Será que as evidências garantem a existência de Jesus?
Jesus Cristo provavelmente é o homem mais famoso da Terra. Mas
como sabemos que ele realmente caminhou por aqui? Apesar da insistência
dos teólogos, as evidências científicas ainda não conseguiram garantir
essa teoria.
De tempos em tempos, alguém chega dizendo que descobriu o que seriam
os pregos da cruz de Jesus. Mas isso não é novidade. Ainda em 1911, o
professor Herbert Thurston contou quantos pregos eram venerados como os
legítimos: 30, espalhados pela Europa.
Além disso, muitos pedaços de madeira aparecem como pertencentes à cruz sagrada, o suficiente para fabricar um barco sagrado.
Talvez a relíquia religiosa mais famosa do mundo, o Sudário de Turim
representaria o manto que encobriu Jesus após a morte. Com a imagem
“fantasma” de um homem, ele é venerado por milhões de peregrinos que vão
até a catedral de Turim, na Itália. Mas cientificamente falando, o
manto é falso.
Análises de carbono realizadas no Sudário revelaram que ele não data do tempo de Cristo, mas do século 14. Coincidentemente, foi a época em que apareceu para o público. Em um documento do bispo Pierre d’Arcis, da França, de 1390, ele afirma que o Jesus do manto foi pintado e inclusive assinado pelo artista.
Uma relíquia similar é o Sudário de Oviedo, um pano com machas de
sangue que foi supostamente enrolado na cabeça de Cristo quando ele
morreu, e que desde o ano 718 fica na catedral da Espanha. O sangue no
sudário é do tipo AB, comum no Oriente Médio, mas não na Europa, levando
muitos a acreditar que não é de Cristo. Também, Joe Nickerll, autor do
livro “Relíquias de Cristo”, afirma que o Sudário foi datado com carbono
muitas vezes, e sempre aparece como do ano 695, não muito antes de
aparecer em Oviedo.
Setenta livros de metal foram descobertos em uma caverna no Jordão,
no ano passado, e aclamadas como os documentos cristãos mais antigos.
Supostamente datando de poucas décadas após a morte de Jesus, os
religiosos as chamaram os códigos de a descoberta arqueológica mais
importante da história.
Mas os códigos são falsos – uma série de dialetos anacrônicos e imagens forjadas nos últimos 50 anos. “A imagem que eles dizem se tratar de Cristo é o deus solar Hélio de uma moeda que veio da ilha de Rhodes”, afirma o arqueólogo de Oxford, Peter Thonemann. “Há também algumas inscrições sem sentido em hebraico e grego”.
Uma das descobertas arqueológicas mais importantes realmente data da
época de Jesus, e pode ou não evidenciar sua existência, dependendo de
para quem você pergunta. Os Manuscritos do Mar Morto, encontrados em uma
caverna de Israel, na década de 40, foram escritos entre 150 antes de
Cristo e 70 depois de Cristo. Em um dos pontos, os documentos se referem
a um “professor do caminho correto”. Alguns dizem se tratar de Jesus.
Outros argumentam que poderia ser qualquer um.
De acordo com os textos sagrados, antes de Jesus ser crucificado, os
soldados romanos colocaram uma coroa de espinhos em sua cabeça. Muitos
cristãos acreditam que o instrumento de tortura ainda existe hoje,
dividido em pedaços pela Europa. Uma coroa quase completa está na
Catedral de Notre Dame, em Paris. A história dessa coroa data de pelo
menos 16 séculos, mas não chega até Cristo. E, além do mais, a de Notre
Dame não possui espinhos.
O melhor argumento em favor de Jesus como pessoa viva é, claro, a Bíblia Sagrada. Existem muitos detalhes diferentes em vários evangelhos, mas com o tempo, os teólogos conseguiram criar um perfil de Jesus.
“Nós sabemos algumas coisas sobre o Jesus histórico – menos do que alguns cristãos pensam, porém mais do que os céticos acham”, afirma Marcus Borg, estudioso da Bíblia, autor e professor aposentado de religião e cultura. “Apesar de alguns livros recentes argumentarem que Jesus nunca existiu, as evidências de que ele viveu são persuasivas para a maior parte dos estudiosos, sejam cristãos ou não”.
[Life'sLittleMysteries]
Os pregos sagrados
Além disso, muitos pedaços de madeira aparecem como pertencentes à cruz sagrada, o suficiente para fabricar um barco sagrado.
Manto sagrado
Análises de carbono realizadas no Sudário revelaram que ele não data do tempo de Cristo, mas do século 14. Coincidentemente, foi a época em que apareceu para o público. Em um documento do bispo Pierre d’Arcis, da França, de 1390, ele afirma que o Jesus do manto foi pintado e inclusive assinado pelo artista.
Bandana de sangue
Escritas mentirosas
Mas os códigos são falsos – uma série de dialetos anacrônicos e imagens forjadas nos últimos 50 anos. “A imagem que eles dizem se tratar de Cristo é o deus solar Hélio de uma moeda que veio da ilha de Rhodes”, afirma o arqueólogo de Oxford, Peter Thonemann. “Há também algumas inscrições sem sentido em hebraico e grego”.
Manuscritos sagrados
Coroa de Cristo
O famoso livro
O melhor argumento em favor de Jesus como pessoa viva é, claro, a Bíblia Sagrada. Existem muitos detalhes diferentes em vários evangelhos, mas com o tempo, os teólogos conseguiram criar um perfil de Jesus.
“Nós sabemos algumas coisas sobre o Jesus histórico – menos do que alguns cristãos pensam, porém mais do que os céticos acham”, afirma Marcus Borg, estudioso da Bíblia, autor e professor aposentado de religião e cultura. “Apesar de alguns livros recentes argumentarem que Jesus nunca existiu, as evidências de que ele viveu são persuasivas para a maior parte dos estudiosos, sejam cristãos ou não”.