é que você pode ter esse sapinho como bicho de estimação em casa ¿ se morar em um país onde a prática não seja ilegal, como é no Brasil. Nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, é permitido.
"Fora do seu habitat natural, ele perde seu veneno, pois a toxina não é produzida por ele, mas vem de um fungo do qual formigas e cupins se alimentam. Esses insetos, por sua vez, são comidos pelo sapo", diz Bellini.
Fonte - biglistasnet