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21 de dez. de 2010

Teus lábios de me falam de amor!...



Os teus olhos estão cheios de umidade
meus olhos sentem frio quando encontram os teus...

Se aperto tua mão, sinto-a muda, distraída
como se estivesse sozinha,
-ah! Nunca pudeste compreender
a íntima razão por que os meus dedos trêmulos
procuram demorá-la um pouco mais na minha!

Os teus lábios me falam de amor
como se tratassem
de algum tema banal sem emoção, nem cor...
Por isso, não compreendes que os meus lábios tratem
de um tema banal qualquer
te falando de amor!

As vezes, receio
que a tua indiferença mate o meu orgulho
e a paixão que domino a custo, se liberte
louca!
-E eu te tome em meus braços como alucinado
e deixando o amor-próprio ferido de lado
numa febre cruel machuque a tua boca!

Não importa, depois, que te revoltes
e até me esbofeteies!
Prefiro esse ódio, sim, eu quero que me odeies!
Quero que ao me encontrares, os teus olhos brilhem
mais, ardendo contra mim
de indignação!

Quero tudo de ti! Não quero indiferença
que me castiga assim, e é martírio
e é doença
e faz da minha angústia uma alucinação

E guarda o que te digo
neste instante:

-Eu nasci para ser teu inimigo
ou teu amante
mas nunca um teu amigo
ou teu irmão!

Está, pois, como vês, nas tuas mãos
escolher
o que queres que eu seja
ou o que terei de ser!