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14 de abr. de 2013

O governo clandestino do Brasil - Ou invisível!

 


Por detrás do governo visível encontra-se um governo invisível que não deve fidelidade ao povo e não reconhece nenhuma responsabilidade. Aniquilar esse governo invisível, destruir a ligação ímpia que liga os negócios corrompidos com a política, ela mesma corrompida, tal é o dever do homem de Estado"

QUEM SÃO ELES?


Comando Delta é o nome que se deu (batizado por eles mesmos) às pessoas que verdadeiramente governam este país desde 1500. São grandes e megaempresários nacionais e internacionais de todas as áreas, são funcionários do Executivo, Judiciário e Legislativo, além de organismos internacionais de investigações governamentais, que se unem para ditar as regras de tudo e para todos, principalmente na escolha do presidente da República. Foram eles que decidiram que Sarney tinha de tomar posse, e não Ulysses Guimarães, como mandava a Constituição Federal. Foram eles que decretaram que Collor tinha de sair pela porta dos fundos, investigando e achando a corrupção praticada por eles mesmos, que deram dinheiro para a campanha de Collor e depois denunciaram. Foram eles que decretaram que FHC seria o candidato e não o deixaram apoiar Collor como queria. Agora eles se unem desesperados para fazer o sucessor de FHC. Queriam Aécio como candidato, mas o teimoso Serra atrapalhou e deixou muita gente nervosa. A imprensa noticiou reuniões “secretas” de banqueiros, empresários e empreiteiros com Aécio, Serra e FHC, bem antes do início das disputas. Agora contam também com especuladores internacionais que ditam normas para nossa economia, com aumentos injustificáveis do dólar e de pressões de acordos antecipados. Se não bastasse, o Comando Delta recebeu como membros os mais novos interessados, que são os empresários internacionais que ganharam as teles de presente de FHC. Esse pessoal do Comando fatura 90 por cento do que se lucra no país e não irá abrir mão de continuar a faturar como querem e bem entendem, em detrimento da sofrida população brasileira. Irão tentar fazer o Presidente da República a qualquer custo. Qualquer! (Francisco Carlos Garisto, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais) Na defesa dos interesses dos oprimidos, o Ministério Público entra em choque necessariamente com os interesses dos parasitas sociais, dos que controlam o Estado, dos que obtêm rendimentos de estruturas de dominação, de exclusão e de opressão social. Os interesses  opressores, não contentes com a exploração dos trabalhadores e dos consumidores, via cartéis etc, locupletam-se com mais de 200 bilhões de reais por ano, no mínimo, em atividades como corrupção, sonegação e a rolagem imoral da dívida pública. Através da sonegação, da corrupção e do mecanismo da rolagem da dívida pública, aqueles que exploram e parasitam o povo controlam o Estado e mantêm a situação de iniqüidade atual. Por isso, o Brasil é o campeão em má distribuição das rendas, tal como é um dos campeões em juros altos, em latifúndios, em grilagem, em corrupção, e mais recentemente em desnacionalização de sua economia, neocolonialismo econômico e cultural explícito etc. (Procurador da República Luiz Francisco Fernandes de Souza)

A ASCENSÃO DE DANTAS.

Uma breve cronologia das relações do banqueiro com o poder. MEADOS DOS ANOS 80. Por intermédio de Antonio Carlos Magalhães, o então empresário e ex-aluno de Mário Henrique Simonsen participa de reuniões com economistas do governo José Sarney. É sua porta de entrada no mundo da política. Os contatos se estendem ao mandato de Fernando Collor de Mello. 1994. Funda o Banco Opportunity e aproxima-se de luminares da equipe econômica de Fernando Henrique Cardoso. Pérsio Arida, ex-presidente do Banco Central, iria se tornar sócio do Opportunity. Elena Landau, uma das mentoras do programa de privatização tucana, seria depois sua funcionária. 1998. O Sistema Telebrás é privatizado. Os grampos do BNDES, feitos por ex-agentes do extinto SNI, revelam a atuação de altos funcionários do governo FHC para favorecer o banqueiro. Em uma das conversas, o então presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros, afirma ser preciso “fazer os italianos na marra”. Ou seja, forçá-los a uma associação com Dantas, o que de fato aconteceu. 2002. Após um jantar com Dantas no Palácio do Planalto, Fernando Henrique Cardoso ordena a intervenção nos fundos de pensão, que estavam em disputa judicial com o Opportunity por conta dos prejuízos provocados por sua gestão à frente das empresas de telefonia privatizadas. Funcionários da Kroll são flagrados pela PF no Rio após confundirem o então presidente do BC, Armínio Fraga, com o ex-presidente do BNDES (e do Banco do Brasil) Andrea Calabi, que prestava consultoria à Telecom Italia. Inicia-se a investigação do chamado caso Kroll. 2004. A PF realiza a Operação Chacal, que apreende documentos e os discos rígidos do computador central do Opportunity. Mais tarde, Dantas viraria réu por espionagem ilegal e formação de quadrilha, entre outros crimes. 2005. O banqueiro é preso na Operação Satiagraha. Entre outros crimes, é acusado de tentar subornar um delegado federal com 1 milhão de dólares. Em duas ocasiões, o presidente do Supremo, Gilmar Mendes, concede habeas corpus a DD. Mendes, em parceria com a Veja, esmera-se em denunciar a existência de um “Estado policial” no Brasil. A República mergulha em nova “crise”.




Trecho da entrevista do presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais Francisco Carlos Garisto concedida para a revista Caros Amigos

Sérgio de Souza - O que é o Comando Delta?

Garisto - O Comando Delta é a fábrica de presidentes, é o que comanda o sistema brasileiro, que fez a reunião para escolher o Fernando Henrique, que já deve estar fazendo reunião para convidar outro.

João de Barros - Quem faz parte desse Comando?

Garisto - Ah, esse comando é florido! Não vou entrar nessa, que essa eu não posso.

Sérgio de Souza - Não precisa dizer os nomes, só os cargos, ou de que áreas.

Garisto - De todas. De médico a político, a tudo. Eles se reúnem e não existe uma coisa planejada. O camarada, por exemplo, é dono de uma escola e está faturando milhões, se entrar o Lula: "Aí ele vai me ferrar, estou ganhando 100 milhões por ano...".

Quase todos - Di Genio?

Garisto - Vocês que estão falando. Aí tem, por exemplo, um banqueiro ? quero ver vocês falarem agora.

Wagner Nabuco - Tem muitos.

Garisto - Aí você tem o sistema bancário, por exemplo, e os caras faturando um bi por ano, você pega o último balanço do banco e ele passa a ser o primeiro ? estou dando dica pra caramba ?, aí você vê um cara desses correr risco de entrar um maluco qualquer na presidência da República; não é aquele conluio de conspiração para matar o Kennedy, mas é aquela coisa que você se organiza para manter o status quo: "Vem cá, meu irmão, o que vamos fazer?" E eles chamam de Comando Delta: "Não está na hora de reunir o Comando, não?" Então, eles chamam um, chamam o outro, se reúnem.

Wagner Nabuco - Tem um secretário?

Garisto - Não tem secretário, nem presidente, não é conspiração, é informal, cuidam dos interesses deles com as armas que têm: grana!

João de Barros - Mas é palaciano?

Garisto - É pré-palaciano. E depois levam o resultado. Então, você reúne a empreiteira que faturou não sei quantos milhões, o banqueiro que ganha não sei quantos milhões, e aí você tem que eleger uma pessoa para comandar os trabalhos, como na maçonaria tem o grão-mestre, aquelas coisas.

Verena Glass - Tem consultor externo?

