“Sabe, nós podemos estar fazendo tanto com nossa música, quanto o governo em Washington, para quebrar as barreiras do racismo.” Chuck Berry.
Por volta do ano de 1950, os Estados Unidos viviam praticamente uma guerra civil causada pelo racismo e nessa mesma época surgia o Rock’n’Roll, uma música que unia rhythm and blues, folk, blues, country music e muitas outras vertentes para criar um estilo musical que iria mudar o mundo.
E foi assim que se iniciou uma revolução racial e musical nos Estados Unidos que logo se espalhou pelo mundo, mudando a vida de bilhões de pessoas e influenciando milhões de artista, sejam eles rockeiros ou não.
A história do Rock (II)
“Minha música quebrou as barreiras raciais! Eu tocava em lugares e tinha platéia branca. Os brancos ficavam em cima e os negros embaixo, pois minha banda era negra. No meio do show os brancos pulavam dos camarotes e a duas platéias se misturavam, por que a música não tem fronteiras raciais.” Little Richard.
No final dos anos 40, inícios dos 50, a cena musical nos subúrbios americanos fervilhava, tendo como principal combustível a mistura de estilo que os negros tocavam. Não havia um vertente musical que eles não combinavam e dessas dezenas de combinações surgiu o Rock’n’Roll.
O
momento exato do nascimento do rock é uma das coisas mais discutidas
até hoje, sabe-se apenas que a primeira pessoa a usar a expressão “Rock’n’Roll”
provavelmente foi discotecário Alan Freed no ano de 1951. Um fato
importante, porém pouco conhecido, é que essa expressão não era algo
novo, pois algumas músicas rhythm and blues já falavam de
“rock’n’roll”, inclusive existem três canções com esse nome do fim dos
anos 40. Mesmo assim Alan foi o primeiro a usar essa expressão para descrever uma música.Já a primeira música de rock do mundo é uma dúvida totalmente em aberto, muito provavelmente ela pode nem ter sido gravada por nenhum artista. A canção mais aceita como sendo a “mãe do rock” é a "Rocket 88", de Jackie Brenston e os Delta Cats. Quem não conhece pode conferir essa grande música:
Felizmente esses governantes ignorantes estão esquecidos e mortos, enquanto o rock fez história e continua vivendo.
A história do Rock (III)
“Nos anos 50 havia cidades nas quais não podíamos entrar em
ônibus. Agora temos a possibilidade de eleger um negro para a
Presidência dos EUA. Graças a Deus, finalmente estamos livres.” Chuck Berry.
Se Elvis é o Rei do Rock, Chuck Berry é com certeza o pai do rock:
“Acho
que Chuck Berry é uma unanimidade ao ser considerado o pai do
Rock’n’Roll. Simplesmente por que ele influenciou muitas outras pessoas.
Os Beatles, todo mundo. Mas foi ele que começou toda essa coisa.” Maurice White, vocalista do Earth, Wind & Fire.
“Ele pode ir onde quiser e nem precisa levar uma banda, por que todo mundo conhece sua música. Quem não conhece Chuck Berry não pode tocar em nenhum lugar. Se você toca, precisa saber certas músicas. Se não conhecer eles dizem: Cara, você não é um rockeiro.” Bobby Womack.
Claro que não existe um registro oficial de quem gravou o primeiro disco de rock, mas Chuck Berry foi o primeiro a ter o verdadeiro espírito do rock correndo nas veias, tanto nas suas canções, com guitarras pegadas como em sua presença de palco que levava público ao delírio.
Como a maioria dos ídolos da época, Chuck Berry veio da pobreza, chegando ao sucesso rapidamente. Sua primeira música a estourar foi:
Depois disso ele teve 30 músicas que chegaram ao “Top Ten” americano, infelizmente ele acabou sendo preso no fim dos anos 50, por causa de uma menor que trabalhava no clube que era dono. Somente ele 63 ele foi solto, mas jamais conseguiu atingir o sucesso passado.
Fique com algumas dessas músicas que marcaram os primeiros passos do rock no mundo:
Para alegria de todos Chuck ainda está vivo, fazendo shows no mundo todo. Inclusive esteve no Brasil há pouco tempo atrás.
Se Elvis é o Rei do Rock, Chuck Berry é com certeza o pai do rock:
“Acho
que Chuck Berry é uma unanimidade ao ser considerado o pai do
Rock’n’Roll. Simplesmente por que ele influenciou muitas outras pessoas.
Os Beatles, todo mundo. Mas foi ele que começou toda essa coisa.” Maurice White, vocalista do Earth, Wind & Fire. “Ele pode ir onde quiser e nem precisa levar uma banda, por que todo mundo conhece sua música. Quem não conhece Chuck Berry não pode tocar em nenhum lugar. Se você toca, precisa saber certas músicas. Se não conhecer eles dizem: Cara, você não é um rockeiro.” Bobby Womack.
