Na teoria das relações internacionais, o termo Nova Ordem Mundial
tem sido utilizado para se referir a um novo período no pensamento político e
no equilíbrio mundial de poder. Apesar das diversas interpretações deste termo,
ele é principalmente associado com o conceito de governança global.
Foi o presidente
norte-americano Woodrow Wilson que pela primeira vez desenvolveu um programa de
reforma progressiva nas relações internacionais e liderou a construção daquilo
que se convencionou denominar de “uma Nova Ordem Mundial” através da Liga das
Nações. Nos Estados Unidos a expressão foi usada literalmente pela primeira vez
pelo presidente Franklin Delano Roosevelt em 1941, durante a II Guerra Mundial.
A Nova Ordem Mundial também é um conceito sócio-econômico-político
que faz referência ao contexto histórico do mundo pós-Guerra Fria. Foi
utilizada pelo presidente norte-americano Ronald Reagan na década de 1980,
referindo-se ao processo de queda da União Soviética e ao rearranjo geopolítico
das potências mundiais.
Conforme essa nova ordem, os países são classificados em três
grupos:
Países Centrais
Países Periféricos
Países Semiperiféricos/Países em desenvolvimento/Emergentes.
Países Centrais
São países com economia pós-industrial, maior grau de
desenvolvimento e população urbana. Estão localizados na Europa e em alguns
territórios asiáticos.
O maior lucro destes países está em atividades de bancos ou outras
instituições financeiras.
Países Periféricos
São países com economia primitiva, baseada na agropecuária e na
exportação de matérias primas. Tem o menor grau de desenvolvimento e estão
localizados na África, América Central e Oriente Médio.
Países Semiperiféricos
Também chamados e Países em desenvolvimento ou Países Emergentes,
se encontram em fase de desenvolvimento industrial, com maioria da população
concentrada nas cidades. São menos desenvolvidos do que os Países Centrais e
mais desenvolvidos do que os Países Periféricos.
O maior exemplo de Países Semiperiféricos está representado pela
BRIC (Brasil, Russia, India e China), mas ainda podemos citar a África do Sul,
a Argentina, o Chile, o México e a Turquia.
Causas da Designação
A Nova Ordem Mundial foi o que o presidente Bush chamou de ordem
multipolar, onde novos pólos econômicos estavam surgindo, entre eles, Japão,
China, Rússia e União Européia. Quando deu início a nova ordem mundial, a
rivalidade entre os sistemas econômicos opostos, a classificação dos países em
1º, 2º e 3º mundo e a ordem bipolar, EUA e URSS, deixaram de existir.
O termo Nova Ordem Mundial tem sido aplicado de forma abrangente,
dependendo do contexto histórico, mas de um modo geral, pode ser definido como
a designação que pretende compreender uma radical alteração, e o surgimento de
um novo equilíbrio, nas relações de poder entre os estados na cena
internacional.
Num contexto mais moderno, percebe-se muitas vezes esta referência
ser feita a respeito das novas formas de controle tecnológico das populações,
num mundo progressivamente globalizado, descrevendo assim um cenário que aponta
para uma evolução no sentido da perda de liberdades e um maior controle por
entidades distantes, com o quebramento da autonomia de países, grupos menores
em geral, e indivíduos.
Esta descrição ganha por vezes traços de natureza conspirativa,
mas pode também não ser necessariamente esse o caso. Este conceito é muitas
vezes usado em trabalhos acadêmicos, notavelmente no domínio das Relações
Internacionais, onde se procura traçar cenários realistas, com base em fatos,
acerca do impacto de novos elementos da sociedade moderna e de como esta
evolui. Um exemplo de um tema nesta disciplina é a chamada revolução dos assuntos
militares, em que se procura discutir o impacto das novas tecnologias na forma
de se fazer a guerra.