Lemúria
A Lemúria estendia-se de Madagascar a
Ceilão e Sumatra. Incluía algumas partes do que é hoje a África. Porém o
gigantesco continente, que ia do Oceano Índico à Austrália, desapareceu por
completo sob as águas do Pacífico, deixando ver, aqui e ali, somente alguns
topos de seus montes mais elevados.
Amplia a Austrália dos períodos
terciários à Nova Guiné e às ilhas Salomão, talvez a Fidji, e de seus tipos
marsupiais inferem uma conexão com o continente do Norte durante a era
secundária.
Uma das lendas mais antigas da Índia,
conservada nos templos por tradição oral e escrita, reza que há várias centenas
de mil anos, havia no Oceano Pacífico um imenso continente, que foi destruído
por convulsões geológicas e cujos fragmentos podem ver-se em Madagascar, Ceilão,
Sumatra, Java, Bornéu e ilhas principais da Polinésia. As altas mesetas do
Industão, não estariam representadas senão pelas grandes ilhas contíguas ao
continente central...
Segundo os Brahmanes, essa região havia
alcançado um alto grau de civilização e a península do Industão, acrescida pelo
deslocamento das águas na ocasião do grande cataclisma, não fez mais que
continuar a cadeia das primitivas tradições originadas no mesmo continente.
Essas tradições dão o nome de Rutas aos povos que habitavam o imenso continente
equinocial; e de sua linguagem é que derivou o sânscrito...
Durante os primeiros dias da Lemúria,
erguia-se como um pico gigantesco surgido do fundo do mar, e a área compreendia
entre o Altas e Madagascar estava coberta pelas águas até o primeiro período da
Atlântida, após o desaparecimento da Lemúria, quando a África emergiu do Oceano
e o Altas foi submerso pela metade.
Os pormenores quanto à submersão do
Continente habitado pela segunda raça raiz (ver Saint germain - Fraternidade
Branca) são algo escassos. Menciona-se a história do Terceiro Continente, ou
Lemúria, mas no tocante aos outros há simples alusões. Diz-se que a Lemúria
pereceu 700.000 anos antes do começo da chamada era Terciária (período Eoceno).
O cataclisma que destruiu o enorme
continente, do qual é a Austrália o principal remanescente, foi ocasionado por
uma série de convulsões subterrâneas e pela violenta ruptura de solo no fundo
dos oceanos.
Talvez seja esta a razão por que a ilha
de Páscoa, com suas maravilhosas estátuas gigantescas testemunho eloqüente da
existência de um continente que submergiu, com sua humanidade civilizada, quase
não é mencionada nas enciclopédias modernas. Evita-se cuidadosamente fazer-lhe
referência, a não ser em algumas narrativas.
Entre a evolução fisiológica final e a
construção da primeira cidade lemuriana transcorreram muitas centenas de mil
anos. Sem embargo, já estavam os Lemurianos, em sua sexta sub-raça, construindo
com pedras e lava suas primeiras cidades rochosas. Uma dessas grandes cidades
de estrutura primitiva foi toda construída de lava, a umas trinta milhas (...)
do sítio e que agora a ilha de Páscoa estende sua estreita faixa de solo
estéril; cidade que uma série de erupções vulcânicas destruiu por completo. Os
restos mais antigos das construções ciclópicas foram obras das últimas sub
raças lemurianas.
Naqueles dias, frações consideráveis do
futuro continente da Atlântida ainda faziam parte integrante do leito do
Oceano. A Lemúria, nome que convencionamos dar ao Continente da Terceira Raça,
era então uma terra gigantesca. Ocupava toda a área compreendida desde a base
dos Himalaia, que a separavam do mar interior, cujas ondas rolavam sobre o que
hoje é o Tibet, a Mongólia e o grande deserto de Shamo (Gobi), até Chittagong,
prolongando - se a Oeste na direção de Hardward, e a Este até Assam (Annam).
Daí se estendia para o Sul, através da Índia Meridional, Ceilão e Sumatra; e
abarcando, no rumo do Sul, Madagascar à direita, Austrália e Tasmânia à
esquerda, avançava até alguns graus do círculo Antártico.