Garisto - Tem de tudo. Hoje, você está conversando, amanhã os caras estão entregando. Uma vez dei uma entrevista na televisão e falei: "O Comando Delta acaba escolhendo um presidente aí". Só falei isso, e a entrevistadora, na hora: "Quem é o Comando Delta?" Eu: "As pessoas ?de bem? do país, pessoas que comandam a economia, o mercado". Rapaz, deu um bode desgraçado! Ela me ligou depois de dois dias e disse: "Garisto, o que tem de gente ligando querendo saber do Comando Delta". Falei: "Isso é coisa do Chuck Norris, Comando Delta 2, 3, pára com isso! Tô fora, porque eles são muito fortes". São unidos, ricos e inteligentes. Aquela operação toda feita no seqüestro do Diniz, organizado, bonitinho, vocês da mídia são os donos dela através do representante maior de vocês ? daqui a pouco estou falando o nome, que já ganhou a segunda tartaruga agora. Ele ganhou a segunda tartaruga porque a outra morreu. (risos)



Sérgio de Souza - Ficou para trás aquela história do golpe de Estado.

Garisto - O golpe que não houve. Estávamos fazendo uma greve e eu estava comandando, era presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais...

Sérgio de Souza - Que ano era isso?

Garisto - 1994. Aí tem nome, e eu dou porque falei pra eles que ia escrever um livro e eles falaram que podia botar, então está liberado: é o Moroni Torgan e o deputado federal Luciano Pizzatto, que estão na ativa ainda. O Luciano Pizzatto, na época, era presidente da Comissão de Segurança Nacional da Câmara, muito ligado aos militares. E o Moroni era líder do governo do Itamar. É meu amigo particular, já o conhecia desde aquela época. Aí estávamos comandando aquela greve e dez dias, quinze dias, a Veja deu capa, a IstoÉ deu capa. A Veja deu: "Baderneiros ameaçam autoridade do governo". E o distintivo da Polícia Federal. A IstoÉ deu: "Rebelião dos tiras".. E o distintivo da Polícia Federal. E aí fui no Jô, fui em tudo quanto é canto por conta da greve. O que queríamos? Queríamos o mesmo salário que a Polícia Civil do Distrito Federal recebia. Porque tinha a lei 7.702 que dizia: "Policial federal tem que ganhar igual a policial civil". E não estavam cumprindo. Você é um policial, obriga todo mundo a cumprir a lei e não cumprem pro policial, então fomos pra greve. E aí todos os Estados entraram em greve, dez dias, vinte, trinta, quarenta, cinqüenta dias. "Como é que vamos acabar essa greve?" Aí eles queriam assumir — eles, vou dar nomes —, queriam assumir o controle da Polícia Federal. Os militares, as viúvas do SNI querem o controle da Polícia Federal porque é o instituto legal que detém hoje as coisas que têm que ser feitas no país: Collor, PC, agora esses deputados todos aí, você vê que rola tudo na Federal. E os militares tiveram o comando da Polícia Federal desde a sua criação. Ela foi criada pra ser um braço civil deles. E botaram lá o general Bandeira, o coronel Moacir Coelho, depois o coronel Araripe. O primeiro civil foi o Romeu Tuma, que era superintendente da Polícia Federal em São Paulo, colocado pelo senhor Georges Gazale, que era amigo pessoal do Figueiredo. "Ah! O primeiro civil." Civil com aspas, né? Porque o Tuma não é propriamente um civil: era chefe do DOPS. Comandou aquilo tudo, mas passou como bonzinho, os amigos que trabalharam com ele foram quase todos execrados na mídia pelas merdas que fizeram e depois foram abandonados pelo chefe.

Sérgio de Souza - Dizem até que ele acabou com a tortura nos porões.

Garisto - Isso é brincadeira! Você levanta os caras que sumiram na época em que ele era diretor do DOPS. Porque quem comandava a tortura era o Fleury, não era ele. Só que ele sabia, o Fleury não fazia nada sem ele. E, é lógico, ele passou incólume, sorte dele, é inteligente, estamos em outra época e ninguém quer caçar defunto. Aí o que acontece? O Tuma manteve o mesmo controle, passava as informações todas pros milicos. Os milicos: "Fulano não quer aprovar a compra dos tanques, quem é ele?" "Eu vou levantar." É assim que se processavam as coisas. Aquele maldito tráfico de influência que se operava através da Polícia Federal. Mas ela foi crescendo num processo de democratização, culminando com a indicação: "Agora não pode mais colocar um militar, porque o período não está permitindo mais, a Polícia Federal cresceu, está investigando índio, terra, tudo, vamos colocar um civil". Aí bota o Galdino, de formação igualzinha à do Tuma. O Galdino foi acusado de tortura. O livro Brasil! Nunca Mais tem o nome do Galdino. E ele foi colocado de diretor, quer dizer, a mesma coisa. E se reportava aos milicos daqui e de lá. Aí coloca um outro ligado, mais um outro ligado, aí vem passando, você chega no Chelloti. O Chelloti coloca uma mentalidade nova e não dá bola para os milicos. Aí os milicos tinham que derrubar o Chelloti, certo? E vem o coronel Wilson Brandi Romão, que foi chefe da Conab e foi acusado de um enorme prejuízo na Conab, deixou apodrecer feijão, aquele negócio todo. Como prêmio por ter dado um prejuízo de 50 milhões à Conab, ele foi assumir a Polícia Federal. Assumiu para acabar com a indisciplina do sindicato, que estava ameaçando greve: "Vamos botar um coronel de novo, que a disciplina está sendo quebrada, está sendo rompida. O Tuma não tem mais autoridade e nem o Galdino, vamos botar o coronel".


"O Comando Delta é a fábrica de presidentes, é o que comanda o sistema brasileiro, que faz a reunião para escolher FHC, que já deve estar fazendo reunião pra convidar outro."

A entrevista na integra está em:

Rodrigo Veronezi OBRIGADO PELO POVO BRASILEIRO A  (Francisco Carlos Garisto, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais)

http://franciscogaristo.blogspot.com/2009/04/vamos-discutir-o-comando-delta_05.htm

Os 12 cidadãos acima são uma espécie de tribunal superior, instância última na guarda dos segredos do governo invisível dos EUA. É o Conselho de Inteligência dos EUA (USIB), que à época desta foto, no governo do presidente Richard Nixon, era presidido por William Colby, então Diretor Central de Inteligência (e da CIA) – o terceiro, a partir da esquerda. Para críticos do excesso de sigilo – como o National Security Archive (NSArchive), grupo privado que funciona na Universidade George Washington – o governo Obama tem de buscar transparência na prometida revisão dos exageros, que a dupla Bush-Cheney levou ao extremo.
endo� � r � t �T� estava comandando, era presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais...

Sérgio de Souza - Que ano era isso?

Garisto - 1994. Aí tem nome, e eu dou porque falei pra eles que ia escrever um livro e eles falaram que podia botar, então está liberado: é o Moroni Torgan e o deputado federal Luciano Pizzatto, que estão na ativa ainda. O Luciano Pizzatto, na época, era presidente da Comissão de Segurança Nacional da Câmara, muito ligado aos militares. E o Moroni era líder do governo do Itamar. É meu amigo particular, já o conhecia desde aquela época. Aí estávamos comandando aquela greve e dez dias, quinze dias, a Veja deu capa, a IstoÉ deu capa. A Veja deu: "Baderneiros ameaçam autoridade do governo". E o distintivo da Polícia Federal. A IstoÉ deu: "Rebelião dos tiras".. E o distintivo da Polícia Federal. E aí fui no Jô, fui em tudo quanto é canto por conta da greve. O que queríamos? Queríamos o mesmo salário que a Polícia Civil do Distrito Federal recebia. Porque tinha a lei 7.702 que dizia: "Policial federal tem que ganhar igual a policial civil". E não estavam cumprindo. Você é um policial, obriga todo mundo a cumprir a lei e não cumprem pro policial, então fomos pra greve. E aí todos os Estados entraram em greve, dez dias, vinte, trinta, quarenta, cinqüenta dias. "Como é que vamos acabar essa greve?" Aí eles queriam assumir — eles, vou dar nomes —, queriam assumir o controle da Polícia Federal. Os militares, as viúvas do SNI querem o controle da Polícia Federal porque é o instituto legal que detém hoje as coisas que têm que ser feitas no país: Collor, PC, agora esses deputados todos aí, você vê que rola tudo na Federal. E os militares tiveram o comando da Polícia Federal desde a sua criação. Ela foi criada pra ser um braço civil deles. E botaram lá o general Bandeira, o coronel Moacir Coelho, depois o coronel Araripe. O primeiro civil foi o Romeu Tuma, que era superintendente da Polícia Federal em São Paulo, colocado pelo senhor Georges Gazale, que era amigo pessoal do Figueiredo. "Ah! O primeiro civil." Civil com aspas, né? Porque o Tuma não é propriamente um civil: era chefe do DOPS. Comandou aquilo tudo, mas passou como bonzinho, os amigos que trabalharam com ele foram quase todos execrados na mídia pelas merdas que fizeram e depois foram abandonados pelo chefe.

