A UTOPIA NO QUINTAL
PERMACULTURA - BILL MOLISON
AGROFLORESTAS - ERNEST GOTSCH
www.agrofloresta.net/
PRINCIPIOS DA PERMACULTURA
Permacultura
é algo fácil de identificar com um monte de desejos pessoais profundos entre
aquelas pessoas que sonham com paz, harmonia e abundância. Mas leva-se muito
tempo para entender. Não se sinta desencorajado o leitor que está ansioso por
conhecer a Permacultura ou aquele que julgava tê-la compreendido: os conceitos
estão dados e são até bastante claros. A verdade é que as coisas mais
importantes da vida exigem tempo e dedicação, tanto mais quando representam
quebras de paradigmas.
Assumir para nossas vidas aquilo que
é radicalmente novo não é tarefa fácil – no mais das vezes enfrentamos nossos
próprios limites de compreensão e aceitação. Por isso, é preciso coragem, fé e
determinação para tornar-se um permacultor. E tomar o tempo como aliado.
Nas palavras de Bill Mollison de que mais gosto, a Permacultura é “uma
tentativa de se criar um Jardim do Éden”, bolando e organizando a vida de forma
a que ela seja abundante para todos, sem prejuízo para o meio ambiente. Parece
utópico, mas nós praticantes sabemos que é algo possível e para o qual existem
princípios, métodos e estratégias bastante factíveis. Os exemplos estão aí,
para quem quiser ver, nos cinco continentes e em mais de uma centena de países.
Conceitos
Os australianos Bill Mollison e David Holmgren, criadores da Permacultura,
cunharam esta palavra nos anos 70 para referenciar “um sistema evolutivo
integrado de espécies vegetais e animais perenes úteis ao homem”. Estavam
buscando os princípios de uma Agricultura Permanente. Logo depois, o conceito
evoluiu para “um sistema de planejamento para a criação de ambientes humanos
sustentáveis” , como resultado de um salto na busca de uma Cultura Permanente,
envolvendo aspectos éticos, socioeconômicos e ambientais.
Assumir para nossas vidas aquilo que é radicalmente novo não é tarefa fácil – no mais das vezes enfrentamos nossos próprios limites de compreensão e aceitação. Por isso, é preciso coragem, fé e determinação para tornar-se um permacultor. E tomar o tempo como aliado.
Nas palavras de Bill Mollison de que mais gosto, a Permacultura é “uma tentativa de se criar um Jardim do Éden”, bolando e organizando a vida de forma a que ela seja abundante para todos, sem prejuízo para o meio ambiente. Parece utópico, mas nós praticantes sabemos que é algo possível e para o qual existem princípios, métodos e estratégias bastante factíveis. Os exemplos estão aí, para quem quiser ver, nos cinco continentes e em mais de uma centena de países.
Conceitos
Os australianos Bill Mollison e David Holmgren, criadores da Permacultura, cunharam esta palavra nos anos 70 para referenciar “um sistema evolutivo integrado de espécies vegetais e animais perenes úteis ao homem”. Estavam buscando os princípios de uma Agricultura Permanente. Logo depois, o conceito evoluiu para “um sistema de planejamento para a criação de ambientes humanos sustentáveis” , como resultado de um salto na busca de uma Cultura Permanente, envolvendo aspectos éticos, socioeconômicos e ambientais.
Para tornar o conceito mais claro, pode-se acrescentar que a Permacultura
oferece as ferramentas para o planejamento, a implantação e a manutenção de
ecossistemas cultivados no campo e nas cidades, de modo a que eles tenham a
diversidade, a estabilidade e a resistência dos ecossistemas naturais. Alimento
saudável, habitação e energia devem ser providos de forma sustentável para
criar culturas permanentes.
No centro da atividade do permacultor está o design, tomado como planejamento consciente para tornar possível, entre outras coisas, a utilização da terra sem desperdício ou poluição, a restauração de paisagens degradadas e o consumo mínimo de energia. Este processo, segundo André Soares, permacultor do Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado – IPEC, deve ser dinâmico, contínuo e orientado para a aplicação de padrões naturais, contendo sub-processos de organização de elementos dentro de determinados contextos.
No primeiro nível, a ação do permacultor volta-se principalmente para áreas agrícolas com o propósito de reverter situações dramáticas de degradação sócio-ambiental. “Culturas não sobrevivem muito tempo sem uma agricultura sustentável”, assegura Bill Mollison. No entanto, os sistemas permaculturais devem evoluir, com designs arrojados, para a construção de sociedades economicamente viáveis, socialmente justas, culturalmente sensíveis, dotadas de agroecossistemas que sejam produtivos e conservadores de recursos naturais.
