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26 de fev. de 2013

Estimulação cerebral não invasiva é arma para melhorar cognição



Cientistas descobriram uma técnica que parece ótima para melhorar as notas de pessoas de todas as idades no colégio ou faculdade. Uma nova pesquisa mostrou que estimular algumas partes do cérebro com pequenos choques elétricos pode impulsionar a aprendizagem e a capacidade de memória das pessoas.
A técnica, conhecida como estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC), tem sido utilizada para tratar a disfunção cognitiva em pacientes com lesão cerebral, acidente vascular cerebral e pessoas com dificuldades de aprendizagem.
No entanto, pesquisadores da Universidade de Oxford descobriram que a técnica também pode ajudar a melhorar habilidades de adultos saudáveis. Uma série de experiências em voluntários saudáveis testou o quão bem eles solucionavam problemas de matemática e linguística antes e depois da ETCC.
Eletrodos foram amarrados às cabeças dos participantes fornecendo pequenas correntes elétricas para partes individuais do cérebro com rajadas de até 20 minutos.
Os resultados mostraram que o tratamento melhorou a tomada de decisões, a resolução de problemas de linguagem e matemática, a memória e a capacidade de atenção dos voluntários. Os efeitos positivos podem durar até um ano, de acordo com os pesquisadores.
É claro que isso não é nenhuma pílula mágica como as que você encontra em filmes de Hollywood – o tratamento não transforma ninguém em um Einstein em um dia. Ainda sim é necessário trabalhar duro. Mas o tratamento ajuda a você fazer isso melhorando seu desempenho.
Aparentemente não há efeitos secundários negativos com o tratamento, se ele for aplicado corretamente. Capaz de ser administrado através de dispositivos portáteis no valor de aproximadamente 1,4 mil reais, a pesquisa indica que o tratamento pode ser amplamente disponível no futuro para melhorar o desempenho acadêmico das pessoas, incluindo crianças em idade escolar.
No entanto, o médico Cohen Kadosh alertou que como a tecnologia é nova, não existem regras de treinamento ou licenciamento para ela, o que poderia levar ao mau uso por médicos não qualificados no tratamento, podendo causar dano cerebrais em pacientes.