A inteligência artificial
é um dos assuntos que, até hoje, rende melhores fontes para criar histórias de
ficção científica. A ideia de uma sociedade povoada por robôs inteligentes que,
mais do que realizar tarefas, interagem de maneira totalmente humana, serve de
base para vários produtos de sucesso.
Exemplo disso é a
trilogia “Matrix”, em que a inteligência artificial evoluiu tanto que os robôs
se revoltaram contra seus criadores e decidiram moldar novamente o mundo à sua
forma. Ou, em uma visão menos apocalíptica, pode-se tomar como exemplo o
universo do filme “Eu, Robô”. Nele, um mundo povoado por máquinas
superinteligentes presencia o surgimento do primeiro ser inorgânico capaz de
demonstrar sentimentos.
Apesar de na
ficção máquinas que reproduzem de forma idêntica o comportamento de seres
humanos não serem nenhuma novidade, a realidade ainda está muito distante da
ficção. Apesar de a cada ano surgirem novos robôs inteligentes, sua capacidade
de interação ainda é muito limitada, e ninguém seria capaz de confundi-los com
pessoas de verdade.
Desde a década de
1940, a humanidade sonha com os grandes avanços que a inteligência artificial
deveria ser capaz de proporcionar. Porém, assim como o teletransporte e os
carros voadores, o desenvolvimento científico seguiu por um caminho muito
diferente do esperado.
Neste artigo, desvendamos alguns dos mitos por trás da tecnologia de inteligência artificial. Além de mostrar os principais campos em que ela é utilizada, explicamos os motivos pelos quais, mesmo após décadas de pesquisa, ainda não conseguimos desenvolver máquinas capazes de exibir a mesma complexidade de pensamentos que um humano.
Neste artigo, desvendamos alguns dos mitos por trás da tecnologia de inteligência artificial. Além de mostrar os principais campos em que ela é utilizada, explicamos os motivos pelos quais, mesmo após décadas de pesquisa, ainda não conseguimos desenvolver máquinas capazes de exibir a mesma complexidade de pensamentos que um humano.
Como funciona a inteligência
artificial?
Como o próprio
nome deixa claro, a Inteligência Artificial (IA) é um ramo da ciência de
computação que tem como foco elaborar dispositivos que simulem a capacidade de
raciocínio humano. O objetivo é elaborar máquinas que, mais do que
simplesmente seguir rotinas pré-programadas, sejam capazes de aprender a
desempenhar suas tarefas de forma mais eficiente e consigam se adaptar a novos
ambientes.
Porém, a emulação
do comportamento humano se mostrou um processo muito mais complicado do que o
imaginado originalmente. A própria falta de compreensão que temos do
funcionamento dos processos biológicos que ocorrem no cérebro humano contribuiu
para isso acontecer – afinal, se não conseguimos entender direito como surge o
processo criativo ou a associação de ideias, fica muito difícil reproduzir tais
processo de maneira fiel.
IIsso se deve ao fato de que humanos não utilizam somente critérios lógicos de avaliação para resolver problemas. Aspectos como experiências anteriores, intuição e o próprio inconsciente influenciam de maneira substancial a forma como lidamos com situações inesperadas e contornamos obstáculos.
IIsso se deve ao fato de que humanos não utilizam somente critérios lógicos de avaliação para resolver problemas. Aspectos como experiências anteriores, intuição e o próprio inconsciente influenciam de maneira substancial a forma como lidamos com situações inesperadas e contornamos obstáculos.
Além disso, a
maneira como processamos informações é muito diferente da utilizada por uma
máquina. Exemplo disso pode ser uma simples conversa sobre pássaros: enquanto
os seres humanos possuem um conceito intuitivo do que é o animal (embora nem
todos tenham a mesma imagem mental dele), para uma máquina interpretar tal
conceito exigiria uma grande quantidade de informações.
Não só o conceito
de pássaro deveria estar no banco de dados, como também formas de
diferenciá-los de outros animais e objetos. O resultado é um processo que, se
não impossível, requer um poder computacional que até as máquinas mais modernas teriam
dificuldades em oferecer. Isso sem contar com o longo tempo necessário para
programar todos os aspectos necessários.
Novas perspectivas
A aparente falta
de avanços pelas quais o campo passou durante boa parte das décadas de 1970 e
1980 decretou o fim da inteligência artificial como concebida originalmente. A
necessidade de inovações no campo fez com que o foco deixasse de ser a
recriação do pensamento humano e passasse a ser o desenvolvimento de máquinas
capazes de realizar tarefas impossíveis para uma pessoa.
Durante a década
de 1980, pesquisadores começaram a perceber que a inteligência não se trata de
algo unitário, mas sim da união de diferentes fatores que, quando combinados,
resultam na resolução de problemas e realização de tarefas. O resultado foi o
desenvolvimento de novas técnicas que deixaram de se basear nos humanos como
modelo, usando características próprias da informática para a elaboração de
novas criações.