Claro que não existe um registro oficial de quem gravou o primeiro disco de rock, mas Chuck Berry foi o primeiro a ter o verdadeiro espírito do rock correndo nas veias, tanto nas suas canções, com guitarras pegadas como em sua presença de palco que levava público ao delírio.
Como a maioria dos ídolos da época, Chuck Berry veio da pobreza, chegando ao sucesso rapidamente. Sua primeira música a estourar foi:
Depois disso ele teve 30 músicas que chegaram ao “Top Ten” americano, infelizmente ele acabou sendo preso no fim dos anos 50, por causa de uma menor que trabalhava no clube que era dono. Somente ele 63 ele foi solto, mas jamais conseguiu atingir o sucesso passado.
Fique com algumas dessas músicas que marcaram os primeiros passos do rock no mundo:
Para alegria de todos Chuck ainda está vivo, fazendo shows no mundo todo. Inclusive esteve no Brasil há pouco tempo atrás.
O pai do Rock ainda vive!
A história do Rock (IV)
“Deus nos deu o talento, mas foi o homem quem criou o Rock’n’Roll.” Little Richard.
Little Richard foi uma das figuras mais talentosas e mais polêmicas da história do rock.
Ele, que nasceu em 1932 no estado da Georgia, era homossexual assumido,
pastor e ainda se achava a pessoa mais importante do mundo: “Eu sou um presente de Deus para o planeta”, costumava dizer. Apesar de todas essas maluquices, ele possuía um talento que o tornou um dos maiores símbolos do Rock’n’Roll.
"O Rock and Roll é uma música negra. Caso fosse branca, eu diria. Mas não é nada além de Rhythm and Blues. E aquele "R&B" significa "real black". É o velho Blues, mas o que nós fizemos foi pegar o Boogie-Woogie, que os negros tocavam o tempo todo, e misturarmos o Blues. Rock and Roll." Little Richard.
Richard
iniciou sua trajetória musical ainda adolescente, quando aprendeu a
tocar piano. Com influências vindas da música gospel, Boogie-Woogie e
Rhythm & Blues, ele conseguiu criar uma música muito contagiante.
Juntando tudo isso a sua incrível voz e uma grande presença de palco,
ele acabou se tornando um dos mais importantes músicos de sua época.
Depois de chegar ao topo de sua carreira no meados dos anos 50, Little Richard decidiu
abandonar a música no fim daquela década, para poder se dedicar a religião. Contudo, em 1962, ele retornou aos palcos, tocando ao lado de Beatles e do Rolling Stones. Ainda nos anos 60 ele tocou muito em terras inglesas.
Na década de 70 sua carreira teve uma baixa, ainda mais após a morte de seu irmão, por isso Richard abandonou a música novamente, voltando a se dedicar exclusivamente a religião.
Já nos anos 80, ele voltou ao estrelato com a música “Great Gosh a Midnigth” e também entrou para o Rock 'n' Roll Hall of Fame. Na década de 90, Little Richard teve seu grande retorno aos palcos, fazendo uma turnê mundial, que deixou muita gente de queixo caído, pois sua disposição era a de um garoto de 20 anos, cantando Rock’n’Roll com toda a vontade, mostrando que rock não tem idade.
“Eu nunca me achei o melhor de todos, mas eu sou.” Jerry Lee Lewis.
Do mesmo modo que a grande maioria dos astros de Rock
daquela época, Jerry Lee Lewis vinha de uma família pobre, que
hipotecou a própria casa para que o filho pudesse ter um piano no qual
tocar. Felizmente essa foi umas das coisas mais certas que seus pais
fizeram, pois ali estava nascendo um dos maiores nomes da história do Rock.
No ano de 1954, depois de uma adolescência musical, Jerry resolveu largar a música gospel e se dedicar totalmente ao Rock’n’Roll. Com influências boogie-woogie, rhythm and blues, country e gospel, ele criou seu próprio estilo de tocar piano, gravando uma versão de “Crazy Arms” que lhe abriu as primeiras portas rumo ao estrelato.
Dois anos mais tarde, ele tinha alcançado fama até mesmo fora dos E.U.A com a clássica “Whole Lotta Shakin’ Goin’ On”, pouco tempo depois Jerry lançou outro sucesso, que consolidou sua carreira, “Great Balls Of Fire”. Até mesmo Elvis se rendeu a ele, dizendo: “Se um dia conseguir tocar piano igual a Jerry, jamais precisarei cantar de novo.”
Depois desse começo de carreira incrível, Jerry Lee Lewis teve uma queda, pois sua vida pessoal lhe trouxe muitos problemas devido a escândalos com sua esposa, drogas e outras confusões nas quais ele se metia.
“Há apenas um Jerry Lee Lewis e isto aqui vai ser um mundo muito triste quando eu tiver morrido” Jerry Lee Lewis.