Sérgio de Souza - Dizem até que ele acabou com a tortura nos porões.

Garisto - Isso é brincadeira! Você levanta os caras que sumiram na época em que ele era diretor do DOPS. Porque quem comandava a tortura era o Fleury, não era ele. Só que ele sabia, o Fleury não fazia nada sem ele. E, é lógico, ele passou incólume, sorte dele, é inteligente, estamos em outra época e ninguém quer caçar defunto. Aí o que acontece? O Tuma manteve o mesmo controle, passava as informações todas pros milicos. Os milicos: "Fulano não quer aprovar a compra dos tanques, quem é ele?" "Eu vou levantar." É assim que se processavam as coisas. Aquele maldito tráfico de influência que se operava através da Polícia Federal. Mas ela foi crescendo num processo de democratização, culminando com a indicação: "Agora não pode mais colocar um militar, porque o período não está permitindo mais, a Polícia Federal cresceu, está investigando índio, terra, tudo, vamos colocar um civil". Aí bota o Galdino, de formação igualzinha à do Tuma. O Galdino foi acusado de tortura. O livro Brasil! Nunca Mais tem o nome do Galdino. E ele foi colocado de diretor, quer dizer, a mesma coisa. E se reportava aos milicos daqui e de lá. Aí coloca um outro ligado, mais um outro ligado, aí vem passando, você chega no Chelloti. O Chelloti coloca uma mentalidade nova e não dá bola para os milicos. Aí os milicos tinham que derrubar o Chelloti, certo? E vem o coronel Wilson Brandi Romão, que foi chefe da Conab e foi acusado de um enorme prejuízo na Conab, deixou apodrecer feijão, aquele negócio todo. Como prêmio por ter dado um prejuízo de 50 milhões à Conab, ele foi assumir a Polícia Federal. Assumiu para acabar com a indisciplina do sindicato, que estava ameaçando greve: "Vamos botar um coronel de novo, que a disciplina está sendo quebrada, está sendo rompida. O Tuma não tem mais autoridade e nem o Galdino, vamos botar o coronel".

"O Comando Delta é a fábrica de presidentes, é o que comanda o sistema brasileiro, que faz a reunião para escolher FHC, que já deve estar fazendo reunião pra convidar outro."




Quem está à direita de Colby na foto é seu então adjunto e vice-diretor da CIA, general Vernon Walters, em parte premiado com esse cargo pelos bons serviços prestados em favor do sucesso em 1964 do golpe militar que pôs fim à democracia no Brasil (ele conseguiu também instalar como primeiro  dos cinco presidentes dos 20 anos de ditadura, o amigo Humberto de Alencar Castello Branco).  Os demais são (não nesta ordem) o secretário-executivo do USIB, representantes dos departamentos de Estado, do Tesouro, do FBI (Justiça), da AEC (Comissão de Energia Atômica), da DIA, da NSA e da Inteligência do Exército, Marinha e Força  Aérea







A coisa funciona mais ou menos assim: alguém (pessoa ou entidade privada, como a o NSArchive) solicita a liberação de papéis e informações (no jargão da espionagem, “desclassificação”), às vezes de décadas atrás, sobre ações ou operações ainda sob a proteção do sigilo. A tendência das agências de espionagem (CIA, DIA, NSA, etc) é sempre dizer um sonoro “não”. Ou porque coisas feitas no passado, mesmo remoto, acabam por gerar questionamentos fundamentados em critérios novos, a partir do que veio depois, ou mesmo porque entre os segredos há ações equivocadas e erros graves de avaliação das próprias agências, que elas preferem esconder do público.


De acordo com o mesmo relato, recentemente o painel decidiu – em resposta a recurso da entidade privada – revogar várias negativas da CIA relacionadas a documentos das décadas de 1960 e 1970. Apesar do ISCAP ter mantido o sigilo para certo material que encarou como segredos mais sensíveis, também concluiu que muitas das informações negadas pela CIA poderiam perfeitamente ser liberadas sem quaisquer danos para a segurança nacional. Para o NSArchive, a tendência  das  agências de espionagem, em especial a CIA, é de se exceder no sigilo, insistindo em manter sob controle ainda rigoroso a história da fase inicial da  guerra fria.




Tais exemplos da CIA, para o NSArchive, indicam que as regras e regulamentos que sustentam o sistema de sigilo permitem às agências de inteligência, em especial a CIA, continuar impondo os padrões estreitos de uma forma irracional. A aparência é de que a comunidade dos espiões ainda mantém, graças às leis  em vigor, o poder de impor o véu do sigilo sobre partes relevantes de sua própria história. A promessa de transparência do governo Obama vai esbarrar ainda numa ordem executiva recente, assinada pelo presidente George W. Bush, que praticamente deu poder de veto à CIA sobre as próprias decisões do ISCAP.

O sistema criado para permitir recurso para uma revisão na classificação de informações data dos anos 1970, ainda no governo Nixon – a mesma época da tempestuosa investigação no Senado, presidida por Frank Church, que revelou excessos escandalosos da CIA, entre eles os planos de atentados contra líderes e governantes estrangeiros (saiba mais sobre ele e a investigação AQUI). A discussão levantada agora pelo NSArchive, com experiência relevante na utilização da Lei de Liberdade de Informação (FOIA), certamente é uma contribuição que ajudará o atual governo a cumprir as promessas sobre transparência.

OS BANQUEIROS INTERNACIONAIS "Rothschild"





Muitos enigmas envolvem o centro secreto do negócio bancário internacional: a casa Rothschild. Em 1750, Mayer Amschel Bauer comprou o banco de seu pai em Frankfurt e trocou seu nome pelo de Rothschild, que significa literalmente “escudo vermelho”, pois, um escudo vermelho estava afixado na porta da entrada do banco e representava o sinal dos judeus revolucionários e vencedores na Europa oriental. Mayer casou-se e teve cinco filhos e cinco filhas. Os nomes de seus filhos eram Amschel, Salomon, Nathan, Kalmann (Karl) e Jacob (James). Sua ascensão acelerou-se quando ele obteve os favores do príncipe Guilherme IX de Hesse-Hanau. Ele tomou parte, em sua presença, nos encontros dos franco-maçons da Alemanha. Foi então que se iníciou o comércio bancário internacional: cada filho abriu um banco num país diferente. Amschel em Berlim, Salomon em Viena, Jacob em Paris e Kalmann em Nápoles. Salomon Rothschild era membro dos franco-maçons. A fortuna seria administrada pelos filhos homens e seria o mais velho que teria o poder decisivo e resolveria em caso de desacordo.

