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6 de nov. de 2011

Ressonância magnética ajuda cientistas a compreender os sonhos

Não é bem “Inception”, mas um dia os cientistas poderão realmente reconstruir sonhos. Novas pesquisas estão ajudando os cientistas a ler o que se passa na cabeça das pessoas enquanto elas dormem.
Usando imagens cerebrais, pesquisadores do Instituto Max Planck de Psiquiatria, na Alemanha, foram capazes de comparar a atividade cerebral de “sonhadores lúcidos” quando eles tinham os mesmos pensamentos acordados ou dormindo. A atividade do cérebro foi semelhante, embora tenha sido mais fraca durante o sono.
Sonhadores lúcidos são pessoas que dormem conscientes do que estão sonhando, e podem controlar as ações de seus sonhos. De acordo com os pesquisadores, sonhar lucidamente é uma habilidade aprendida – muito útil para os cientistas que tentam desvendar os segredos dos sonhos.
O principal obstáculo em estudar o conteúdo dos sonhos é que, quando eles são atividades espontâneas, não podem ser experimentalmente controlados. O emprego dos sonhos lúcidos nas pesquisas pode ajudar os cientistas a superar essa barreira.
Pesquisadores recrutaram seis sonhadores lúcidos, todos homens e adultos. Os voluntários dormiram em uma ressonância magnética que mede o fluxo sanguíneo nas regiões do cérebro. Um aumento no fluxo de sangue sugere que determinada região cerebral está ativa e trabalhando.

Enquanto isso, os homens fizeram uma série de movimentos de mãos e olhos (por baixo das pálpebras fechadas) quando eles entraram em um estado de sonho lúcido.

As áreas sensoriais e motoras ativadas por esses movimentos durante os sonhos lúcidos também foram analisados pela ressonância. A área de ativação do sonho tinha apenas cerca de metade da força que a dos movimentos, o que mostra que era ou mais fraca ou confinada a segmentos menores do cérebro.
Entender o cérebro dos sonhadores lúcidos pode permitir que os pesquisadores adivinhem o conteúdo dos sonhos no futuro, a partir da análise da atividade de um cérebro adormecido.


Fonte:n LiveScience