Parabéns, Brasília!
“O aniversário de Brasília é como se
fosse o aniversário de um membro da nossa família. Nós o comemoramos
com prazer e muita alegria”
Brasília completa, neste 21 de abril, 52 anos de uma história
bonita e gloriosa. Nascida do idealismo de Juscelino Kubistchek, que,
um dia, tal como Dom Bosco um século antes, teve a visão da nova
capital, hoje a cidade é o lar de mais de 2,5 milhões de pessoas. Sou
uma delas, tendo vivido aqui grande parte – 42 anos – de meu quase meio
século de vida.
Cheguei a Brasília como tantos milhares de outros brasilienses que vieram dos vários rincões do País: aos oito anos de idade, como pobre migrante nordestino, pela mão de minha mãe e junto com meus irmãos, a fim de reencontrar meu pai, um dos pioneiros da cidade. Na bagagem, as esperanças de uma vida melhor, longe do interior do Rio Grande do Norte, onde não tínhamos perspectivas. Naquela época, dez anos depois da fundação de Brasília, a capital ainda era um grande canteiro de obras. E eu, logo que pude, comecei a ajudar meu pai a erguer Ceilândia, cidade onde nossa família passou a viver, transferida da favela Vila Esperança, no Núcleo Bandeirante.
Fui servente de pedreiro de meu pai, homem simples, humilde, que nos legou caráter e honradez como herança de família. Fui menino e adolescente pobre. Como rapaz pobre, cresci com Brasília, mas nunca, durante todo aquele longo período de dificuldades, rejeitei a cidade. Ao contrário, sempre amei Brasília, e sempre tive certeza de que o destino me reservava dias melhores, assim como à própria Capital.
Ao longo das décadas em que aqui estou, fui testemunhando as transformações por que Brasília passava. Na verdade, não só testemunhando, mas também participando da consolidação de Brasília como capital da República, junto com os pioneiros, os candangos, aqueles que chegavam transferidos ex-officio e os que vinham estimulados pelas novas oportunidades e vantagens que se desenhavam àqueles que se dispusessem a deixar a cidade de origem para aqui se fixarem.
Sempre confiei no meu futuro e no futuro da nova capital. Foi graças a
essa confiança que consegui superar todas as dificuldades impostas pela
falta de recursos dos primeiros anos de minha vida. As oportunidades
foram surgindo, sempre oferecidas pela cidade. Se tive algum mérito, foi
o de saber aproveitá-las. Estudar em escolas públicas exigia muita
determinação. Todavia, eu tinha gosto pelos estudos, o que me levou
adiante. Na época, concurso público ainda era raridade, mas foi a porta
que se abriu para mim, quando fui aprovado pela primeira vez num desses
certames. Eu não sabia, então, que o destino me tornaria o que sou hoje,
empresário à frente do maior grupo especializado na preparação de
candidatos para concursos.
Em 1988, quando a nova Constituição Federal definiu, como condição
para ingresso nos cargos e empregos públicos, o concurso de provas ou de
provas e títulos, eu já era professor e tive a sorte de estar no lugar
certo, na hora certa. Do antigo Obcursos, que ocupava algumas salas de
um colégio da Asa Sul, chegamos ao que somos hoje, a caminho de, num
futuro próximo, colocar um milhão de pessoas no serviço público pela
democrática via do concurso.
Ao longo dessas décadas, Brasília cresceu muito mais do que o esperado e hoje conta com cerca de 3 milhões de habitantes. Ela se mantém como polo de atração que no passado moveu aqueles que para cá se mudaram durante a construção da cidade e logo após sua inauguração, como a família Granjeiro. É claro que o crescimento, às vezes desordenado, também trouxe graves problemas. Certamente amargamos muitas decepções. Já enfrentamos até a vergonha, por acontecimentos que são de domínio público e que todos lamentamos. Contudo, jamais perdi minha fé na cidade. E sempre procurei, juntamente com minha mulher, brasiliense de origem, professora universitária e grande parceira na empresa que dirigimos, transmitir esse sentimento de amor por Brasília aos meus filhos, também brasilienses.
Posso, pois, dizer que o aniversário de Brasília é como se fosse o
aniversário de um membro da nossa família. Nós o comemoramos com prazer e
muita alegria. Sentimo-nos vencedores como a cidade e consolidados como
ela está hoje. Graças a ela, somos o maior contribuinte individual do
ISS, e a empresa líder no nosso ramo de atividades, conforme atestam os
resultados dos últimos concursos, a exemplo dos do Senado Federal e do
Detran, em que a maioria dos aprovados foram nossos alunos.
Por tudo isso, Brasília não é, para mim, apenas a cidade onde vivo. É uma de minhas paixões.
Cheguei a Brasília como tantos milhares de outros brasilienses que vieram dos vários rincões do País: aos oito anos de idade, como pobre migrante nordestino, pela mão de minha mãe e junto com meus irmãos, a fim de reencontrar meu pai, um dos pioneiros da cidade. Na bagagem, as esperanças de uma vida melhor, longe do interior do Rio Grande do Norte, onde não tínhamos perspectivas. Naquela época, dez anos depois da fundação de Brasília, a capital ainda era um grande canteiro de obras. E eu, logo que pude, comecei a ajudar meu pai a erguer Ceilândia, cidade onde nossa família passou a viver, transferida da favela Vila Esperança, no Núcleo Bandeirante.
Fui servente de pedreiro de meu pai, homem simples, humilde, que nos legou caráter e honradez como herança de família. Fui menino e adolescente pobre. Como rapaz pobre, cresci com Brasília, mas nunca, durante todo aquele longo período de dificuldades, rejeitei a cidade. Ao contrário, sempre amei Brasília, e sempre tive certeza de que o destino me reservava dias melhores, assim como à própria Capital.
Ao longo das décadas em que aqui estou, fui testemunhando as transformações por que Brasília passava. Na verdade, não só testemunhando, mas também participando da consolidação de Brasília como capital da República, junto com os pioneiros, os candangos, aqueles que chegavam transferidos ex-officio e os que vinham estimulados pelas novas oportunidades e vantagens que se desenhavam àqueles que se dispusessem a deixar a cidade de origem para aqui se fixarem.
Ao longo dessas décadas, Brasília cresceu muito mais do que o esperado e hoje conta com cerca de 3 milhões de habitantes. Ela se mantém como polo de atração que no passado moveu aqueles que para cá se mudaram durante a construção da cidade e logo após sua inauguração, como a família Granjeiro. É claro que o crescimento, às vezes desordenado, também trouxe graves problemas. Certamente amargamos muitas decepções. Já enfrentamos até a vergonha, por acontecimentos que são de domínio público e que todos lamentamos. Contudo, jamais perdi minha fé na cidade. E sempre procurei, juntamente com minha mulher, brasiliense de origem, professora universitária e grande parceira na empresa que dirigimos, transmitir esse sentimento de amor por Brasília aos meus filhos, também brasilienses.
Por tudo isso, Brasília não é, para mim, apenas a cidade onde vivo. É uma de minhas paixões.