Cooperação e solidariedade
A Permacultura exige uma mudança de atitude que consiste basicamente em fazer os seres humanos viver de forma integrada ao meio ambiente, alimentando os ciclos vitais da natureza. Como ciência ambiental, reconhece os próprios limites e por isso nasceu amparada por uma ética fundadora de ações comuns para o bem do sistema Terra.
Mollison e Holmgren buscaram princípios éticos universais surgidos no seio de sociedades indígenas e de tradições espirituais, que estão orientados na lógica básica do universo de cooperação e solidariedade. Não é possível praticar a Permacultura sem observá-los.
Primeiro, será preciso assumir a ética do cuidado com a Mãe-Terra para garantir a manutenção e a multiplicação dos sistemas vivos. Depois, o cuidado com as pessoas para a promoção da autoconfiança e da responsabilidade comunitária. E por fim, aprender a governar nossas próprias necessidades, impor limites ao consumo e repartir o excedente para facilitar o acesso de todos aos recursos necessários à sobrevivência, preservando-os para as gerações futuras.
No centro da atividade do permacultor está o design, tomado como planejamento consciente para tornar possível, entre outras coisas, a utilização da terra sem desperdício ou poluição, a restauração de paisagens degradadas e o consumo mínimo de energia. Este processo, segundo André Soares, permacultor do Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado – IPEC, deve ser dinâmico, contínuo e orientado para a aplicação de padrões naturais, contendo sub-processos de organização de elementos dentro de determinados contextos.
No primeiro nível, a ação do permacultor volta-se principalmente para áreas agrícolas com o propósito de reverter situações dramáticas de degradação sócio-ambiental. “Culturas não sobrevivem muito tempo sem uma agricultura sustentável”, assegura Bill Mollison. No entanto, os sistemas permaculturais devem evoluir, com designs arrojados, para a construção de sociedades economicamente viáveis, socialmente justas, culturalmente sensíveis, dotadas de agroecossistemas que sejam produtivos e conservadores de recursos naturais.
Cooperação e solidariedade
A Permacultura exige uma mudança de atitude que consiste basicamente em fazer os seres humanos viver de forma integrada ao meio ambiente, alimentando os ciclos vitais da natureza. Como ciência ambiental, reconhece os próprios limites e por isso nasceu amparada por uma ética fundadora de ações comuns para o bem do sistema Terra.
Mollison e Holmgren buscaram princípios éticos universais surgidos no seio de sociedades indígenas e de tradições espirituais, que estão orientados na lógica básica do universo de cooperação e solidariedade. Não é possível praticar a Permacultura sem observá-los.
Primeiro, será preciso assumir a ética do cuidado com a Mãe-Terra para garantir a manutenção e a multiplicação dos sistemas vivos. Depois, o cuidado com as pessoas para a promoção da autoconfiança e da responsabilidade comunitária. E por fim, aprender a governar nossas próprias necessidades, impor limites ao consumo e repartir o excedente para facilitar o acesso de todos aos recursos necessários à sobrevivência, preservando-os para as gerações futuras.
Como parte dos sistemas vivos da Terra e tendo desenvolvido o
potencial para desfazer a sustentabilidade do planeta, nós temos como missão
criar agora uma sociedade de justiça, igualdade e fraternidade, a começar pelos
marginalizados e excluídos, com relações mais benevolentes e sinergéticas com a
natureza e de maior colaboração entre os vários povos, culturas e religiões.
Toda ética tem a ver com práticas que querem ser eficazes. “A ética da Permacultura serve bem para iluminar nossos esforços diários de trabalho com a natureza a partir de observações prolongadas e cuidadosas, com base nos saberes tradicionais e na ciência moderna, substituindo ações impensadas e imaturas por planejamento consciente”, assevera Bill Mollison. A chave é estabelecer relações harmoniosas entre as pessoas e os elementos da paisagem.
Toda ética tem a ver com práticas que querem ser eficazes. “A ética da Permacultura serve bem para iluminar nossos esforços diários de trabalho com a natureza a partir de observações prolongadas e cuidadosas, com base nos saberes tradicionais e na ciência moderna, substituindo ações impensadas e imaturas por planejamento consciente”, assevera Bill Mollison. A chave é estabelecer relações harmoniosas entre as pessoas e os elementos da paisagem.