Segredos do Sol – explosões solares em 2012
Documentário do
History Channel sobre as ejeções de massa coronária do Sol e o
seu impacto na Terra e na tecnosfera. O filme sugere que em 2012 haverá
atividade Solar extraordinariamente intensa com grandes impactos na Terra.
Explosões solares
Sumiço de abelhas no mundo intriga cientistas
O problema é grave.
Em termos ambientais, as abelhas são importantes polinizadores naturais
Ricardo Westin
SÃO PAULO – Sem fazer alarde nem deixar pistas, abelhas de
diversas regiões do planeta estão desaparecendo. Elas saem em busca de néctar e
pólen e não retornam mais às suas colméias. Esse misterioso sumiço tem sido
notado, nos últimos anos, nos Estados Unidos, no Canadá, em países da Europa e
até no Brasil.
O problema é grave. Em termos ambientais, as
abelhas são importantes polinizadores naturais. Ao levar o pólen de uma flor a
outra, elas induzem a formação de frutos e sementes. Ou seja, são protagonistas
na reprodução das plantas.
Em termos econômicos, esses insetos são os mais
tarimbados produtores de mel na natureza. Além disso, são cada vez mais
empregados na agricultura, polinizando lavouras de abacate, maçã, laranja,
amêndoa e cenoura, por exemplo.
O sumiço das abelhas veio à tona no ano
passado, nos EUA e no Canadá. No último outono do Hemisfério Norte, criadores
que alugam enxames para agricultores se assustaram com um desaparecimento acima
da média. Em poucos meses, o problema dizimou abelhas em metade dos 50 Estados
americanos e em três províncias canadenses. Apicultores chegaram a perder 90%
de suas colméias.
Para uma melhor dimensão do estrago, o biólogo
americano Edward O. Wilson amplia o mundo dos insetos à escala humana. “De
certa maneira, é o Katrina da entomologia”, comparou ele, que é professor da
Universidade Harvard, ao jornal Washington Post, citando o furacão que há dois
anos matou pelo menos 1,5 mil pessoas nos EUA.
Os americanos batizaram o esvaziamento das
colméias de desordem do colapso das colônias (CCD, na sigla em inglês). As
razões da alta mortalidade, porém, continuam desconhecidas. Os cientistas estão
correndo atrás de uma resposta, mas ainda não conseguiram passar das hipóteses.
Talvez seja a intoxicação por inseticidas – cada vez mais usados na agricultura
-, talvez a infecção por vírus e ácaros. Diante do mistério, não se descarta
nem mesmo a radiação dos telefones celulares.
“Quando uma abelha melífera encontra algo
interessante, o grupo inteiro vai junto. É por isso que é tão vulnerável, mais
que uma abelha nativa”, explica o biólogo americano David De Jong, doutor em
entomologia pela Universidade Cornell e professor de genética na Universidade
de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto.
Uma das dificuldades para apontar a origem da
CCD é o fato de as abelhas sem vida serem encontradas dispersas, bem longe das
colméias.
Abelhas no Senado
Nos EUA, o mundo dos insetos foi alçado a
assunto de política pública. Em abril, o FDA (a agência responsável pelo
controle de remédios e alimentos) realizou um congresso em Washington para
discutir o tema. De Jong foi convidado para expor a situação brasileira.
Até a senadora Hillary Clinton, aspirante à
presidência, vestiu a camisa dos apicultores. “Precisamos tomar as ações
necessárias para ajudar nossos produtores de mel e agricultores e evitar que a
situação fique pior”, disse ela, que propôs mais verbas para investigações.
A preocupação governamental não é à toa. Por
ano, a agricultura que depende da polinização das abelhas – são mais de 90 tipos
de alimento – injeta na economia americana a considerável cifra de US$ 14
bilhões (cerca de R$ 26,8 bilhões) por ano.
Os cientistas, porém, não acreditam que o
sumiço possa levar à extinção. As abelhas já voavam muito antes do aparecimento
do homem. O fóssil mais antigo desse inseto tem 100 milhões de anos. O homem
moderno surgiu há cerca de 100
mil anos.
fonte: Estadão