A guerra contra o patrimônio público brasileiro


Muito além da pseudo eficiência privada

O sistema econômico capitalista tem entre suas características fundamentais a do desenvolvimento desigual entre as nações. No seu processo de expansão, formou-se um centro (Europa, Estados Unidos da América do Norte e Japão -Ásia) e uma periferia (o resto do mundo). Esta é composta por nações que foram colonizadas e, salvo exceções, mesmo depois da proclamação da "independência" se mantiveram integradas de modo subordinado ao centro imperialista do sistema.

Por essa razão, nessas nações, como é o caso do Brasil, a burguesia foi gerada pelo capital externo e pelo latifúndio, sendo dependente e associada ao capitalismo central, incapaz de formular ou aderir a um projeto de desenvolvimento nacional autônomo, do tipo "O capital se faz em casa", como descrevia Barbosa Lima Sobrinho o modelo japonês.

Os setores médios é que historicamente se preocuparam em romper ou pelo menos reduzir a dependência do nosso país. A partir da Revolução de 30, esses setores conseguiram avanços significativos, quando, nos dois governos de Getúlio Vargas (1930-1945 e 1951-1954) se estruturou um setor econômico estatal forte e de base, abrangendo a siderurgia (CSN, Usiminas, Vale do Rio Doce), extração de combustível fóssil (Petrobras) energia elétrica (Eletrobras), Finanças (Banco do Brasil). No caso do BB, houve fortalecimento e redirecionamento de seus programas de financiamento, pois o banco fora criado já em 1808 por dom João VI, quando a Corte portuguesa se instalou no Brasil, fugindo da invasão napoleônica.

Só foi possível a criação de empresas estatais sólidas com investimento público. Como os recursos públicos advêm da arrecadação de tributos, nada mais verdadeiro que definir que elas são patrimônio do povo brasileiro.

A guerra contra o patrimônio público

VEJAM O VÍDEO COM AS DENÚNCIAS CONTRA O GOVERNO FHC



O capital estrangeiro imperialista e seu sócio interno, a grande burguesia brasileira, nunca aceitaram essa estratégia. Sempre escamoteando suas verdadeiras razões, golpearam o segundo governo de Vargas em nome do combate à corrupção (1954) e o governo de João Goulart (1964), para debelar o risco de implantação de uma república sindicalista e impedir o avanço do comunismo. Como sabemos, o verdadeiro motivo em todas essas ocasiões foi a eliminação dos obstáculos à plena dominação da economia brasileira, entre os quais o "estado-empresário".

A ditadura militar (1964-1985) preparou o terreno para o profundo ataque que viria a seguir, especialmente a partir do governo Collor de Melo (escancarou as portas do país, eliminando o pouco de legislação protetora da economia brasileira que ainda existia e privatizou a Usiminas), Itamar Franco (privatizou a CSN) e Fernando Henrique Cardoso. Este foi fundo, completando a privatização das siderúrgicas (Vale do Rio Doce, maior exportadora de minérios do Mundo), a distribuição de energia elétrica, o sistema de telecomunicações, as rodovias, a terceirização de serviços públicos, etc. Ironicamente, FHC fora um dos formuladores da Teoria da Dependência, mas logo que assumiu o governo pediu que esquecessem o que ele escrevera e passou a cometer o que Barbosa Lima Sobrinho costumava classificar em seus artigos, de crime de lesa-pátria.

A alegação dos governos privatistas, especialmente de FHC, era de que os recursos serviriam para reduzir a dívida pública e melhorar os serviços públicos. Ocorreu exatamente o contrário. As privatizações geraram em seu governo 76,61 bilhões de dólares, mas a dívida pública, que era de 60 bilhões de dólares em julho de 1994, pulou para 245 bilhões de dólares em novembro de 1998. Ou seja, o patrimônio público diminuiu e a dívida aumentou.

Não poderia ser diferente, pois os criminosos aceitaram que compradores pagassem parte do valor devido com as chamadas "moedas podres", que são títulos da dívida pública com valor zero ou próximo disso no mercado e aceitos pelo valor de face para a compra de empresas do Estado. Outra parte da compra foi financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Quer dizer, recursos públicos sendo utilizados por empresas privadas, inclusive estrangeiras, para adquirir patrimônio público.

O que mudou?

Apesar do discurso de campanha do presidente, a realidade é bem outra. No governo de Lula, tanto no primeiro como no segundo mandato, foram privatizados bancos estaduais, a exemplo do Banco do Estado do Ceará e Banco do Estado do Maranhão, a privatização de estradas, que fere frontalmente o direito constitucional de ir e vir, se ampliou e também foram mantidos os leilões de campos petrolíferos, o que enfraquece a Petrobras. Sem falar na terceirização de serviços públicos, canal de repasse de dinheiro público para enriquecimento de empresas capitalistas.

Mas a burguesia não abre mão de ter a propriedade direta dos bens econômicos do Estado. Quando seus representantes instalam a CPI da Petrobras, seu objetivo não é exatamente o de moralizar a gestão, de pôr um fim à corrupção, nada disso, pois em corrupção eles são mestres ou doutores. É de propor sua privatização, sob a alegação de uso político, desvio de recursos, etc. Como se a empresa privada fosse modelo de boa gestão e honestidade. E os balanços fraudulentos? E os desvios de recursos para contas privadas? E a contaminação do leite, etc. etc.?