A partir da Austrália, que era então
uma região interior do continente principal estendia - se ao longo do Oceano
Pacífico, além de Rapa Nuí (Ilha de Páscoa). Esta informação parece estar
corroborada pela Ciência, ainda que parcialmente. Quando fala sobre a direção
(e movimento) dos continentes e demonstra que as massas infra - árticas
acompanham geralmente o meridiano, está a ciência referindo-se a vários
continentes antigos, embora indiretamente e como conseqüência devia existir uma
proximidade muito grande entre a Índia e a Austrália, e em época tão remota que
era seguramente pré-terciária, a Lemúria pereceu, e o que restou dela,
resurgiu mais forte do que nunca, conhecida como Atlântida.
Atlântida
Houve uma época que o Delta do Egito e a África do
Norte faziam parte da Europa. Antes que a formação do Estreito de Gilbratar e o
levantamento ulterior do Continente alterassem por completo o mapa da Europa. A
última mudança notável ocorreu há uns 12.000 anos, e foi seguida pela submersão
da pequena ilha atlante à qual Platão deu o nome de Atlântida.
A destruição da famosa Ilha de Ruta e da ilha menor
de Daitya - que se deu há cerca de 850.000 anos, no fim do período Plioceno,
não deve confundir - se com a submersão do continente principal da Atlântida,
durante o período Mioceno. Os geólogos façam o que fizerem, não podem reduzir a
850.000 anos somente o tempo que se passou desde o período Mioceno; na realidade,
há vários milhões de anos que desapareceu a massa principal da Atlântida.
E a causa do desaparecimento da Atlântida, foram as
perturbações sucessivas do eixo de rotação. Começou este cataclismo nos
primeiros tempos da era Terciária, e, continuando durante muitas idades,
determinou a extinção, pouco a pouco, dos últimos vestígios da Atlântida, com a
exceção provavelmente de Ceilão, e de uma pequena parte do que agora é a
África.
O debate sobre a existência da Atlântida é bem
antigo. Desde os tempos do filósofo Grego Platão, a Atlântida com sua
explêndida civilização, chega aos dias atuais como um enigma que originou a
publicação de aproximadamente 26.000 livros. Teses de caráter geológico,
arqueológico e outras tem servido para aguçar o espírito humano na busca da
existência do enigmático continente. Iremos tratar aqui destas teses, que
poderão dar um caráter científico às nossas buscas.
De todas as lendas sobre povos e civilizações
perdidas, a história de Atlântida parece ser aquela que mais interesse tem
despertado. A primeira referência escrita deste mito encontra-se nos relatos de
Platão. Nos diálogos Timeu e Crítias é narrada a fascinante história da
civilização localizada "para além das colunas de Hércules".
É descrita a existência desta ilha continental, bem
como os detalhes históricos de seu povo, com sua organização social, política e
religiosa, além de sua geografia e também da sua fatídica destruição "no
espaço de uma noite e um dia ". Eis parte do diálogo : "...Ouvi,
disse Crítias, essa história pelo meu avô, que a ouvira de Sólon, o filósofo.
No delta do Nilo eleva-se a cidade de Sais, outrora capital do faraó Amásis e
que foi fundada pela deusa Neit, que os gregos chamam Atena.
Os habitantes de Sais são amigos dos atenienses,
com os quais julgam ter uma origem comum. Eis por que Sólon foi acolhido com
grandes homenagens pela população de Sais. Os sacerdotes mais sábios da deusa
Neit apressaram-se a iniciá-lo nas antigas tradições da história da humanidade.
Na tradição oral de muitos povos antigos, nos
relatos de textos bíblicos, em documentos toltecas e nos anais da doutrina
secreta, existem coincidências que nos fazem crer que outrora existiu um
continente no meio do Oceano Atlântico, que um dia foi tragado pelas águas
revoltas.
Geograficamente, Platão descreve a Atlântida desta
forma: "toda a região era muito alta e caía a pique sobre o mar, mas que o
terreno à volta da cidade era plano e cercado de montanhas que desciam até a
praia, de superfície regular, era mais comprida do que larga, com três mil
estádios na sua maior extensão, e dois mil no centro, para quem subisse do lado
do mar. Toda essa faixa da ilha olhava para o sul, ao abrigo do vento norte. As
montanhas das imediações eram famosas pelo número, altura e beleza, muito acima
das do nosso tempo...".
Segundo todos relatos, os atlantes desenvolveram-se
de tal forma, que o grau de riqueza alcançado por sua civilização não encontra
paralelo conhecido, sendo pouco provável que outros povos viessem a obter
tamanha prosperidade e bonança.
A Atlântida possuía 10 reis. Estes soberanos por
sua vez possuíam dentro de seus domínios