Na década de 60, a popularidade dele nos Estados Unidos diminui bastante, mas na Europa ainda estava em alta. Já na década de 70, Jerry chegou ao fundo do poço, pois seus problemas com álcool e drogas pioraram depois da morte de seu filho. Somente quando sua quinta esposa morreu de overdose, foi que ele decidiu parar com tudo e ajeitar a vida.
Em 1986 ele teve sua volta triunfal ao mundo da música, gravando um CD chamado “Class of '55”, no qual Orbison, Cash e Perkins, tocaram também.
A década de 90 foi boa para Lee, apesar de não chegado nem perto do sucesso que ele havia feito no passado. Nos anos 2000 ele continuou com a corda toda, inclusive lançou um CD em 2006, que foi um grande sucesso de crítica e vendas, chamado "Last Man Standing" (“último homem em pé”, em tradução livre).
Em 2009 ele passou pelo Brasil em sua turnê, fazendo um grande show como sempre.
Little Richard foi uma das figuras mais talentosas e mais polêmicas da história do rock.
Ele, que nasceu em 1932 no estado da Georgia, era homossexual assumido,
pastor e ainda se achava a pessoa mais importante do mundo: “Eu sou um presente de Deus para o planeta”, costumava dizer. Apesar de todas essas maluquices, ele possuía um talento que o tornou um dos maiores símbolos do Rock’n’Roll."O Rock and Roll é uma música negra. Caso fosse branca, eu diria. Mas não é nada além de Rhythm and Blues. E aquele "R&B" significa "real black". É o velho Blues, mas o que nós fizemos foi pegar o Boogie-Woogie, que os negros tocavam o tempo todo, e misturarmos o Blues. Rock and Roll." Little Richard.
Depois de chegar ao topo de sua carreira no meados dos anos 50, Little Richard decidiu
abandonar a música no fim daquela década, para poder se dedicar a religião. Contudo, em 1962, ele retornou aos palcos, tocando ao lado de Beatles e do Rolling Stones. Ainda nos anos 60 ele tocou muito em terras inglesas.
Um dos maiores clássicos da história do rock:
Na década de 70 sua carreira teve uma baixa, ainda mais após a morte de seu irmão, por isso Richard abandonou a música novamente, voltando a se dedicar exclusivamente a religião.
Já nos anos 80, ele voltou ao estrelato com a música “Great Gosh a Midnigth” e também entrou para o Rock 'n' Roll Hall of Fame. Na década de 90, Little Richard teve seu grande retorno aos palcos, fazendo uma turnê mundial, que deixou muita gente de queixo caído, pois sua disposição era a de um garoto de 20 anos, cantando Rock’n’Roll com toda a vontade, mostrando que rock não tem idade.
“Eu nunca me achei o melhor de todos, mas eu sou.” Jerry Lee Lewis.
Do mesmo modo que a grande maioria dos astros de Rock
daquela época, Jerry Lee Lewis vinha de uma família pobre, que
hipotecou a própria casa para que o filho pudesse ter um piano no qual
tocar. Felizmente essa foi umas das coisas mais certas que seus pais
fizeram, pois ali estava nascendo um dos maiores nomes da história do Rock.No ano de 1954, depois de uma adolescência musical, Jerry resolveu largar a música gospel e se dedicar totalmente ao Rock’n’Roll. Com influências boogie-woogie, rhythm and blues, country e gospel, ele criou seu próprio estilo de tocar piano, gravando uma versão de “Crazy Arms” que lhe abriu as primeiras portas rumo ao estrelato.
Dois anos mais tarde, ele tinha alcançado fama até mesmo fora dos E.U.A com a clássica “Whole Lotta Shakin’ Goin’ On”, pouco tempo depois Jerry lançou outro sucesso, que consolidou sua carreira, “Great Balls Of Fire”. Até mesmo Elvis se rendeu a ele, dizendo: “Se um dia conseguir tocar piano igual a Jerry, jamais precisarei cantar de novo.”
Depois desse começo de carreira incrível, Jerry Lee Lewis teve uma queda, pois sua vida pessoal lhe trouxe muitos problemas devido a escândalos com sua esposa, drogas e outras confusões nas quais ele se metia.
Na década de 60, a popularidade dele nos Estados Unidos diminui bastante, mas na Europa ainda estava em alta. Já na década de 70, Jerry chegou ao fundo do poço, pois seus problemas com álcool e drogas pioraram depois da morte de seu filho. Somente quando sua quinta esposa morreu de overdose, foi que ele decidiu parar com tudo e ajeitar a vida.
Em 1986 ele teve sua volta triunfal ao mundo da música, gravando um CD chamado “Class of '55”, no qual Orbison, Cash e Perkins, tocaram também.
A década de 90 foi boa para Lee, apesar de não chegado nem perto do sucesso que ele havia feito no passado. Nos anos 2000 ele continuou com a corda toda, inclusive lançou um CD em 2006, que foi um grande sucesso de crítica e vendas, chamado "Last Man Standing" (“último homem em pé”, em tradução livre).