FONTE: http://www.averdade.org.br/modules/news/article.php?storyid=105




O GOVERNO INVISÍVEL

Um dia, discutindo com oficiais de alta patente no Clube Militar do Rio de Janeiro, perguntei a um deles, homem com experiência em serviços de inteligência, se havia lido algum documento de fonte primária sobre o tópico em discussão. Não, não havia. Livros especializados? Também não. Estudos publicados em revistas acadêmicas? Também não. Relatórios de serviços de inteligência? Também não. “Então, de onde raios você tira as suas informações?”, perguntei. E ele, com a cara mais bisonha do mundo: "Dos jornais."
Foi nesse instante que, com um arrepio na espinha, senti a catástrofe mental brasileira em toda a sua extensão. Quando comecei a trabalhar no jornalismo, todos ali sabíamos que o produto do nosso trabalho eram superficialidades para consumo popular. Quando entrevistávamos um estudioso, esperávamos sempre que ele tivesse fontes de informação melhores que as nossas. De repente, eu me via na situação terrivelmente incongruente de conversar com um especialista que só tinha a dizer aos repórteres aquilo que eles mesmos lhe haviam contado. O país dirigido por uma classe pensante nutrida tão somente dessa ração intelectual só podia mesmo ir para o buraco.
O pior era que, no vácuo de fontes mais substanciosas, a mídia crescera em prestígio na razão inversa da sua audiência: jornais que no último dia do milênio vendiam menos que na década de 50 haviam se tornado, no ambiente de ignorância geral, os proprietários quase monopolísticos do dom da credibilidade, incumbidos de separar realidade e fantasia ante os olhos de um cândido mundo.
Sei que esse processo, nos EUA, está longe de ter alcançado a compacta densidade das trevas brasileiras. No entanto, a velocidade que ele ganhou na última eleição justifica o temor de que, em breve, as classes falantes americanas também estarão tateando no escuro, sem exigir claridade por já não imaginarem que raio de coisa é isso.
Durante a campanha, a ocupação mais intensa da mídia americana foi uma sucessão de acrobacias admiráveis destinadas a fazer de Barack Obama o homem mais visível do mundo e proibir, ao mesmo tempo, qualquer investigação séria de sua biografia. Toda tentativa, por mais tímida e modesta, de desencavar dos arquivos a certidão de nascimento, os registros médicos, o histórico escolar e quaisquer daqueles documentos que todo candidato em campanha exibe normalmente, foi unanimemente condenada pelos maiores jornais e noticiários de TV como um delituoso extremismo de direita. Transcendendo a mera autocensura, a classe jornalística em peso impôs a mordaça ao resto da sociedade.
Mas isso não é nada em comparação com o que vem acontecendo desde que a misteriosa criatura foi juramentada como presidente de superpotência. Tendo prometido uma era de transparência e sinceridade jamais vista na história, o que Obama inaugurou foi um governo secreto, não no sentido  usual das ocultações conspiratórias, mas num sentido absolutamente novo e inédito: o que se oculta do público não são ações ilícitas cometidas na calada da noite – são os próprios atos oficiais do governo. Se não houvesse internet, nem agências independentes, nem fontes primárias, nem o Freedom of Information Act, as decisões mais importantes da administração Obama nos últimos três meses teriam permanecido absolutamente confidenciais, invisíveis como um conluio de anarquistas famintos num porão miserável. Quando não foram totalmente omitidas pela grande mídia, foram noticiadas com discrição anestésica própria a torná-las ainda mais insensíveis do que poderia fazê-lo o silêncio total. Ou então foram relatadas sem o mínimo quadro comparativo capaz de elucidar seu alcance e seu significado. Como aquilo que chega aos jornais brasileiros é um recorte diminutivo do que sai na mídia americana, a ignorância dos nossos compatriotas quanto ao que se passa nos EUA só encontra comparação nas concepções astronômicas das minhocas e protozoários. Dizer que os brasileiros estão por fora é eufemismo. Graças aos bons préstimos da Folha, doEstadão, do Globo e outras entidades sublimes, os EUA que existem na imaginação dos nossos patrícios se parecem tanto com a realidade quanto um picolé de limão se parece com uma equação de segundo grau. Estamos no reino da heterogeneidade absoluta, irredutível à linguagem humana.
Os fatos que vou resumir neste artigo e em artigos subseqüentes não só estão fora da nossa mídia – pelo menos se considerados na sua devida perspectiva –, mas estão fora da imaginação da nossa classe jornalística. Ao publicá-los, o Diário do Comércio cumpre sozinho a tarefa da mídia inteira:
1. Tão logo soube da morte de civis afegãos em bombardeio ocorrido em Farah em 3 de maio, a Secretária de Estado Hillary Clinton apressou-se em pedir desculpas, puxando portanto a responsabilidade do crime sobre o seu próprio país. No dia seguinte, revelou-se que o Taliban havia  lançado granadas contra a população, de modo a culpar os americanos pelas mortes que ele mesmo provocara. O segundo fato foi noticiado sem nenhuma referência ao primeiro, e os repórteres abstiveram-se gentilmente de perguntar à secretária de Estado se mantinha o seu despropositado pedido de desculpas. Foi como se estas se referissem a um episódio totalmente diferente.
2. Em 5 de abril, em visita a Praga, horas depois do lançamento do míssil Taepodong-2 pela Coréia do Norte, Obama, diante de uma platéia de 20 mil tchecos, fez a promessa mais absurda, irrealizável e suicida que um presidente americano já fez: anunciou que vai acabar com o arsenal nuclear dos Estados Unidos unilateralmente. Qualquer de seus antecessores que dissesse isso seria imediatamente torrado e moído pela mídia inteira e acusado de crime de traição. A enormidade obâmica foi noticiada com discriçãoblasée pelo Washington Post de 6 de abril.
3. Nenhum jornal ou noticiário de TV deu o menor sinal de perceber alguma coisa de ofensivo quando Hugo Chávez, na Cúpula das Américas em Trinidad-Tobago, deu a Obama um exemplar de "As veias abertas da América Latina", de Eduardo Galeano, um dos livros mais virulentamente antiamericanos já publicados no planeta. Como a maioria do eleitorado americano não tem a menor idéia de quem é Eduardo Galeano, tudo se passou como se o presente fosse uma amabilidade e não um tapa na cara como efetivamente foi. Obama engoliu o sapo com a gentileza sorridente de quem acreditasse, como de fato ele acredita, que ofensas ao seu país não o atingem. No mesmo evento e com o mesmo cavalheirismo, ouviu cinqüenta minutos de pregação antiamericana do nicaragüense Daniel Ortega e voltou para casa seguro de que ninguém na mídia lhe faria nenhuma cobrança por isso, como de fato ninguém fez.
4. Pela primeira vez na história americana, um presidente promete ajuda a todos os regimes totalitários e genocidas do mundo sem lhes fazer a mais mínima exigência no que diz respeito a direitos humanos. O resultado é que, em países como o Irã ou a Coréia do Norte, Obama é amado enquanto seu país é odiado. Embora isso fosse demonstrado por conclusivas pesquisas de opinião, ninguém na grande mídia deu sinal de perceber que o presidente está se promovendo entre povos inimigos às custas do prestígio nacional.
5. Ao revelar os memorandos secretos da CIA sobre o uso de técnicas drásticas de interrogatório, ameaçando processar o governo anterior por crimes contra os direitos humanos, a Casa Branca omitiu-se de informar que essas técnicas tinham sido adotadas com pleno conhecimento e apoio das lideranças do próprio partido governante. Se Dick Cheney, retirado da política, não tivesse ido à televisão por sua própria conta para contar isso, ninguém saberia de nada até agora, porque o "jornalismo investigativo" da grande mídia realmente não se interessa por essas coisas.
6. Após anunciar gastos públicos da ordem de 3,4 trilhões de dólares, que o próprio Federal Reserve confessa não saber nem como contabilizar, Obama teve a indescritível cara de pau de ordenar um corte de 17 bilhões de dólares, meio por cento do total, e ainda alardear, com a aparente anuência da classe jornalística, que isso inaugurava "uma nova era de austeridade" nos gastos públicos. A desproporção passaria despercebida se não existisse mídia alternativa para mostrá-la.
7. Os cortes foram, na sua quase totalidade, efetuados sobre o orçamento da defesa – acontecimento inédito num país em guerra –, desfalcando as Forças Armadas e debilitando a polícia de fronteira num momento em que reconhecidamente a invasão de ilegais é o maior problema de segurança dos Estados Unidos. Em compensação, verbas faraônicas têm chovido sobre as entidades que apoiaram Obama durante a campanha, especialmente a Acorn, premiada com 4 bilhões de dólares por seus serviços eleitorais, inclusive a distribuição de títulos de eleitor falsos (a liderança democrata já anunciou que não tem nenhuma vontade de investigar o assunto). O caso – o mais óbvio exemplo de medida antipatriótica aliada a favorecimento ilícito que já se viu nas últimas décadas – foi noticiado pela grande mídia com tal comedimento que, até agora, nem mesmo as lideranças republicanas deram sinal de perceber aí algo de errado.
8. Na reestruturação da Chrysler e da GM, segundo os planos anunciados por Obama, o sindicato United Auto Workers assumirá o controle acionário da primeira e terá 39% das ações da segunda. Além de ter sido o principal responsável pela falência das duas empresas, o sindicato é um dos grandes contribuintes de fundos de campanha para o Partido Democrata. Como esses três fatos só aparecem separadamente – quando aparecem –, ninguém se dá conta do crime.
9. Tendo prometido acabar com a "cultura dos earmarks" (verbas politiqueiras destinadas a agradar eleitorados locais), Obama sancionou uma lei de orçamento que tinha mais de 9 mil earmarks– um recorde que a imprensa, gentilmente, se omitiu de assinalar. Tendo prometido, ademais, que nenhuma lei seria aprovada pelo seu governo sem ficar disponível para consulta pública no site da Casa Branca por pelo menos cinco dias, Obama assinou as leis de orçamento e "estímulo" sem que o respectivo calhamaço de mais de mil páginas tivesse sido exposto naquele site nem mesmo por um segundo. A mídia não reparou no detalhe.
10. Terça-feira passada, Obama nomeou Arturo Valenzuela chefe do setor latino-americano do Departamento de Estado. Valenzuela é diretor da ONG La Raza. Seguindo o estilo entorpecente de seus modelos jornalísticos americanos, o UOL informa o distinto público que La Raza é "a principal  organização de defesa de hispânicos nos Estados Unidos". La Raza não é nada disso: é uma organização separatista, empenhada em transferir para a soberania mexicana os estados da Flórida, do Texas e da Califórnia.
Em artigos vindouros, darei mais exemplos de medidas drásticas, de conseqüências incalculáveis, que estão sendo adotadas pelo governo Obama com velocidade alucinante, todas elas obviamente prejudiciais à nação americana, e noticiadas de tal modo que nenhuma discussão suscitem, isto quando não passam totalmente despercebidas, soterradas sob páginas e páginas de futilidades sobre os vestidos da sra. Obama, o cãozinho da família ou o tempero do sanduíche comido pelo presidente numa loja de fast-food, coisas que antigamente ficavam para os tablóides de fofocas vendidos nos supermercados, e que agora são matéria de amorosa atenção peloWashington Post e pelo New York Times.



