Em 1933, Adolf Hitler
subiu ao poder na Alemanha e estabeleceu um regime racista sob o
enganoso título de Nacional-Socialista, ou do alemão NSDAP -
Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei - Partido
Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães.
Esse regime foi baseado
na doutrina racial de acordo com a qual os alemães arianos pertencem à
“raça Mestre” - Raça Pura, enquanto os judeus eram conhecidos como
"Untermenschen", subumanos, que não faziam parte da raça humana.
Em 1939, o exército alemão invadiu a Polônia e deu início ao que se tornaria a Segunda Guerra Mundial.
Uma série de vitórias
fáceis no começo da guerra deu a Hitler a oportunidade em implementar
suas idéias. Ele começou a aniquilação do povo judeu, especialmente em
solo polonês, onde vivia o maior contingente de judeus da Europa.
Documentos descobertos
depois da guerra mostram que sua intenção era exterminar todo judeu no
mundo. Para realizar seu plano, suas forças primeiramente concentraram
os judeus em guetos; estabeleceram campos de concentração e de trabalho,
em muitos casos simplesmente campos de extermínio, e transportaram os
judeus para esses campos.
Os que não eram aptos
para o trabalho eram logo exterminados. A maioria dos outros morreram de
inanição ou em virtude de doenças.
Na frente oriental, à
medida que ocupavam cidades e aldeias, os judeus iam sendo mortos por
pelotões de fuzilamento ou por gás, em caminhões fechados. Durante os
seis anos de guerra, foram assassinados pelos nazistas aproximadamente
seis milhões de judeus – incluindo 1,5 milhão que eram crianças –
representando um terço do povo judeu naquela época.
Esta decisão de
aniquilar os judeus, já prevista desde 1924 no livro "Mein Kampf", de
Adolf Hitler, foi uma operação feita com fria eficiência, um genocídio
cuidadosamente planejado e executado. Foi única na história em escala,
gerenciamento e implementação, e por essa razão recebeu um nome próprio –
o Holocausto.
Menos de cinqüenta anos
depois, grupos racistas de neonazistas e grupos anti-semitas tentam
negar que o Holocausto tivesse alguma vez existido, ou afirmam que a
escala foi muito menor.
Existem algumas causas
para esse chamado "revisionismo", especialmente políticas e
anti-semitas. Alguns desejam limpar o nazismo de sua injúria maior;
outros acreditam que o Estado de Israel foi estabelecido para compensar
os judeus pelo Holocausto, e ao negar o Holocausto estão procurando
destituir Israel de seu direito de existir.
Este é o motivo pelo
qual os que negam o Holocausto têm muito mais suporte nos países árabes.
Mas o Holocausto existiu, como atestam os testemunhos documentais e
pessoais, e o povo judeu decidiu impedir que seja esquecido, para que,
com sua lembrança, fique assegurado que o mundo não permitirá jamais que
torne a acontecer com os judeus ou com qualquer outro povo ou grupo na
Terra.
A negativa da existência do Holocausto é uma abominação e uma ameaça potencial para o mundo inteiro.