ELVIS PRESLEY EDIÇÃO 1963
Elvis Presley |
(Reportagem de Terry Farrow, publicada na revista “Cinelândia” em janeiro de 1963)
Acima de tudo um rapaz do interior, ELVIS PRESLEY
prefere a vida simples de sua cidade no Tennessee. Quando seus
compromissos o levam a Hollywood ele se instala em uma elegante mansão
alugada com vitrola automática e tudo... Em Bel-Air, o subúrbio de
milionários de Hollywood, ergue-se a casa que Elvis sempre ocupa quando
vai à cidade do cinema rodar um filme ou gravar discos. Muito branca e
moderna, a mansão lhe custa 3.000 dólares mensais e tem uma entrada
imponente, estátuas de mármore e um aquário com peixes dourados. Mas
Elvis lhe dá o toque especial colocando uma vitrola automática em lugar
de honra. A vitrola é idêntica às que se encontram comumente nos bares
norte-americanos. Pisca com luzes vermelhas, amarelas, azuis e verdes e é
revestida de vidro colorido e brilhante. Dentro, o toca-discos roda os
mesmos discos de 45 rpm determinados por um painel de botões na frente. ELVIS PRESLEY
pode ter um Rolls Royce, dois Cadillacs e outros luxos adequados ao seu
estado de milionário, mas não poderia viver sem sua humilde vitrola
automática.
“A
vitrola serve para recordá-lo que existe outra vida real, dura, sem
artifícios” – diz Tom Diskin, secretário de seu empresário. “Em
Elvis não existe nada falso, nem hoje, nem ontem, nem amanhã. E ele não
dá a mínima importância ao que possam dizer as pessoas. A vitrola só
toca se a gente colocar uma moeda. E quem quiser tocá-la tem de colocar a
moeda. Todos os domingos, os rapazes recolhem o dinheiro da máquina e
na segunda-feira pela manhã, o dinheiro é entregue ao jardineiro, para
seus filhos”. Os “rapazes” na casa pertencem à “comitiva” de ELVIS PRESLEY.
O astro tinha uma turma deles, chefiados pelo primo Gene Smith, quando
chegou a Hollywood pela primeira vez e até hoje mantém seus “rapazes”,
embora alguns rostos tenham mudado. Nos quase cinco anos em que
Elvis vem sendo parte do cenário de Hollywood, sua devoção aos velhos
amigos e ao seu lar de Memphis, Tennessee, aumentou sempre. Longe de
“tornar-se muito Hollywood”, Elvis tenta justamente impedir que a
pressão constante e o glamour envolvente da cidade alterem seu tranqüilo
modo de vida.
E
é por isso que ele não sai de Memphis sem os seus amigos. Eles são o
seu elo com o lar, além de lhe prestarem serviços. O grupo atual,
chamado em Hollywood de “Os primos de ELVIS PRESLEY”
ou “A comitiva”, é chefiado pelos primos Gene e Billy Smith, que tomam
conta da coleção de carros de Elvis. De Ray Sitton, que cuida do
guarda-roupa. De Red West, seu “stand in”. O dever de Allan Fortes é
reservar aposentos nos hotéis. Joe Esposito trata dos assuntos pessoais
do cantor. Onde Elvis vai, sua comitiva o segue. Eles o acompanham aos
estúdios de filmagens, de gravações, em suas apresentações pessoais e
agem como guarda-costas sempre que “O Rei” é cercado por suas frenéticas
fãs. Em 1962, Elvis fez dois filmes, “Talhado para Campeão/Kid Galahad”
e “Garotas! Garotas! Garotas!/Girls, Girls, Girls” e atualmente
trabalha em “Loiras, Morenas e Ruivas/It Happened at the World’s Fair”,
uma produção dispendiosa que o tornará ainda mais popular. Entre um
filme e outro, gravou três álbuns, um de cada um dos dois filmes e o
terceiro, uma coletânea de sucessos: “Potluck”. O ELVIS PRESLEY
de hoje é um jovem educado e muito popular, tal como vem sendo nos
últimos cinco anos. Sua popularidade firme não é fruto do acaso. Seus
discos e filmes são lançados a espaços regulares para mantê-lo vivo aos
olhos do público, mas não tanto quanto seus fãs desejariam.
10 PERSONAGENS DE ELVIS
Clint Reno em
AMA-ME COM TERNURA/Love me Tender (1956)
de Robert D. Webb
Com Richard Egan e Debra Paget
Vince Everett em
O PRISIONEIRO DO ROCK/Jailhouse Rock (1957)
de Richard Thorpe
Com Judy Tyler
Danny Fisher em
A BALADA SANGRENTA/King Creole (1958)
de Michael Curtiz
Com Carolyn Jones, Walter Matthau e Dolores Hart
Pacer Burton em
ESTRELA DE FOGO/Flaming Star (1960)
de Don Siegel
Com Steve Forrest, Barbara Eden e Dolores Del Rio
Tulsa McLean em
SAUDADES DE UM PRACINHA/G. I. Blues (1960)
de Norman Taurog
Com Juliet Prowse
Glenn Tyler em
CORAÇÃO REBELDE/Wild in the Country (1961)
de Philip Dunne
Com Hope Lange, Tuesday Weld e John Ireland
Chad Gates em
FEITIÇO HAVAIANO/Blue Hawaii (1961)
de Norman Taurog
Com Joan Blackman e Angela Lansbury
Mike Windgren em
O SERESTEIRO DE ACAPULCO/Fun in Acapulco (1963)
de Richard Thorpe
Com Ursula Andress, Elsa Cárdenas e Paul Lukas
Charlie Rogers em
CARROSSEL DE EMOÇÕES/Roustabout (1964)
de John Rich
Com Barbara Stanwyck e Joan Freeman
Lucky Jackson em
AMOR A TODA VELOCIDADE/
Viva Las Vegas (1964)
de George Sidney
Com Ann-Margret