Os Governantes Invisíveis

Os homens que se encontram no primeiro plano da vida política têm realmente o poder entre suas mãos? Para Serge Hutin, autor de Governantes Invisíveis e Sociedades Secretas, o destino das nações depende, freqüentemente de grupos de homens que não estão investidos de cargos oficiais. Trata-se de sociedades secretas, verdadeiros governos ocultos que decidem o nosso destino sem o nosso conhecimento.

Pesquisa de Iliana Marina Pistone

Ao observarmos um formigueiro, as formigas parecem perambular a esmo, numa atividade febril e inútil, quando, de fato, todas as ações individuais têm como fim o mesmo alvo comum, cujas constantes são determinadas da forma mais categórica pela "alma coletiva" do formigueiro. Observando-se toda a seqüência da história, repleta de acontecimentos humanos, de contínuas reviravoltas que se manifestaram durante séculos, somos levados a perguntar se tudo isso tem algum sentido de coerência e se esse conjunto aparentemente caótico constituído pela humanidade pode ser comparado a um imenso formigueiro.
Essa é a questão principal levantada por Serge Hutin, na tentativa de explicar os grandes enigmas da história através da existência de governantes invisíveis e sociedades secretas, que regeriam o mundo. Examinando-se a história humana de um ponto de vista geral, notamos, de um lado, o equilíbrio, a ordem harmoniosa, a organização sintética. De outro lado, o caos completo, a desorganização, a desagregação. Hutin questiona se essa continuidade de eventos pertence ao acaso ou se até mesmo as forças caóticas não estariam obedecendo a diretrizes detalhadas, sob a orientação de governantes invisíveis.
Robert Payne, um autor inglês, publicou, em 1951, o livro intitulado Zero, The Story of Terrorism, no qual relata a existência de dirigentes ocultos que, à sombra de governos visíveis, manejavam essa terrível arma do terrorismo, sobrepujando até os poderosos grupos econômicos, cujo papel secundário limitava-se ao financiamento. Fatos estranhos passaram a acontecer após a publicação do livro, desde a compra de todos os estoques disponíveis por misteriosos emissários, até a quase falência da Wingate , uma das sólidas editoras no mercado londrino e, finalmente, a morte inexplicável do autor, alguns meses depois.

UMA PIRÂMIDE DE TRÊS DEGRAUS

MAÇONS

IMPERIAIS

REPUBLICANOS

Quanto a isso, Jacques Bergier, pesquisador 
dos enigmas da humanidade, revelou a existência de uma lista de assuntos proibidos para a imprensa, minuciosamente relatados em um caderno preto. Segundo ele, a proibição é de alcance mundial e universal, não levando em consideração o regime político dos vários países, e todo diretor de jornal importante tem uma cópia desse caderno, seja ele de tendências comunistas ou capitalistas.

Entende-se por sociedade secreta um grupo mais ou menos numeroso de pessoas, que se caracteriza por manter reuniões estritamente limitas a seus adeptos, e também por manter o mais absoluto sigilo a respeito das cerimônias e dos rituais onde se manifestam os símbolos que esta sociedade se atribui. As finalidades das sociedades secretas são as mais variadas: políticas, religiosas, espirituais, filosóficas e até criminosas.

Em 1945, em Paris, Raoul Husson (1901-67), fisiólogo e psicólogo, publicou um livro, sob o pseudônimo de Geoffroy de Charnay, nome de um dos grandes templários franceses, condenado à morte pelo fogo, em 1314, junto com o 
grande mestre Jacques de Molay. Nesse livro, Husson revelou que as sociedades secretas mundiais formavam uma pirâmide de três degraus. No primeiro degrau, de fácil acesso, encontram-se os homens considerados úteis. No segundo degrau, o acesso é mais selecionado e seus adeptos desempenham papéis importantes, influenciando no plano nacional e internacional. No cimo da pirâmide estariam as sociedades secretas superiores, que agem por trás dos bastidores. Todos os assuntos importantes da política internacional estariam nas mãos dessas sociedades.

CEMITÉRIOS REPLETOS DE GENTE INSUBSTITUÍVEL

Gurdjieff, o conhecido "mago" caucasiano, teria sido, no século 20, um destes personagens que chegaram ao ponto mais alto do domínio invisível dos assuntos humanos. De fato, Gurdjieff declarou: "Tive a possibilidade de me aproximar do sancta sanctorum de quase todas as organizações herméticas, ou seja, sociedades religiosas, ocultas, filosóficas, políticas ou místicas, e que são vedadas aos homens comuns".  

Muito já foi dito da ação, freqüentemente ignorada, mas poderosa, das sociedades secretas que "dominam o mundo". Como exemplo, há a franco-maçonaria e seu desempenho marcante ao longo da Revolução Francesa. Outro grupo de ação notável foi o dos iluminados da Bavária, no século 18, cujo "poder oculto" teria levado Napoleão Bonaparte ao poder. Havia, entre os iluminados, Goethe, Herder, o alquimista rosacruciano Eckartshau-sem e muitas outras personalidades que não desconfiavam em absoluto dos verdadeiros objetivos políticos da seita.
Bonaparte teria alcançado o mais alto grau na Ordem dos Iluminados, além de Ter sido maçom e alto dignitário de outras ordens fraternais ; entre elas a Fraternidade Hermética, que ele conheceu na época da campanha egípcia.

Gérard Serbanesco, terceiro volume de sua obra Historie de la Franc-Maçonnerie Universelle, reproduz o relato de Napoleão sobre a cerimônia de sua iniciação.
Lamentavelmente, a partir do momento em que Napoleão se deixou dominar pela sua ambição pessoal, não sendo mais o executador de planos secretos, a boa sorte o abandonou e o seu destino mudou.

Outra personalidade que recebeu iniciação numa seita de filiação templária foi Cristóvão Colombo, que, contrariamente à teoria tradicional, não teria iniciado sua viagem às cegas. Em Les Mystéres Templiers, Louis Charpentier conta como Colombo recebeu, dos navegadores a serviço do Templo, o conhecimento de uma rota que levava ao novo mundo e a missão da descoberta. Charpentier reuniu, a esse propósito, provas realmente interessantes.

Questões podem ser igualmente levantadas quanto à fulminante carreira de Joana D'Arc. Numa época em que todas as mulheres eram categoricamente excluídas de qualquer atividade política, todas as portas, até as mais fechadas, abriram-se para ela. Apesar de ser mais fácil explicar a sua atuação através da santidade, pode-se também supor que a sua missão tenha sido apoiada, se não preparada, pela intervenção de uma poderoso sociedade secreta. A que estaria relacionado o grande segredo que ela só quis confiar ao futuro Carlos VII?

Por outro lado, toda vez que algo ou alguém parece obstacular o determinismo cíclico da evolução do mundo, a ação dos governos invisíveis, que agem implacavelmente, faz-se presente. Desse forma, vários atentados políticos, atribuídos a fanáticos isolados, foram reconhecidos como execuções friamente decididas. Nesses casos, o assassino existe, mas ele é somente o agente que executa uma tarefa decidida por um poderoso grupo oculto.

O assassinato do presidente Kennedy permanece ainda hoje envolto em mistério, e a impressão que se tem é de que "alguém" não quer vê-lo esclarecido. Quanto a isso, Hutin menciona quatro pontos inquietantes:

1) "Por acaso", somente o prédio de onde saíram os tiros fatais não estava sendo vigiado pela polícia de Dallas.

2) Vários assassinos estavam em posições estratégicas, e suas atuações eram sincronizadas pelos gestos que um misterioso "diretor de orquestra" estava fazendo com seu guarda-chuva, sobre uma elevação (fotos que revelam isto foram publicadas por várias revistas, entre as quais a Paris Match); na eventualidade de Lee Oswald errar o alvo, um dos outros atiradores teriam entrado em ação

3) Já preso, o sicário foi convenientemente liquidado por um "justiceiro", que, por sua vez, morreu convenientemente de "câncer generalizado".

4) Por uma série de estranhas coincidências, um número impressionante de testemunhas do crime desapareceu e, em todos os casos, foi por acidente.
Não seria interessante levarmos em conta a intervenção de estranhos "invisíveis"que seguram o fio da história?

Bastante elucidativa é a sentença que diz: "Os cemitérios estão repletos de gente in-substituível".
Os jovens políticos que conhecem as manobras complicadas que se passam por trás dos bastidores são muito raros, e, quando certas figuras começam a atrapalhar os planos secretos que estão sendo executados, quer tenham ou não consciência disso, são tomadas as medidas necessárias, que podem ser sumárias ou secretas, para eliminá-las. Via de regra, os atentados políticos da história se caracterizam pela presença de um assassino fanático, instrumento de um grupo poderoso e insuspeito que permanece fora de cena. Em seguida, esses fanáticos são eliminados depois do atentado (por policiais ou pelo próprio povo) ou, quando presos com vida, se há dúvidas quanto à garantia de seu silêncio, são eliminados de forma definitiva. Foi isso o que teria acontecido a Lee Oswald, o assassino de Kennedy.

Em 15 de setembro de 1912, Revue Internationale des Sociétés Secrètes relata uma sentença dita por uma personalidade importante, uma espécie de eminência parda da política européia, que se teria manifestado da seguinte forma, a respeito do arquiduque Francisco Fernando, da Áustria: "É um bom moço. É uma lástima que esteja condenado. Vai morrer nos degraus do trono". Esse tipo de declaração nos faz refletir: o destino do arquiduque Francisco Fernando, cujo assassinato em Serajevo daria ensejo à deflagração da Primeira Guerra Mundial, já estava decidido dois anos antes do fato. Quem teria tomado a decisão? Voltamos novamente aos governantes invisíveis.
Dessa forma, tudo leva a crer que a guerra de 1914 já estava sendo esperada, preparada e "programada", dois ou três anos antes do seu início. Muitos acontecimentos mostram o contínuo esforço, através de slogans e de imagens, para exacerbar o entusiasmo bélico das massas na investida contra o inimigo.

OPUS DEI LIGADA AOS GOVERNANTES SECRETOS

Observando-se os acontecimentos de nossos dias , os antagonismos, as desforras militares, políticas ou de espionagem, poderíamos encontrar a prova irrefutável, de que vários grupos "espirituais", alguns dos quais talvez ligados aos governantes secretos do mundo, têm realmente uma atividade temporal definida. Em 1969 vários dirigentes da Opus Dei entraram ativamente no governo franquista, apresentando, dessa forma, o problema da sua influência política concreta, não somente na Península Ibérica, com um movimento que já contava, há cinco anos, com mais ou menos 50 mil membros no mundo inteiro. Tal organização, fundada na Espanha em 1928, pelo reverendo pe. José Maria Escriva de Balaguere, não pode ser considerada uma sociedade secreta na acepção da palavra. A Opus Dei afirma: "Somos unicamente uma associação de fiéis, cujas finalidades são só religiosas e apostólicas", fazendo com que seus adeptos sigam normas de vida católica na sua totalidade, não apenas no que diz respeito à vida particular, mas também na integração dentro da profissão e da sociedade. Contudo, os altos dirigentes de tal instituição, apesar da vida asceta e altruísta, não deixaram de se utilizar das condições objetivas do mundo moderno, não se esquecendo das finanças e da atividade política. Muitas obras beneficentes e fundações altruístas surgiram: clínicas, escolas, centros culturais e casas para estudantes. Seria o caso de não excluirmos a eventualidade de contatos sigilosos entre essa organização e sociedades ou até remanescentes ocultos da Inquisição espanhola.

SINARQUIA DO IMPÉRIO

Para se reconhecer, entre os personagens conhecidos ou desconhecidos da grande história, quais deles teriam recebido suas tarefas diretamente dos governantes invisíveis, é preciso distinguir duas categorias de personalidades: uma constituída por homens que tiveram papel de destaque no plano histórico e que estavam a par dos grandes segredos, tais como Richelieu, Benjamin Disraeli, o primeiro-ministro da rainha Vitória, e Lenin.
A segunda categoria compreenderia os personagens que não aparecem em nenhum livro de história: tiveram um papel ativo, apesar de secreto, influenciando a situação histórica e política.
Timothée-Ignatz Trebitsch, um aventureiro judeu, foi uma eminência parda, utilizado para facilitar o advento do nazismo na Alemanha. Outra personalidade que parece ter tido um papel importante no campo da política secreta é o "mago" inglês Aleister Crowley (1875-1947). Num passado mais remoto, vamos encontrar as enigmáticas figuras do conde de Saint-Germain e de Cagliostro.
O nome "sinarquia", pela sua etimologia grega, pressupõe a realização de uma ordem sagrada num equilíbrio perfeito, de uma harmonia complexa, que seria o reflexo das leis cósmicas. Está associado a uma das mais misteriosas sociedades secretas modernas de governantes invisíveis, tendo sido introduzido pelo grande esoterista Alexandre Sain-Yves, que viveu entre 1842 e 1909. Recebeu do papa o título de marquês de Alveydre e tornou-se conhecido como Saint-Yves d' Alveydre. Viu-se escolhido pelos governantes invisíveis do mundo para executar seus planos, tendo deixado um número de obras muito estranhas: Mission des Souverrains, Mission des Juifs, Mission de l'Inde, L'Archéomètre. Saint-Yves apregoava o ideal de uma sinarquia universal, a Sinarquia do Império, e não restam dúvidas de que manteve contato direto com os mais altos governantes secretos.

A Sinarquia do Império tinha uma estrutura hierárquica, essencial para o sistema, e que era resumida no seu símbolo: um triângulo em quatro níveis , mostrando, em seu interior, um olho, e cujo vértice coincidia com a extremidade de uma estrela de cinco pontas. Em todas as sociedades  secretas realmente poderosas encontramos sempre esta estrutura hierárquica, cujos diferentes níveis de atividades são estritamente separados, de forma que cada grupo atue no seu nível e para que os chefes supremos possam agir sem nunca serem percebidos.

O GRANDE MONARCA, ANUNCIADO POR NOSTRADAMUS

É muito interessante notar como o antagonismo entre o bem e o mal se faz presente em todos os campos. No fim do ciclo terrestre, a ação das forças demoníacas seria terrível, prega a tradição. A profecia revelada a Salete, na França, em 1846, com relação ao fim do mundo, é apavorante. Ainda segundo uma tradição francesa, espera-se a aparição, para depois dos acontecimentos apocalípticos, de um legítimo soberano, o grande monarca, anunciado por Nostradamus e aguardado com tanta ansiedade. São várias as versões quanto à identificação desse grande monarca.

O que se conclui é que os aspectos negativos no mundo, o lado demoníaco da continuidade histórica, enfim, o que se chama de mal, pode ser encarado como um aspecto decididamente lamentável, mas cosmicamente inevitável no desenvolvimento do ciclo terrestre. O próprio mal é uma necessidade metafísica a ser integrada no plano divino.
De acordo com uma tradição oral, as Sinarquias do Império usariam, também, como senha, o antigo símbolo chinês que indica a complementação indissolúvel e a ligação inexplicável entre os dois pólos cósmicos universais, positivo e negativo, ou masculino e feminino. Esse tradicional e significativo símbolo é formado por um círculo branco e preto. A parte branca e a preta estão separadas por uma linha em espiral; na parte preta encontra-se um ponto branco e na parte branca há um ponto preto. Isto quer dizer que, no apogeu da fase evolutiva do ciclo terrestre (o triunfo do branco), o preto nunca desaparece completa-mente, e sua presença está assinalada por aquele ponto e, inversamente, na fase involutiva do ciclo (triunfo do preto), o ponto branco sempre permanece. Nenhuma manifestação poderia ter acontecido nem acontecer sem essa complementação cósmicas dos dois contra-pontos. É comum encontrar-se em todas as tradições alusão à existência de governantes invisíveis secretos, personalidade misteriosas que controlam o desenvolvimento da história humana e modo minucioso. E o que se sabe dizer é que essas figuras misteriosas aparecem quando sua presença é muito necessária.
Na tradição dos rasacruzes existe uma hierarquia de mestres desconhecidos, um conselho constituído por doze homens, que supervisionam a evolução da humanidade. Acima deles existiria outra hierarquia de entidades que já superaram o nível mortal humano, conhecida como o invisível  permanente.

Assim como existe a iniciação autêntica, que transporta a um estado supra-humano, há em contrapartida a "pseudo-iniciação", cuja finalidade é a divulgação da subversão e do caos, trabalhando para o "fim do mundo". Ao que parece, essas forças contrárias estão incluídas no plano divino.

Todo homem possui no seu íntimo a possibilidade de adquirir poderes para elevar-se a um nível superior, mas poucos são os que o conseguem. Ouspensky, discípulo de Gurdji-eff, cita em Fragments d'un Enseignement Inconnu a seguinte observação feita por seu mestre: "Se dois ou três homens despertos se encontram no meio de uma multidão de adormecidos, eles se reconhecem imediatamente, enquanto os adormecidos não poderão vê-los... Se duzentos homens conscientes achassem necessária uma intervenção , poderiam mudar todas as condições de existência na Terra".

O domínio dos dirigentes ocultos dos grupos por eles supervisionados se faz também do uso sistemático da força psíquica dos símbolos. É fácil constatar, especialmente nas ideologias que exploram as massas, o uso e a eficácia dos símbolos, verdadeiras "armas" que ativam e despertam a energia que se encontra profundamente arraigada na psique humana, na parte que constitui o inconsciente coletivo da humanidade. Assim, vamos encontrar a cruz gamada ou suástica, um dos símbolos mais antigos e mais significativos da humanidade, encontrado no mundo inteiro, ao longo da história. Num primeiro tempo a suástica representou, simbolicamente, a rotação das sete estrelas da Ursa Maior em volta da estrela Polar. Em seguida, o seu significado ampliou-se e passou a ser o símbolo do movimento cósmico. Dependendo da direção em que se dobram os braços da cruz, a suástica chama-se direita, representando a fase evolutiva, ou, ao contrário, invertida, representando a fase regressiva de um ciclo terrestre no seu conjunto. Os chefes nazistas teriam escolhido a suástica invertida como símbolo da sua ideologia de maneira proposital, com o intuito de se valer das forças involutivas, caóticas e desintegrantes. No seu delírio, a ideologia nazista usou uma influência invertida do Antigo Testamento, no que diz respeito ao povo eleito, à raça eleita. É bem possível, portanto, que Hitler tentasse "ajudar" o ciclo terrestre, pensando que quanto mais apresentasse as catástrofes, mais rapidamente chegaria a Idade de Ouro, e todo o mal desapareceria!

O texto sânscrito Vishnu Purana descreve que a época de Kali, ou seja, da detruição, poderá ser identificada quando "a sociedade atingir um nível em que a propriedade outorgue categoria, a riqueza for a única fonte de virtude, a paixão constituir o único laço de união ente marido e mulher, a falsidade for a matriz do sucesso na vida, o sexo o único meio de prazer, e quando os ornamentos exteriores se confundirem com a religião interior".

Guénon, um espírito muito lúcido e sensível à percepção dos sinais apocalípticos do nosso tempo, é autor do livro A Era da Quantidade e o Sinal dos Tempos, escrito no período entre as duas guerras, onde preconiza a robotização das massas: "Os homens ficarão uns autômatos, animados artificial e momentaneamente por uma vontade infernal, e isto dará uma idéia nítida do que acontece à própria beira da dissolução final".
Hoje, o que podemos perceber é que as influências mágicas mudaram na sua forma, no seu ritual e na sua aparência, mas as técnicas de condicionamento mágico continuam existindo. Basta observarmos com que facilidade se lança uma moda. O que pode ser feito com a moda pode ser aplicado em muitos outros campos, porque o comprimento de uma saia e um slogan político, além do controle da informação, podem ser divulgados da mesma maneira, observou Robert Mercier.
Goebbels, o único ministro da propaganda nazista, sabia perfeitamente que as massas podem ser manobradas, porque prevalece a lei pela qual o comportamento de uma coletividade desorganizada é sempre caracterizado pelo nível intelectual mais baixo.

Governantes Invisíveis e Sociedades Secretas, de Serge Hutin, publicado no Brasil pela editora Hemus, examina em profundidade uma tese defendida por muitos estudiosos ligados à corrente do realismo fantástico (entre os quais o falecido Jacques Bergier). Essa tese afirma que, desde os primórdios da história, o mundo é governado na realidade por homens ou grupos de homens só muito raramente conhecidos: os membros de sociedades supersecretas. Sua existência nunca é pressentida, até o momento em que um fato imprevisível os leva a manifestarem-se abertamente.
Esses homens, por sua vez, obedeceriam a determinações de poderosas inteligências ainda mais ocultas e de compreensão praticamente impossível para o comum dos homens. Como escreveu o autor americano Philip José Farmer, em seu livro O Universo às Avessas: "Poderes sobre-humanos dirigem, do vértice da pirâmide dos governantes visíveis e invisíveis, toda a evolução de todos os sistemas planetários e das galáxias, incluindo todos os homens e os seres que os habitam. Se isso for verdade, a limitada inteligência humana seria incapaz de configurar o conjunto dos ciclos dos planetas e das galáxias, da mesma forma que uma célula de nosso organismo não tem a capacidade de entender a estrutura do conjunto ao qual pertence".



“Fiz-me, acaso, vosso inimigo, dizendo a verdade? Gálatas 4:16”.
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"O trabalhador incansável de hoje não tem tempo durante a jornada de trabalho para refletir - e à noite ele está cansado demais para isso. E no final das contas, ele acha que isso é sorte." - G. B. Shaw 
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"Deixe-me emitir e controlar o dinheiro de uma nação e não me importarei com quem redige as leis." - Mayer Amschel (Bauer) Rothschild 
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"Existem dois tipos de história mundial: uma é a oficial, mentirosa, própria para as salas de aula; a outra é a história secreta, que esconde a verdadeira causa dos acontecimentos." - Honoré de Balzac 
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"A verdade é chamada ódio por aqueles que odeiam a verdade" 
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"Os melhores escravos são os que pensam estar livres" 
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"Para saber quem domina o mundo, você deve saber qual grupo não se pode criticar” - Kevin Alfred Strom

REFERÊNCIAS
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 17 e 18 de maio de 2009